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Ensaios-->19. A SAÚDE DE UZIAS -- 26/02/2004 - 07:17 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Uzias foi um dos reis judeus que mais trabalhou pelo seu povo. A Bíblia nos diz que, um dia, saiu à busca de seus inimigos e que, por força de divinas intuições, os perseguiu de modo implacável até o derradeiro momento da destruição total.

Ao voltar para o seu reino, passou a jejuar constantemente, pedindo ao Senhor que viesse em sua ajuda para deslindar sério problema moral que o atormentava, pois não mais acreditava estar tendo as premonições que o guiavam na vida, havendo mesmo duvidado, julgando que as que o conduziram nos campos de batalha pudessem ter sido obra de sua imaginação ou recebidas de espíritos impuros ou nojentos, em sua expressão, obra, enfim, dos demônios.

Mas não obteve mais resposta alguma e sua saúde foi definhando, definhando, até que sobreveio a morte .

Se Uzias tivesse vivido nos dias de hoje, teria tido os mesmos problemas que açambarcaram a sua imaginação? Teria tido a influenciação demoníaca para combater os inimigos? Teria recursos para superar os seus problemas morais?

Bastaria que lesse a nossa introdução a este capítulo (“Momento de Paz”), para adquirir a certeza de que tudo que sofrera teria explicação absolutamente natural. Saberia que combater os exércitos inimigos poderia apresentar-se como injunção cármica dos povos adversários. Saberia que a perseguição empreendida, com certeza, se dava por força de influenciações deletérias recebidas de espíritos guardiães de seu povo, ainda não libertos dos sentimentos de pátria, de conquista e de inimizade por outras raças, por se verem na necessidade psíquica de vingarem antigos reveses. Enfim, saberia que não foi jamais abandonado pelos seus orientadores, tão-só que, ao desafiá-los com o espírito da dúvida, os afastou de si, pois não mais receberia instruções de mesmo teor. Como esperava respostas definitivas do plano espiritual, foi incapaz de perceber que os seus sentimentos estavam sendo inspirados por espíritos mais elevados, cujo poder de imantação não estava habilitado a sentir, habituado que estava com influenciações mais densas e, portanto, perceptíveis com maior facilidade. Abandonado, entretanto, não estava e isto, hoje, saberia de modo bem preciso.

Poderia ainda mais: ir a algum centro espírita, onde conversaria com os orientadores da casa, através de outros médiuns, de sorte a compenetrar-se da realidade. Através das orientações recebidas, fácil seria encontrar as respostas para todas as suas dúvidas.

Mas, vivendo hoje Uzias na região em que habitou à época da narrativa bíblica, teria todas as oportunidades que acima descrevemos? Estarão os que lá se encontram sendo inspirados pelos mesmos espíritos que o fizeram empreender as suas guerras?

O que estamos a sugerir com nossas questões é que, não só o sentido da influenciação espiritual se perdeu junto à mente dos que, encarniçadamente, se engalfinham nos ardores das batalhas, mesmo que só através de seus sentimentos, como ainda não são capazes de perceber as influenciações maléficas que lhes são assopradas à mente e ao coração, diuturnamente, pelos espíritos pouco evoluídos que querem continuar exercendo os seus papéis de líderes de povos.

Não é à toa que os povos dessas regiões pretendam que suas linhagens perdurem, como nos relatam os livros sagrados, de geração a geração; é que, através disso, os espíritos se revezam em encarnações subseqüentes nas mesmas famílias, dando prosseguimento à obra anteriormente idealizada e realizada. Por isso, a dissolução das tribos, das gentes e dos clãs e a sua disseminação pelo mundo, no que diz respeito aos judeus. No que concerne aos árabes, a configuração espiritual é outra, pois as genealogias foram extirpadas à força das balas e das baionetas, ascendendo ao poder, nas diversas pátrias, famílias de espíritos que provieram de condições sociais inferiores. Mesmo estas, contudo, têm a intenção de perdurar em sua dominação e, por isso, tratam de fortificar suas posições de mando, resguardando-se pela força.

Diante da espiritualidade superior, nada disso importa, pelo menos no que respeita às ânsias da grandiosidade material. O que importa aos espíritos mais puros, até àqueles advindos dessas gentes, é a iniciativa da perquirição desse “élan” que está levando às guerras, do modo que o fez Uzias. É para isso que estão trabalhando neste momento, fortalecendo as bases espirituais instaladas na região do Golfo Pérsico, de onde irradiam suas vibrações de muito amor, no sentido do despertar para a inquirição do ódio e dos atos de grandeza que estão dando sustentação às razões de caráter religioso que, a todo momento, são evocadas para a ilusão da verdade e da sacralização da guerra.

Se as forças do bem conseguirem reverter o processo da expectativa da vitória, conforme se deu ao tempo de Acaz, neto de Uzias (II Cr., 28), por ter intentado contra o seu deus e senhor, e se fizerem com que o espírito dos chefes e principais incentivadores da guerra consigam observar a necessidade de acolherem a verdadeira religião, como ocorreu com Jotão, filho de Uzias e pai de Acaz (II Cr., 27), agora não mais eivada pelos princípios das necessidades bélicas e amainada pelos profetas da paz, certamente os seguidores do Alcorão e os leitores da Bíblia irão compenetrar-se de que a guerra é inútil, a destruição ensandecida e a brutalidade animalesca. Nesse instante de meditação, de reflexão, à luz das mensagens de amor que se contêm em seus códices e sob o amparo dos guias maiores, à vista da consagração do princípio da unicidade de Deus, poderão estabelecer trégua duradoura, que reverterá em paz proveitosa para o crescimento espiritual.

Mas estará a saúde desses “monarcas”, desses chefes de exército, desses poderosos políticos e argutos fazedores de guerra sendo abalada? Ou terão em conta, prioritariamente, a necessidade do desafio à sua inteligência e coragem física? Poderão sofrer ainda algum estremecimento emocional ou terão fechadas todas as válvulas das sensações mais sutis das forças espirituais do amor, do perdão, da justiça e da caridade? Haverá algum soldado, certamente, que lá está a força, apto a discernir a verdade do amor ao semelhante como o elemento capaz de resolver o conflito, mas algum comandante civil ou militar, de ambos os lados, terá sequer a possibilidade de receber qualquer vibração do etéreo para fazê-lo, por um instante que seja, supor que o caminho da paz é o mesmo do amor, jamais o da guerra, do extermínio, da conquista e da exploração?

Não lhes chegará, por certo, à intuição o que hoje estamos a relatar. Estão ainda, como Uzias, no fragor das batalhas, na ânsia da vitória. Esperemos que lhes chegue o dia da reflexão a respeito do proveito que a humanidade possa ter usufruído dos males que representa a guerra.

Sabemos que há males que resultam em bem e só essa expectativa é que justifica a sua existência. Aguardemos que esse bem não tarde nem que o mal se constitua em mais razões para retaliações cármicas, segundo o ponto de vista das forças espirituais que presidem aqueles povos envolvidos na luta.

Para tudo existe explicação. Nós intentamos fazer chegar ao leitor a compreensão de mais um aspecto das rivalidades existentes entre os povos envolvidos nos conflitos armados. Trata-se de visão que se propôs histórica, à medida que remetemos à leitura dos textos bíblicos citados, mas que extrapola o mero nível do conhecimento terreno para situar-se no campo do entendimento espiritual. Longe de nós acreditar em que tenhamos esgotado o assunto. Ainda que escrevêssemos muitas outras mensagens, dificilmente expressaríamos todos os pontos a serem considerados. E nós pouco sabemos. Imagine, então, o caro leitor se espíritos mais adiantados, mais capacitados, se pusessem a discorrer sobre o tema. Por certo, a nossa explicação adquiriria certo tom pálido e descolorido, embora tenhamos a firme convicção de que o nosso texto contém elementos reais e precisos. Não seríamos contraditos, porque o que firmamos está de acordo com a orientação recebida, mas o que complementaria a nossa mensagem nós mesmos não estaríamos em condições de bem compreender.

Queira, pois, bom amigo, aceitar com reservas as nossas orientações, certo de que você mesmo está sob amparo dos seus amigos da espiritualidade, os quais, a todo momento, estão ávidos por propiciar-lhe verdadeiros momentos de paz.

Fique com o Senhor e ore para que todos sejamos, um dia, apaniguados pela compreensão da vida e de todos os seus acidentes.

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