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Ensaios-->DISCUTIR A RELAÇÃO: SIM OU NÃO? -- 14/02/2004 - 13:29 (OLYMPIA SALETE RODRIGUES - 2 (visite a página ROSAPIA)) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DISCUTIR A RELAÇÃO: SIM OU NÃO?

Vejo pouco a TV. Não tenho paciência e acho que ela mais serve para me emburrecer que para me educar ou divertir... Mas, ontem (13/02/2004), o Jornal Nacional apresentou o resultado de uma pesquisa interessante sobre os motivos que mais levam ao fim de uma relação amorosa. O mais indicado foi: o casal no qual um quer falar, discutir dialogar; sempre sobre a relação: os encontros e desencontros, os temperamentos de cada um, as qualidades e defeitos de ambos, as marcas da vida que ambos carregam, o que cada um cede ou não, etc. E conclui: a relação termina quando um QUER dialogar e o outro, que não quer, FOGE.

Essa é a conclusão da pesquisa, mas ninguém ousa dizer se essas reações são certas ou erradas.

Diante da queixa muito comum: “ele(a) não quer dialogar, discutir, tentar chegar a um ponto comum, acertar o passo”, há tempos venho conversando com diversas pessoas. Tentando ser justa, devo dizer que, na minha experiência, a queixa é, na maioria, de mulheres. Elas acham seus parceiros arredios, fujões e medrosos quando a relação está em jogo. Já ouvi essa queixa também de homens, embora poucos. Há até uma frase espirituosa, mas nem por isso verdadeira: “Se quer acabar com seu casamento, proponha ao seu homem conversar sobre a relação!” rs... Talvez essa frase explique o fato da queixa vir mais das mulheres...

Seja de homem ou mulher, as queixas, na prática, são: “se a gente começa a falar, acabamos sempre brigando”, “ele (leia-se: ele ou ela) não se esforça por me entender”, “quando toco no assunto, ele me corta”, “se critico algum comportamento seu, ele se defende ou se faz de vítima, não percebendo que não estou atacando, apenas tentando refletir a respeito”, “ele nunca entende que estou propondo um diálogo, não uma contenda, e sempre se sente ofendido ou se mostra magoado”, “quando eu falo, estou sempre pensando na preservação da relação, e ele não vê assim, acha que estou querendo ser superior, diz que não tem a cabeça que eu tenho, faz tudo para que eu me sinta culpada”, “ele é um folgado, acha que pensar é perder tempo, não pensa em mim, pensa só nele”. E as queixas vão por aí, a parte pensante sempre se sufocando ao ver a relação a caminho do fim. Isso teria solução?

A mesma pesquisa informa que quando um quer falar e o outro não, mas o primeiro aceita e deixa por isso mesmo, o casamento está destinado ao sucesso. É o caso em que o fujão diz “pare com isso, vamos levando”, e sai vitorioso. Nesses casos, em geral é a mulher que cede, por diversos motivos, um deles, o mais forte, pelos filhos. O que não podemos saber, e a pesquisa nem questiona, é como fica a vida desse casal com um dos dois sufocado e cedendo sempre. Se vale a pena ou não, cada casal deve saber.

Eu acho mesmo que é muito comum essa acomodação de um dos parceiros. Sempre ouvimos alguém dizer: “se é ruim com ele, pior sem ele”. Também é comum os conselhos de terceiros: “ele não quer falar? então, não fale”, “você está procurando sarna pra se coçar”, “se ele já disse que não gosta, por que provocá-lo de novo?”, “se você mudar o seu ponto-de-vista, vai ver como dá certo”. A mim, pessoalmente, esses posicionamentos levam a uma acomodação, um dos parceiros acumulando mágoas e muitas vezes sofrendo além do limite suportável. Há quem goste, há quem não goste. Respeitemos...

Para tentar ser mais justa ainda, vou colocar minha experiência pessoal. Ao longo de minha vida – quem é meu leitor sabe disso -, fui usando minha opção pela liberdade e, assim, tive vários relacionamentos, alguns grandes e médios amores, outros de apenas prazer por prazer. Os amores que foram grandes, o foram mesmo, merecem essa qualificação. E todos, do primeiro ao último, chegaram ao fim, para minha tristeza e decepção. E ontem, ao me deparar com o resultado da pesquisa, vesti a carapuça e, de imediato, me entristeci. Mas em seguida reagi e tentei fazer um balanço dos fatos concretos. Ouvi inúmeras vezes as propostas: “vamos levando o nosso amor”, “o que vale é o amor que sentimos, pra que discutir?”, “eu não quero falar de mim, quero apenas ter o seu amor”, “não quero discutir porque você é a alegria que eu tenho, é meu relax”. Entre essas e outras propostas, nenhuma aceitei. Nunca pude admitir que amor é algo que se vai levando, muito menos que eu seja uma mulher para relax apenas. Acho o amor o que existe de mais sério no mundo, sério e completo: com seu tempo de relax e seu tempo de agir com toda a responsabilidade. Sempre preferi perder a pessoa amada a ser massacrada por ela só para tê-la em minha companhia. E não me sinto masoquista por pensar assim, sinto-me apenas justa comigo mesma.

Esta é a minha posição pessoal. Você que me lê, reflita e escolha a sua... Se concorda comigo, prepare-se desde já para ficar sozinho... Se pensa diferente de mim, não se importe com isso, que também não me importo... O que somos e queremos ser entra em jogo... Afinal, isto é mesmo apenas um ensaio... não um tratado... rs...

E agora vou ligar a TV para me emburrecer mais um pouco...

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