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Ensaios-->2. AS HOSTES INIMIGAS -- 09/02/2004 - 06:11 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O Senhor Jesus disse a Nicodemos;

“Em verdade, em verdade, eu lhe digo: Ninguém tem como ver o reino de Deus, se não nascer de novo.” (São João, III: 3.)

A interpretação espírita mais corrente das palavras do Cristo leva-nos a pensar que Jesus estaria referindo-se a vidas sucessivas na carne. Tal anotação é valiosíssima para o entendimento da reencarnação como princípio evolutivo dado ao homem pela divina misericórdia. Mas tal modo de ver a passagem evangélica restringe-lhe o significado real.

Se é bem verdade que, ao nascer de mulher, o ser humano está dando a si mesmo nova oportunidade de crescimento moral e espiritual, também não é menos certo que, ao adotar o iluminado princípio evangélico do “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, estará inegavelmente abandonando suas perversidades, seu egoísmo, seu orgulho, sua vaidade, sua personalidade imperfeita, sua vida de crimes, e principiando outra vida de benemerência, de amor, de virtudes, de crescimento evolutivo: é como se nascesse de novo. Portanto, caro amigo, para realizar a palavra do Cristo, não espere vir ao mundo em encarne subseqüente; nasça de novo agora mesmo, cheio de promessas de esquecimento da vida pregressa, perdoando os malfeitos a si mesmo e a todos os seus inimigos, jamais desesperando do divino poder e sempre voltado para o cumprimento de seus deveres cármicos.

Certamente, ao abandonar os vícios, os maus hábitos, e ao adotar como norma de vida as virtudes que se contêm nos Evangelhos, você irá ter de afastar-se de determinadas pessoas que o influenciam mal, até cristalizar em si os ensinos que o elevarão aos olhos do Senhor. Mais tarde, você voltará para auxiliar os companheiros largados à beira da estrada, mas aí estarão transformados em extensa horda inimiga, pois ninguém suporta a defecção, principalmente se se faz acompanhar da frustração de interesses mundanos e materiais.

Imagine anjos puríssimos vendo algum amigo afastar-se em direção a Deus. Irão eles alegrar-se ou sofrer? Obviamente, seus corações irão transbordar de júbilo, pois estarão ganhando, no amigo, protetor categorizado. O mesmo jamais ocorre com os seres imperfeitos, que desejam agarrar quem parte para mantê-lo bem próximo de si, ainda mais sabendo que, ao retornar da incursão ao bem das verdades eternas, virá com o intuito da pregação do abandono dos vícios e da aquisição das virtudes, o que se sabe exigirá esforço, compenetração, sacrifício e desprendimento. Ora, o homem comum não deseja perder aquilo que lhe parece honrar e dignificar junto aos encarnados. Se a sociedade estivesse um passo mais evoluída, de modo que os valores espirituais e morais se sobrepusessem ao mundano interesse carnal, aí talvez o prestígio de possuir amigo iluminado pela fé e pela virtude pudesse favorecer recepção mais efusiva. Mas como a humanidade resvalou pela condição de absoluta inferioridade no que tange àquilo a que dá importância, não aceita a peroração cristã como a voz da sabedoria e do conhecimento que a elevaria perante o Senhor.

Enquanto os benefícios maiores que se solicitam ao Pai são os da boa saúde física e mental, para que o homem possa obter sucesso na vida (êxito representado pela possibilidade de conforto meramente material), relegando o contacto com Deus como mero “dever de ofício”, o homem não terá bons olhos para os que desejarem impor-lhe como norte o compromisso de “nascer de novo”, no sentido interpretativo que propomos.

Queira Deus que você se atreva a perlustrar com amor o caminho que lhe estamos indicando e que as hostes inimigas o recebam de volta com o coração contrito, conscientes de que sua peregrinação possa representar para si encurtamento da estrada, pois o seu sacrifício será, então, compreendido como sagrado e necessário! Que você, caro confrade, possa constituir-se no farol amigo que irá orientar os companheiros para superarem as dificuldades da jornada, levando-os a porto seguro! Queira Deus, atento leitor, que nosso estímulo repercuta favoravelmente em sua mente e em seu coração, de modo que não queira ver em nossa mensagem ousadia e intemperança no exame das sagradas palavras de Jesus! Queira Deus, saiba vislumbrar, por entre este emaranhado de idéias, a luzinha que o despertará para a nova vida que desabrochará diante de si para honrar e dignificar o Senhor! Queira Deus que consiga superar as próprias resistências e a de seus comparsas nesta aventura existencial, de sorte que todos juntos possam “ver o reino de Deus”!

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