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Ensaios-->51. DIAS ESTAFANTES -- 31/01/2004 - 08:41 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Todo trabalhador honesto, que se tenha dedicado com afinco para a consecução dos serviços que lhe foram atribuídos, merece período de descanso, caso contrário, se persistir labutando tenazmente, qualquer seja a ocupação a que se dedique, irá ter de enfrentar dias cada vez mais penosos, mais estafantes, mais cansativos, de modo que o nível de produtividade tenderá a cair.

Assim ocorre também com os trabalhadores do espiritismo, nos dois planos da realidade.

Quanto aos encarnados, é fácil avaliar-se o decréscimo da produção, através dos resultados da atividade.

No que respeita aos desencarnados, é mais complicado saber quando estão saturados os armazéns de energia desgastada. Não é fácil de explicar para os mortais o que ocorre. É como se uma bateria se descarregasse aos poucos, ao mesmo tempo que, em depósito apropriado, o resultado da aplicação energética fosse acumulando-se. Dada a fluidez energética, há possibilidade de grandes acúmulos, uma vez que as baterias podem ser constantemente recarregadas, não havendo igual necessidade de esvaziamento dos depósitos. Mas haverá ponto de saturação, que se diferencia de entidade para entidade, não havendo padrão externo em que possamos avaliar o grau de “cansaço” de cada indivíduo. Nem o ser envolvido sabe dizer quando é hora de descarregar todo o manancial de luz condensada, se assim podemos denominar o resultado do trabalho espiritual.

De qualquer forma, há que se submeter cada um de nós a periódicas estações de repouso, onde descarregamos energeticamente todo o serviço que prestamos, de sorte que, ao reiniciarmos as atividades, sem que tenhamos percebido, voltamos mais fortes e retemperados, quase sempre com brilho novo. É como ocorre com as pessoas que há tempos não vemos e que passaram por período de tratamento: têm fisionomia nova, parecem mais luzidias e suas carnes mais saudáveis; vêm mais alegres e otimistas, prontas para novos embates na divina luta pela redenção.

Sendo assim, é de todo útil que, em qualquer serviço socorrista, seja assistencial, seja mediúnico, seja social, seja espiritual, seja meramente de leituras e de estudos, haja interrupções regulamentares coincidentes com a suspensão das atividades profissionais, para que todos possam revigorar-se e refazer o ânimo para futuros enfrentamentos, os quais não cessam nunca.

Por isso, bom amigo, não estranhe se se sentir cansado, com o ânimo um pouco abatido, se está a lhe parecer que um pouco de ócio construtivo, através de sadias leituras, lhe possa estar fazendo falta. É natural que assim seja.

O prejudicial seria o inverso, quer dizer, se você, teimosamente, obstinadamente, desejasse manter o mesmo ritmo, sem arrefecer o rendimento, continuando as atividades indefinidamente, quando sabe que o serviço mediúnico jamais cessará. Vá, portanto, com muita calma, suspenda de quando em vez as atividades rotineiras e empenhe-se em outro tipo de tarefas, diversificando as ocupações, dando trégua ao cansaço, para refacção física e mental.

No que tange ao apanhado dos textos mediúnicos, evidentemente, não lhe caberá decidir a respeito do momento mais oportuno para a interrupção, dado que existem diferentes entidades envolvidas na tarefa. Nós mesmos seríamos precipitados se determinássemos qualquer período de suspensão dos trabalhos, pois estamos a serviço de organização socorrista dirigida por espíritos de categoria superior e de quem recebemos todas as orientações relativas ao desenvolvimento deste tipo de trabalho. Não sabemos se os superiores estão, também eles, sujeitos a regras definidas pelos seus maiores e, portanto, calamo-nos, procurando ouvir e atender a todos os reclamos do serviço.

Fique, então, bem claro que, se determinarmos alguma interrupção, tal ordem não terá sido formulada por nós. Mas também não aceite qualquer influenciação cuja origem não lhe seja possível determinar. O que ocorre neste instante e o que temos notado é que existe interpenetração de várias entidades no conjunto das atividades mediúnicas, de sorte que é bom esperar por definições bem claras quanto às necessidades cármicas de cada um, as quais constituem o conjunto que deve ser considerado.

Como se trata de providências de caráter superior, o que se prescreve, nessas ocasiões, é muita calma, serenidade, espírito de solidariedade e profundo amor e dedicação pelo serviço. Por certo, os espíritos superiores têm recursos para impregnar de coragem e de discernimento a mente e o coração dos mediadores, de modo que nas mãos deles é que devemos deixar todas as decisões.

Este discurso, evidentemente, não foi endereçado ao médium que nos serve para este ditado, mas a quantos leitores se sintam incapacitados de perceber o momento exato de saturação da capacidade realizadora. Às vezes, indisposições passageiras, achaques e pequenas desregulagens do sistema humoral causam mal-estares parecidíssimos com a estafa resultante de prolongada aplicação no campo do trabalho, de sorte que a pessoa toma como causa algo bem diferente para justificar o descanso.

Sabedores disso, há espíritos maldosos que propiciam o contacto das pessoas, de modo que se proceda a transmissão de vírus e bactérias causadoras de sensações desagradáveis de desconforto, muitos semelhantes aos provocados por abuso do desforço físico ou mental, com o intuito evidente de causar interrupções do atendimento mediúnico. É preciso, portanto, cautela para se analisarem as sensações dolorosas ou penosas.

Podem ocorrer doenças provocadas por surtos e epidemias; algumas são capazes de alijar os indivíduos da disponibilidade habitual para o serviço; outras são impeditivas do trabalho por força de serem contagiosas, o que faria todo o grupo sentir os efeitos da mesma moléstia; finalmente, há aquelas que não provocam sintomas físicos suficientemente fortes para impedirem o trabalho, mas que imprimem à mente certos cuidados, como se perigosas fossem. Se, nos dois primeiros casos, é de bom alvitre o trabalhador aguardar o devido restabelecimento da saúde, no último, é de toda conveniência superar os reflexos psíquicos do mal-estar, forcejando por permanecer na ativa, para que não se criem na mente condições favoráveis ao crescimento de atitudes de rebeldia ao serviço, como costumeiramente ocorre com quem se delicia com o ócio, que conduz à preguiça, que conduz à irresponsabilidade, que conduz ao vício, que conduz à perda ao direito da cidadania divina, como qualquer estudantezinho de lógica poderia induzir, empregando o método que se convencionou chamar de “sorites”.

Se o bom amigo passou por etapas dessa magnitude, deve estar bem compreendendo aonde queremos chegar, ou seja, à prevenção de atitudes de alheamento ao trabalho por injunções físicas e mentais, decorrentes da necessidade real ou fictícia de descanso. Para que a melhor decisão seja tomada, deixe nas mãos dos orientadores e guias o momento do repouso. Caso seja determinado sem que tenha sentido necessidade dele, não se avexe em prosseguir trabalhando sozinho. Claro está que não em função dos serviços que dependem da contribuição de outras pessoas.

Apanhe livro na biblioteca, leia-o e realize extratos das passagens que julgar mais significativas, que possam servir para apreciação pelo grupo de estudos. Levante as principais dúvidas que possa estar tendo e procure elucidá-las por meio da reflexão e da leitura. Faça pequenos serviços de preparação para futuros atendimentos assistenciais. Procure organização que não tenha suspendido os trabalhos e ofereça seus préstimos. Enfim, não pare, se julgar que o momento não era o mais azado para o descanso.

Mas não desafie a verdade dos fatos. Se se sentir realmente abatido, vá para a recreação pura e simples. Mude de ares, acompanhe a família para momentos de lazer que possam revigorar as energias desgastadas. Esqueça um pouco as teorias espiritistas, mas não deixe em casa o coração e a mente, pois sempre haverá oportunidade de aplicação na prática de tudo o que aprendeu. Pode até ocorrer, nesses momentos sem compromisso com o trabalho, de topar pessoas necessitadas de certas orientações. Esteja atento, pois pode ter acontecido de que os encontros não tenham sido fortuitos e de que as pessoas estão a cruzar-lhe o caminho para receberem o influxo de sua luz e de seu amor.

Faça dos momentos de folga oportunidades de assistência espiritual e moral ao próximo, pois pode estar aí em germe algum crescimento muito valioso na área da moralidade.



Chega-nos do Alto aviso de que o serviço mediúnico deve prosseguir regularmente, devendo o nosso escrevente continuar a transcrever os textos, incrementando, se possível, o serviço, dedicando-se ainda mais às leituras das obras iniciadas. Tudo sem resvalar para o absurdo de desprover a família de seu carinho e de sua diuturna assistência.



Fique com Deus, amigo, que você está sendo amparado pelos irmãos socorristas.

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