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Ensaios-->ENSAIOS ASSÉPTICOS: A CONTEMPORANEIDADE DO PENSAMENTO -- 22/01/2004 - 05:57 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O homem pensa de acordo com a sua contemporaneidade. Se ontem imaginávamos um mundo quadrado, ou com limites impostos por regiões abissais, hoje temos a certeza absoluta da infinidade espacial. E sabemos que o nosso espaço limítrofe não se resigna apenas ao planeta em que vivemos. E sua forma também acompanha todas as demais formais esféricas a orbitarem em suas respectivas estrelas.

O modo de pensar e imaginar o espaço acompanhava, na mesma escala, todos os outros pensamentos e raciocínios da humanidade. Consideramos hoje todas as descobertas, todas as teorias da antiguidade como velhas e ultrapassadas. Em tese é correto, porém foi lá atrás que ocorreram as mais surpreendentes novidades científicas que deslumbraram o mundo. Cada enunciado provocava revolta preconceito e as injustiças de praxe, quase sempre com a acusação daqueles que detinham o poder religioso, que era também o poder político. Somente depois da democratização religiosa foi que as novidades científicas e sociais tiveram um gigantesco avanço, a ponto de levarem o homem à Lua e atualmente existe uma preparação da NASA para uma missão tripulada à Marte.

Assim ficamos meditando sobre o infinito a nos rodear, como tremendo desafio a nossa capacidade atual de enfrentá-lo. Somos tão frágeis diante desse infinito que sentimos um peso a nos esmagar desafiadoramente. Não esqueçamos, entretanto que os nossos ascendentes eram ainda mais frágeis do que nós, e eles venceram seus medos e suas imensas dificuldades criadoras, através das humilhações, dos holocaustos que suas idéias lhes renderam. É incrível a sobrevivência da raça humana. Mais incrível ainda é o fato de muitas espécies da fauna continuarem, teimosamente, sua missão de sobreviverem, num planeta semi-destruído pela raça humana.

Qualquer um de nós, com um pouquinho de imaginação pode deduzir que o planeta Terra - deveria ter o nome de Planeta Água - foi criado e programado para ser a casa da raça humana. Até os gigantescos e terríveis lagartos, chamados pelos gregos de 'deinos sauros' foram extintos, como que prevendo a chegada do homem. Este ser raquítico, mamujarrão, presa fácil até de pequenos predadores, quase foi extinto na qualidade de bom alimento dos grandes felinos do passado. As árvores foram e são até hoje refúgios salvadores do animal homem. Por ironia, esse homeme que sobreviveu em razão das árvores, pratica o holocausto do verde, sem nenhum argumento que lhe venha pelo menos a sentir gratidão a elas.

Devagar vai nascendo entre nós o amor pela natureza. Vamos descobrindo com surpresas as lições de vida. A luta pela sobrevivência de todos os seres, a compartilharem dos mesmos recursos nutritivos que a flora nos oferece generosamente. Devagar vamos descobrindo que nós somos os intrusos neste planeta. Que o planeta não necessita do homem para continuar sua evolução. Que nós impropriamente chamamos o planeta de nossa morada, sem merecermos tão refulgentes recursos. Que diante da idade de três bilhões e meio de anos do planeta, somos os caçulas mau-comportados. Reduzindo essa idade para uma escala de um ano, nós, homens, habitantes da Terra temos apenas um minuto de existência. Exatamaente o último minuto do ano.

Está sendo o minuto mais caro do Criador de todas as coisas.

(Jeovah de Moura Nunes)
'Ensaios Assépticos' - primeiro capítulo.
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