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Ensaios-->30. GRAÇAS A DEUS! -- 09/01/2004 - 07:16 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Não existe expressão mais bela para configurar agradecimento íntimo de maior pureza emotiva, fruto de absoluto respeito intelectual pelo benefício concedido. Nós mesmos, a todo momento, costumamos repetir a fórmula sagrada, muitas vezes sem nos ater a considerações sobre sua importância e valor.

Queremos deixar assinalado que a intuição permite avaliar o mérito de todos os conhecimentos que afloram na mente, conduzidos por meio da aplicação ao estudo ou produzidos após demorados trabalhos no campo do socorrismo fraterno. Eis que sempre tendemos a manifestar esse despertar relativo à magnanimidade divina, exclamando emotivamente “Graças a Deus!”, em momentâneo arroubo do êxtase que se apossa de nosso ser em situações que se nos configuram como sendo sagradas para o desenvolvimento.

Sendo assim, após cada serviço concluído, compreendendo a importância do trabalho em prol do engrandecimento moral, exclamamos “Graças a Deus! e atribuímos ao Pai a responsabilidade do aprendizado. Quando terminamos a incorporação e a mensagem: “Graças a Deus! Muitos se habituaram até a anunciar igualmente sua presença: “Graças a Deus! Durante a transmissão, ao nos apercebermos de que a grandiosidade do Pai está presente nos avanços da humanidade, qualquer seja o setor considerado, “Graças a Deus! E assim por diante.

Sabemos que outra equipe já desenvolveu este tema e fê-lo com muita proficiência. O que nos impulsiona a discorrer a respeito deste mesmo assunto é a necessidade de desenvolver certos roteiros para a aquisição dos mesmos benefícios. Sendo assim, o mínimo que podemos dizer ao nos aproximarmos para o desejado efeito mediúnico é “Graças a Deus!, categorizando a presente iniciativa como legítimo resultado da dedicação ao estudo e ao trabalho.

Pensem bem. Se nada tivéssemos produzido de bom, mereceríamos a honra de vir à presença dos encarnados para demonstrar agradecimento ao Senhor? Evidentemente, a resposta que aguardamos é negativa. Certamente, todo aquele que só males realiza tem a exata impressão de que tudo que recebe do Senhor sejam malefícios, o que, obviamente, os faz acreditar em que nada têm para agradecer. Por isso, espíritos muito infelizes, que semearam males às mancheias, vagam erráticos pelo espaço etéreo do plano espiritual e, quando encontram meios de entrar em contacto com os encarnados, fazem-no no intuito de provocar distúrbios de todo tipo, refletindo inequivocamente a sua própria desilusão e mesquinharia. À vista disso, pode até ocorrer o caso de um ou outro mais prejudicial, por comportar no intelecto muitos conhecimentos afetos à psique dos mortais, tentar fazer-se passar por quem não é, imitando os bons espíritos, repetindo-lhes a fórmula sagrada, “Graças a Deus!, sem exprimir, na verdade, qualquer sentimento de agradecimento.

Eis que o aviso chega oportuno, pois muitos irmãos, na ânsia de se vangloriarem por estar recebendo de modo claro as influenciações espirituais, deixam-se embair pela expressão, sem apoiar seu julgamento na correta interpretação do texto, tomando como válidas mensagens de caráter pessoal cujo objetivo maior é desvirtuar o trabalho mediúnico, arremessando para o lodo da incompreensão o trabalhador desavisado.

Vamos, portanto, irmãos, acautelar-nos em relação às manifestações que recebemos, principalmente porque, em geral, nossa capacidade receptiva ainda demonstra dificuldades várias, em virtude de nosso pouco desenvolvimento moral, embora, às vezes, tenhamos conhecimentos aprofundados das expressões lingüísticas capazes de traduzir de modo primoroso as vibrações sutis do intelecto espiritual ao elaborar a mensagem, padronizada pelo seu próprio desenvolvimento. Em outras palavras: é preciso resguardo com relação às belas expressões que nos chegam sem apoio de conteúdo baseado nos ensinamentos evangélicos ou nos princípios doutrinários do espiritismo.

Quando o espírito comunicador desejar avançar no conhecimento de determinados pontos, coloquem, caros amigos, sob suspeição a referida mensagem. Vamos cotejar com esta mesma que estamos produzindo. Não há, em nosso longo discurso, uma só palavra, um só termo, uma só expressão ou pensamento que não se contenham nas obras kardecistas. O que nos leva a produzir este texto está declarado ao início, de sorte que temos embasamento doutrinário e motivo socorrista, além de necessidade imperiosa, dado que nossos recursos estão carecendo de incrementos nesta área. Fazemo-lo para aprender e não para ensinar. Como conseqüência de nossa atividade, dada a cooperação dos encarnados, pode este escrito chegar a mãos de terceiros, caso em que poderá o trabalho frutificar. Daí a importância de bem fundamentá-lo e exprimi-lo, através de coerente formulação silogística, escolhendo, para isso, argumentos capazes de solidificar nosso ponto de vista e de persuadir os leitores, no sentido de porem-nos de acordo com a idéia, a fim de favorecer-lhes a decisão de compartilhar do socorrismo fraterno de que nos ocupamos e que consideramos imprescindível para que se dê continuidade ao crescimento moral e espiritual necessário para se rumar definitivamente em direção ao Senhor.

Sabemos, portanto, que pouco deveremos acrescentar mas, mesmo assim, arrojamo-nos em direção ao serviço, com o ânimo alevantado e com a esperança de poder atingir os objetivos, para o que dizemos, ufanos: “Graças a Deus!

Ponto importante deste arrazoado é o que envolve a participação do escrevente, pois, sem ele, nada poderia ser concretizado que se referisse à divulgação de nossas atividades e de experiências aos leitores. É básico, portanto, que o médium adquira nível de aspiração elevado no plano da psicografia, para que possa oferecer seus préstimos sem restrição de qualquer espécie, embora com a mente aberta para a análise “a posteriori” do conteúdo moral da mensagem. Vejamos. Se, neste preciso instante, nosso instrumento resolvesse ponderar a respeito de cada uma das palavras, buscando entender o significado delas em função do teor da mensagem como um todo, evidentemente frustraria o trabalho, pois bloquearia a passagem das vibrações necessárias para que a escrita se desse. Logo, a sua colaboração deve dar-se no sentido de certa passividade colaboradora e de total predisposição a que tudo possa ser aceito sem contestação.

Pede-nos o escrevente que façamos referência à terminologia escatológica de certas entidades que ele mesmo obstou por diversas vezes, para preservar a moralidade do ambiente e para não conspurcar as transmissões e os textos delas resultantes. Pois bem, aí está como o companheiro pode auxiliar-nos em duplo aspecto: primeiro, colaborando com o texto, sugerindo idéias para o desenvolvimento dele; segundo, suprimindo o que deliberar ser impróprio para o trabalho de socorrismo fraterno que se realiza por meio do mediunismo.

É certo, porém, que tais contribuições devem ser rigorosamente criteriosas, pois, no primeiro caso, podem significar tão-só interpolações pessoais anímicas aos textos, descaracterizando a iniciativa espiritual; e, no segundo, apagando a possibilidade de enfeixar com segurança a problemática da entidade em processo de socorro, uma vez que, ao selecionar as atitudes do sofredor, se lhe permitem duas possibilidades de subtrair-se à influenciação socorrista: ou ele aceita o jogo e, à vista das restrições, recrudesce as invectivas maliciosas e pejorativas, anulando a transmissão, que deixará de ser apanhada; ou disfarça sorrateiramente os dizeres por meio de expressões melífluas que não lhe reproduzem a personalidade, mas que são aceitas incondicionalmente pelo mediador.

Pedimos escusar-nos o amigo escrevente por termos utilizado sua sugestão para dar prosseguimento ao desenvolvimento. Devemos até adiantar que, conhecedores que somos de suas disponibilidades mentais, tínhamos programado que iríamos aceitar-lhe a participação para configuração do que pretendíamos comprovar. Desculpe-nos e aceite nosso reconhecimento pela sua boa vontade, para o que lhe solicitamos que todos juntos alcemos aos céus a mais pura expressão de agradecimento: “Graças a Deus!

Vamos encerrar a mensagem arrematando com a costumeira chave mestra que nos permite abrir todas as portas: a prece. Somos de parecer que os espíritos infelizes raramente chegam ao ponto de orar com fervor aparente no seu trabalho de iludir os incautos. Mas temos visto alguns casos em que isso acontece. Como se livrar dessa influenciação tão sutil, se os dizeres reproduzem textualmente as orações conhecidas e se os espíritos receptores das mensagens se deixam envolver pelas vibrações, sem condições de bem caracterizá-los em sua inferioridade? Que dizer, então, de pobres ouvintes ou leitores de tais manifestações, que não estão em contacto direto com tais entidades e ficam deslumbrados com a possibilidade de estarem mantendo relacionamento com filhos queridos, com pais amados, com irmãos estimados, com amigos reverenciados?!

É preciso, nesse caso, dizer a prece com o máximo de emoção, como se fora puxada pelo filho, pelo pai, pelo irmão ou pelo amigo, verdadeiramente. A estultice não está na rogativa, na prece, na oração, na reza; o erro está em que seja dita com ódio, com rancor, com maldade, na intenção de se desacreditar da própria elevação do trabalho socorrista. Que se diga a prece que se quiser; não importa. A recepção dela da parte dos encarnados é que deve ser sábia.

O que há de mau em orar com indivíduos imperfeitos, se todos somos igualmente devedores deste ou daquele deslize?! Quanto mais emoção concentrarmos nas palavras, maior o efeito em prol da resolução dos problemas daqueles mesmos que têm a intenção de nos enfeitiçar. Vamos, nós mesmos, orar convictamente de que todos seremos agraciados com as bênçãos divinas, mas não nos deixemos embair pelos dizeres falaciosos do conteúdo da mensagem. Estejamos atentos para isso.

Com essa explicação que julgamos oportuna para a conclusão do texto, conclamamos a todos para a “Oração ao Pai” a nós ensinada por Jesus em seu evangelho de amor:

“Pai nosso, que estais...”

Vejam bem, caros amigos, se de tudo o que dissemos, neste longo texto, nada possa ser verdadeiramente aproveitado, que sua benignidade se satisfaça com termos podido vibrar unissonamente em favor dos desditosos através do pai-nosso. A isto é que vamos agradecer, bastante comovidos por termos chegado a uma conclusão com que é impossível deixar de concordar:

— “Graças a Deus!

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