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Ensaios-->Parlamentares: Deuses ou Astronautas? -- 07/01/2004 - 11:23 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



SERIAM OS DEUSES PARLAMENTARES ?
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Aos menos interessados no processo político como um todo, pode parecer, à primeira vista, que deputados e senadores são pessoas superdotadas. De rara inteligência. Verdadeiros deuses, cujos conhecimentos e sabedoria estão acima da média de todos os cientistas de todos os ramos do conhecimento humano.

Não é por outra razão que eles são sempre indicados para ocupar a titularidade de todos os ministérios do governo, independentemente dos objetivos e finalidades de cada uma das Pastas do Poder Executivo.

E não somente do Executivo. Também do Judiciário, do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União, além das representações diplomáticas espalhadas pelo mundo inteiro.

Muitos parlamentares, hoje, são membros do Supremo Tribunal Federal, ocupam cargos de conselheiros do TCU, de Procurador Geral do Ministério Público Estadual e Federal e de titulares de embaixadas.

Agora mesmo, está em curso o complexo processo de reforma ministerial para acomodar aliados oriundos do PMDB que pretende ocupar duas Pastas do Executivo. Não se fala - nem se questiona -, acerca da competência ou da experiência dos indicados. Essa questão é secundária, no pressuposto de que todos são, realmente, superdotados. Gênios saídos de garrafas atiradas ao mar dos interesses recíprocos.

Vale lembrar que o governo conta, atualmente, com 35 ministérios. Não seria o caso de criar mais dois e acabar, de vez, com a polêmica e o suspense em torno da reforma ministerial? Afinal de contas, casa onde comem 35, comem 37.

Em vista destas constatações, não sei porque o governo perde tanto tempo escolhendo este ou aquele nome. Talvez para criar um clima de suspense e de perspectiva de mudanças, no sentido amplo do termo.

A bem da verdade, e a experiência tem demonstrado isto, nada muda com as mudanças de ministros. A não ser os nomes dos ocupantes de cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS) dos escalões de hierarquia inferior. Cargos que serão preenchidos segundo os critérios de confiança do novo ministro. Cargos que, apesar da nomenclatura, não exige do seu ocupante, sequer, que saiba escrever e assinar o nome; muito menos que tenha curso superior e experiência na área para a qual está sendo indicado.

Verdadeira ação entre amigos. Às custas da população que os elegeram. E que esperam, sentados, por resultados. Que nunca chegam, porque não é essa a missão dos indicados. Apenas, uma troca de favores. Assumem o ministério para preparar o terreno até às próximas eleições e se perpetuarem no poder. Em troca, dizem sim à todas as propostas encaminhadas pela Presidência da República. Ainda que contrárias aos interesses do eleitorado.

E quando são cobrados, a resposta está na ponta da língua: “não há recursos”. “Estamos preparando as bases para, num futuro próximo, iniciar o espetáculo do crescimento”. Isso, é bem verdade, se até lá não acontecerem imprevistos na economia global. Ciclo que se repete até às próximas eleições.

Enquanto perdurar a omissão - ou a tibieza política - da maioria da população brasileira, seremos, todos, enganados; e não haverá futuro que chegue para tanta promessa.

07 de janeiro de 2004










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