O NOVO HOMEM
A mediocridade é a marca de nosso tempo, do século que passou e dos novos tempos. Ainda há que passar muitas gerações até que a humanidade desaprenda a andar com os joelhos dobrados e a cabeça curvada. Do macaco viemos e ao macaco retornamos; aliás, nunca o deixou de ser. Evoluiu-se socialmente e culturalmente, mas ainda sim, continua preso à velhas tábuas, à velhas cercas. O homem perdeu o que havia de melhor -- a espontaneidade, a capacidade de procurar dar o melhor de si sem temer o castigo após a morte. Isso o homem perdeu, mas seu individualismo, seu desejo de pensar tão somente em si próprio, isso permaneceu e se sobrepôs ao que havia de bom no ser humano, tornando-o não mais humano, pelo contrário, mais desumano. E isso é uma marca do novos tempos, uma marca que ainda não atingiu seu ápice e ainda levará muito tempo para atingi-lo. Até lá a humanidade se degradará muito, a ponto de voltar ao tempo das cavernas. Só então o homem estará preparado para se desfazer dessa máscara.
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