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Artigos-->CONTRASTES DO COTIDIANO -- 05/01/2012 - 19:53 (GERALDO EUSTÁQUIO RIBEIRO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


CONTRASTES DO COTIDIANO                                                                                                                                                                                                             



 



O melhor da grade dos programas de televisão é que eles nos obrigam a desligar os aparelhos, nunca se viu tanta besteira entrando nos lares de todos os brasileiros como se cada residência fosse um grande deposito de coisas ruins.



Os produtores de programas da TV aberta devem achar que do outro lado somente os idiotas assistem televisão, filmes para crianças são passados depois das 22h00min horas e filmes violentos são mostrados durante o dia.



Os órgãos do governo que regulam estes serviços deveriam proibir estes programas e principalmente os transmitidos via satélite.



A sintonia pela parabólica comum é de estarrecer: trinta e dois canais que não servem absolutamente para nada. As emissoras esquecem que transmitem para todo o país e obrigam todo mundo assistir programas locais como se o país inteiro estivesse dentro de um estado.



Todas as emissoras com sede no Rio de Janeiro e São Paulo devem achar que a população dos outros estados é formada por idiotas. Inundam os lares do Brasil inteiro com programações locais que em nada interessam às pessoas que como eu, não se interessam sequer em conhecer estas duas potências do turismo e da indústria e da bandidagem. Somos obrigados a ver cenas chocantes de assassinatos e guerras urbanas que nada tem a ver com a região onde moramos



Igrejas e seitas vendendo bugigangas e milagres como se Deus fosse um grande empreendedor que contrata representantes especialistas na arte de enganar.



Para elas o país tem apenas quatro ou cinco times de futebol.



Que se danem os times de futebol.



Eles nada acrescentam na vida de ninguém a não ser dos fanáticos que gastam seu dinheiro e seu tempo para assistirem os milionários jogadores perderem um campeonato e dizerem que é coisa do futebol.



Hoje vi uma reportagem sobre a fome na África.



Milhares de pessoas passam fome no mundo



Milhares de pessoas passam fome no Brasil.



E somos o país do futebol, da praia e do carnaval.



Agora somos também da Copa e da Olimpíada.



Duas aberrações que nada vão acrescentar na vida de ninguém a não ser de uma meia dúzia que fatalmente vão desviar milhões das obras super faturadas.



Isto vai mudar por causa da Copa e da Olimpíada?



Claro que não!



Tenho a mais absoluta certeza que em todas as cidades litorâneas existem dois mundos.

Um da praia.



E outro longe da praia.



Há pouco tempo estive em Guarapari, a praia dos mineiros.



Na orla tudo muito bonito, mar, lojas, shoppings, cinemas e pessoas consumindo.

Longe das praias um povo que não freqüenta o mar e esquecido pelo governo.

Rua sem saneamento básico e esgoto correndo a céu aberto.



O céu perto do inferno.



O paraíso perto da degradação.



Este é o nosso país.



Esta semana recebi uma mensagem de uma pessoa querendo me convencer que moramos em um paraíso. Anexo veio foto de todas as grandes cidades de todos os estados. Fotografias feitas por profissionais que só enxergam o belo, paisagens e prédios coloridos pela luz artificial e pelo brilho dos holofotes.



Eu não gosto de fotos.



E as cenas que vejo na periferia da minha cidade, que são iguais a todas as cidades do país, não me mostram o mesmo brilho.



Uma meia dúzia leva a vida na mordomia e a grande massa brinca de viver.



Precisamos mudar nosso comportamento e desenterrar valores do passado que foram esquecidos.

Quando vizinhos eram quase parentes.



Fui presidente voluntário de um asilo para pessoas carentes, ele está cravado no meio e um grande e tradicional bairro da cidade e durante quatro sábados seguidos a casa não recebeu nenhum visitante sequer.



Ninguém acredita que vai envelhecer.



Estou precisando ver algo bonito de verdade, não de imagens e sim de comportamentos e atitudes de caridade.



É assim que eu quero enxergar.



Estes são os contrastes do dia a dia.



 


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