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Ensaios-->23. CONCLAMAÇÃO -- 02/01/2004 - 07:21 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O menos que se pode dizer deste momento de meditação e de reflexão é que se tem tornado em precioso lenitivo para muitos irmãos sofredores que têm vindo, a convite nosso, presenciar estes trabalhos mediúnicos. Dada a cordialidade com que são recebidos, sabem que não estão sendo ameaçados de nada e, como nada lhes pedimos, a não ser atenção e fé, reconhecem que não serão enganados.

Muitos voltam para as estrepolias habituais, mas alguma sementinha de desconfiança de que não estão agindo bem guardam no fundo do coração, a qual é capaz de germinar e florescer em sentimento de remorso e arrependimento.

Outros desejam participar afoitamente dos serviços, embora nada saibam do que se possa esperar deles em tais circunstâncias. Desses, alguns se compenetram de sua pouca capacidade socorrista e aceitam partir para estações de recuperação e apoio. Outros se desentendem com o grupo, desejando forçar a situação e são encaminhados para turmas socorristas mais afeitas ao trabalho de magnetização coercitiva, desde que, é claro, algo exista de aproveitável na manifestação inicial de ajuda.

Existem uns poucos que se afeiçoam tão particularmente a algum elemento do grupo que obtêm deste permissão para ficar a seu serviço e sob sua responsabilidade, de sorte que passam a agir em trabalhos de assistência “material”, se assim podemos chamar pequenos serviços de policiamento, de recados, de pesquisas etc. Nem todos temos permissão para revelar, por incompreensíveis à mente encarnada.

Existem os que vieram por engano e que somos obrigados a liberar desde logo. Esses não obtêm qualquer proveito das reuniões, embora sejam devidamente “fichados” para ulteriores aproximações.

Eis que o quadro se completa com os amigos convidados a falar, os quais têm melhor noção do que ocorre durante a sessão e, embora engolfados em sentimento de culpa absolutamente alucinatório, conseguem expor os dramas íntimos, por força da imprescindível magnetização realizada pela equipe.

Todos esses irmãos socorridos o são segundo plano bem estabelecido. Jamais trazemos alguém cujo espectro vibratório esteja além de nossa possibilidade de domínio. Por isso, alertamos os bons amigos médiuns, para que não temam entrar em contacto com o além, desde que conheçam muito bem seus guias, mentores e preceptores. Tal conhecimento é fundamental para que não venham a ser embaídos por falaciosas promessas de grandiosidade mediúnica, pois o que mais gostam de fazer os menores é se passarem por espíritos de força e de luz, para engodo de quantos inadvertidos intermediários consigam encontrar.

Nós mesmos, apesar de todas as palavras anteriores, podemos, neste momento, estar sendo considerados perfeitamente impróprios para a influência por mentes encarnadas que aspiram a contatar somente espíritos angelicais, capazes de expor temas de superior moralidade e relevância religiosa, em mensagens acabadas do mais puro estilo evangélico. Não queiram ser tão exigentes que se tornará inviável qualquer tentativa séria de socorrismo, por meio de sua colaboração. Nem tanto à terra, mas também nem tanto ao céu.

O mediunismo dos seres muito elevados na escala evolutiva se faz por meio de sucessivos intérpretes em várias camadas, até ser transmitido aos homens por algum companheiro um pouco melhor situado no etéreo e com alguma facilidade no trato de temas superiores. Sendo assim, mesmo que a mensagem desça dos píncaros mais elevados da galáxia, vamos dizer assim, vai representar para o pobre mortal muito próxima de outras que ele mesmo teve oportunidade de ver atribuídas a seres imperfeitos. É que, na tradução sucessiva, os termos e expressões vão tendo necessidade de ir adequando-se à realidade circunstante para poderem ser compreendidos, de modo que, ao chegar aos domínios dos encarnados, soam familiarmente. Se o último transmissor for dotado de dons especiais adquiridos de profundos estudos literários, poderá ocorrer que o teor da mensagem ganhe brilho aos olhos dos mais doutos, o que, certamente, atrapalharia a visão dos menos dotados do saber terreno, enquanto espíritos menos propensos à literatura conseguiriam textos mais próximos da mente do comum dos mortais, de sorte a não entusiasmar os mais eruditos. Eis o que se pode falar a respeito da forma.

Quanto ao conteúdo, dificilmente qualquer mensagem hoje em dia iria trazer conhecimentos mais sólidos que os disseminados entre os homens por Jesus e difundidos, através de minuciosas explicações, pela codificação kardequiana, mesmo porque ali se contém tudo de que necessita o ser humano para se erguer, ombreando-se com os anjos mais puros da plêiade que esplende ao derredor do Cristo. Acima dele, sabemos que existem círculos mais elevados, de categoria superior, mas o máximo que sabemos a respeito é que existem. Mais nada. Para alguns, a assertiva pode até parecer sacrílega, pois não entendem que Jesus não tenha adentrado o reino de Deus. Mas conjeturemos que assim fosse, como poderia, ao mesmo tempo, responsabilizar-se pelo seu setor “galáctico”?

Por outro lado, existem anotações particulares que descaem continuamente do Alto, mas com a especificidade da cultura mais profunda, de sorte que são dirigidas diretamente para certos encarnados missionários do mais elevado gabarito. Essas transmissões passam-nos despercebidas e só temos conhecimento delas por informações dos orientadores. São preciosas mensagens de muito amor, que norteiam o procedimento em áreas as mais diversificadas para propiciarem ganhos morais mais abrangentes, por intermédio daqueles benfeitores da humanidade.

Bem, no que respeita a este tipo de mensagens, não queiram os amigos ser os intermediários delas, pois não saberiam o que fazer com esse influxo de conhecimentos que lhes seriam totalmente incompreensíveis e que lhes fariam desacreditar até mesmo da excelsitude de seu teor.

Todo este roteiro é para configurar que existem justas medidas para o intercâmbio com o plano espiritual. Saber que se está amparado por forças que visam unicamente proceder ao socorrismo por injunções cármicas de necessidade de regeneração perispiritual é ter conhecimento de algo de importância fundamental para que se possa manter o influxo do relacionamento. Compenetrar-se de que se está praticando o bem, ao dar assistência a espíritos necessitados de ajuda, é adquirir “status” de socorrista, o que corresponde, na escala evolutiva, a passo bem grande no caminho da perfeição possível para os encarnados. Solicitar ao Senhor a permanência nesse estágio, agradecendo-lhe o assentimento e todas as benemerências que estão afetas a tal trabalho, é ter a certeza de que o encarne está realizando-se segundo os princípios estabelecidos. Prosseguir, por livre iniciativa, durante o restante da vida ativa, nesse serviço relevante é propiciar aos companheiros da espiritualidade a possibilidade de cumprir o seu destino em função das virtudes evangélicas e a todos do grupo, a convicção de que se está amando a Deus sobre todas as coisas, pois ao próximo, ao semelhante, se está oferecendo o mesmo amor que dedicamos a nós mesmos.

Assim se conta a história dos médiuns conscientes de sua importância e seguros de suas comunicações. Gostaríamos de poder dizer o mesmo de todas as pessoas que se dedicam a esse mister. No entanto, são tantas as que se presumem acima das outras por essa doação insignificante — uma vez que de empréstimo e sem real vocação — que nos aflige até escrever este texto, por temor de sermos mal interpretados ou o nosso médium ser acusado de falsidade, de megalomania, de favoritismo ou de alguma outra alcunha que a fantasiosa mente encarnada sói imaginar.

Bem, riscos à parte, queremos deixar nosso reconhecimento a quantos tenham tido a paciência de nos acompanhar até aqui e orar com profunda reverência ao Senhor, para agradecer-lhe as luzes que nos emprestou para elaborar este texto, cujo objetivo maior, evidentemente, além de descrever mais um pouco do nosso exercício de cidadania evangélica, procurou ser o convencimento do leitor, para que possa, ele mesmo, vir a comprometer-se com o plano espiritual, para tornar-se médium dedicado ao socorrismo fraterno, em algum dos aspectos mais condizentes com o seu desenvolvimento pessoal no campo da moralidade e do amor. Para que se possa concretizar esse anelo, é preciso que se dê ao leitor a certeza de que o nosso trabalho é perfeitamente coerente com as verdades do Cristo, e este foi o meio que encontramos, ou seja, a descrição de algumas possibilidades de relacionamento e as condições em que se dão, tendo prevenido quanto aos cuidados necessários para não se cair em mãos erradas.

Era o que tínhamos para hoje, nesta quente e ensolarada tarde de novembro deste ano da Graça de 1.990. Esperamos que, ao se dar à luz este texto, estejam os leitores totalmente convencidos da necessidade do saber evangélico e que estejam a par do teor dos textos precedentes da “Escolinha de Evangelização”, para se assegurarem mais uma vez de que sua determinação em abraçar a doutrina espírita tenha sido a atitude mais sábia tomada em suas vidas.

Nesse exato momento, o que esperamos desses irmãos no Cristo é que digam a “Oração do Pai”, com o coração voltado para a própria regeneração, mas com a mente preocupada em realizar na vida a maior quantidade possível de benemerência.

Lúcio, da “Equipe da Luz”.

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