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Ensaios-->15. MOMENTO DE REFLEXÃO -- 25/12/2003 - 07:45 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Quando os espíritos das esferas superiores fazem descer seus fachos de luz, nem sempre estamos em condições de senti-los, de sorte que os efeitos passam despercebidos pelos próprios interessados em que tudo venha a se sedimentar de acordo com os propósitos fundamentados nas virtudes evangélicas mais plenas de galas. Do mesmo modo ocorre quando a pessoa, desatenta e pródiga em malefícios, investe seus esforços em concretizar algo mau, pois também não é capaz de aperceber-se dos eflúvios das baixas vibrações que estão a capitalizar, em sua alma, ganhos bastante nocivos ao progresso que deveria estar preocupada em empreender.

Por isso, é importante, sempre que estamos diante de alguma decisão, parar um instante para dedicar alguns minutos à reflexão, à meditação relativamente ao nosso empenho. Nesse minuto com nós mesmos, buscaremos elucidar as causas que nos impelem ao trabalho em vias de realização, bem como as conseqüências que advirão dele.

Se, claramente, se configurar para nosso espírito que a tentativa será onerosa, mas sadia e perfeita do ponto de vista moral, saibamos, nesse instante de meditação, que estamos, evidentemente, sob o influxo das bênçãos que do Alto descaem para proteção do empreendimento.

Se, claramente, se configurarem na mente as metas como deletérias para nós mesmos, para alguém de nosso círculo e até mesmo fora dele, tenhamos a certeza de que, do mesmo modo, estamos sendo amparados pelos irmãos de luz, que buscam evitar que resvalemos e que tombemos em desgraça.

Se, em nosso espírito, se enevoarem as idéias, deixando-nos confusa a deliberação, se não formos capazes de concatenar os pensamentos, querendo e não querendo, parecendo e não parecendo serem boas as intenções, aí estaremos sob dupla influenciação. Não sabemos discriminar a causa nem o efeito, não temos noção do bem e do mal, mas tendemos a aceitar o parecer que nos vem do fundo da consciência, hesitamos e, por fim, decidimos por sustar o empreendimento, para ter melhor certeza de que estamos procedendo em harmonia com as diretrizes evangélicas. Pois bem, nesse momento, vencem as luzes que do Alto vêm e sufocam as baixas vibrações dos que desejavam ver nossa ruína.

Se se configurar, no nosso espírito, estado de rebeldia pela deliberação em proceder ao exame do empreendimento, se nos açodamos para logo nos desprendermos da reflexão, se achamos inconveniente e inútil deitar fora tal tempo, inconscientes do proveito que poderíamos haurir, fica evidenciado que estamos sob domínio de forças catastróficas para o nosso real objetivo de vida. É hora de forçar a mão, de contrariar impulsos, de fechar as portas a quem nos estimula a decidirmo-nos irrefletidamente; é hora de voltarmo-nos para dentro de nós mesmos, buscando, na tranqüilidade da consciência ainda pura, discernimento suficientemente capaz de nos levar à busca da verdade. É hora de rezar para vencer os empecilhos que se estão antepondo à clara visão dos fatos, solicitando dos protetores ainda mais luz, ainda mais força, ainda mais poder de determinação.

Eis que o momento de reflexão é sempre de imponderável valor para todos nós. Portanto, caro irmão, não se envergonhe diante das pessoas por deixar transparecer certa tibieza, certo descontrole. Quantas pessoas que conhecemos se atolaram na lama das inconseqüências, só por quererem ufanar-se diante dos outros, fazendo-se passar por aguerridas, por inteligentes, por destemidas e resolutas. Aí decidem mal, impulsionadas por emoções baratas, cuja única função é de desvirtuar as intenções melhor programadas dos momentos de reflexão e prudência. É preferível dar a impressão até de covardia, mas não se deixar embalar por falsidades ou por gloríolas mundanas de baixa categoria.

No momento do reconhecimento do real valor, do verdadeiro atributo, haverão sempre de prevalecer aqueles que não se deixaram levar pelas ilusões, mas que concretizaram atos válidos, honestos, decentes e leais.

A precipitação tem o condão do envolvimento emocional das pessoas. O ato reflexo, quando bem conduzido, pode significar um passo além, mas geralmente demonstra somente a pressa em resolver de imediato para se obter o maior lucro possível no campo material. O ato pensado, refletido, longamente meditado, terá a seu favor a anuência das forças espirituais superiores que tiveram ensejo de partilhar da reflexão, conseguindo, por via de conseqüência, propiciar ao ser encarnado ocasião de proceder com lisura e desprendimento.

Evidentemente, não estamos a nos referir a programações demoradamente elaboradas por quadrilheiros para seus sucessos criminosos. Não se trata, nesse momento de reflexão, da dedicação indevida de tempo para a realização de atos falhos. O objetivo dos marginais se estabeleceu, se definiu e se firmou em suas mentes por impulsos de maldades, dos quais partilharam suas consciências comprometidas com as forças negativas do Universo. Seu instante de atenção não deve confundir-se com o apanhado das mensagens superiores dos que têm em mente a possibilidade de acertar em suas decisões de vida.

Aqueles querem degenerar ainda mais a personalidade, pois vêem na realização criminosa algo através do que vão desafiar os poderes constituídos, embora desejem, finalmente, usufruir os benefícios daquela mesma sociedade contra a qual investem. Aceitam os benefícios sem atender aos sacrifícios. Correm riscos por necessidades psíquicas intrínsecas à formação de suas personalidades.

Como este discurso não visa à revelação psicológica, vamos contentar-nos com estas rápidas pinceladas. O que nos importa é configurar ao leitor, pessoa cordata, assente legitimamente na sociedade, capaz espiritualmente de dedicar-se a esta leitura e, portanto, perfeitamente cônscio dos valores morais dos ensinamentos evangélicos, que se deve tomar o máximo cuidado diante das tentações do mundo, rogando ao Pai que se evitem as atitudes intempestivas e aleatórias, para que sejam integrados à sua personalidade a boa vontade, o amor, a paciência, o descortino intelectual e moral, a justiça, enfim, diante dos semelhantes nos atos que dependem de decisão sua.

Tudo que se faz após profunda reflexão dos aspectos morais adquirirá maior importância para nossa capacitação em prol de recebermos cada vez mais atribuições no campo do socorrismo. Isto vale para qualquer esfera existencial. Assim, é de se supor que os mestres, instrutores, protetores e guardiães tenham chegado a esse ponto evolutivo, após se terem compenetrado da importância da atitude reflexiva, ponderada, racional, que ora estamos a propugnar ao caro amigo leitor. Deste modo, à vista de tão poderoso argumento, diante do respeito que devemos demonstrar por nossos mentores e superiores, anotemos no caderninho íntimo, na agenda de eventos cristãos, em cada uma de suas páginas: “Este momento se destina à reflexão.” Certamente, estaremos criando condições para nos tornarmos, também nós, um pouquinho melhor preparados para um dia ocuparmos lugarzinho de orientadores, de preceptores, de instrutores, de professores.

Até mesmo nas situações de maior envolvimento emocional, deixemos aberto canal de comunicação com o mundo superior, onde reina a paz, a concórdia, a consolação e o amor e de onde descerá, em borbotões de luz, o reconforto para a dor, para a tribulação, para o desassossego. O que não podemos, jamais, é permitir que a vida se veja atribulada por não termos tido suficiente discernimento para perceber que tudo que nos ocorre pode vir a ser encarado como prova necessária para a futura redenção. Eis que se afigura mais um item importante para justificar a assertiva de que os momentos de reflexão são imprescindíveis para a manutenção do equilíbrio vital. E se nos habituarmos a esses instantes de muita concentração no poder energético interior, não demorará para percebermos que os momentos se transformarão em minutos, em horas, em atributo da personalidade, favorecendo-nos crescimento legítimo e fundamentando a nossa qualificação para a vida espiritual superior. E esse crescer nas virtudes significará, finalmente, a nossa inserção nos páramos angélicos, objetivo inicial maior dos seres que se esforçam nesta zona do Universo.

Eis que, bom amigo, simples e modesto momento de reflexão pode constituir-se na chave que abrirá as portas da compreensão da vida, atrás das quais se situam o ministério do amor e a rota da salvação.

Fique, bom amigo, na paz do Senhor e saiba que muito contentes estamos por termos podido, embora, talvez, um pouco dispersivamente, certamente de modo bem longo e monótono, trazer esta mensagem de otimismo, no incentivo da perseverança de quem almeja proceder segundo os ditames das leis de Deus, à luz dos ensinamentos do Cristo.

Felicidades, irmão, e receba carinhoso abraço de toda a equipe!

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