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Artigos-->Há Ajuda Para O Filho Da Viúva? (II) -- 30/12/2011 - 20:44 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Estou escrevendo artigos, poesias, crônicas, ensaios, romances, contos em sites literários. Muitos deles, certamente, não são do agrado de pessoas que, cada vez mais estão fechando um cerco de ameaças: físicas e verbais. Praticamente diárias.



 Nos contadores de acessos a meus textos, há, atualmente, um registro de, aproximadamente, um milhão e duzentos mil leitores, talvez mais.



Há uma década, atitudes intimidativas forçaram-me a sair de São Paulo onde ameaças contra minha integridade física ficaram cada dia mais violentas. Quando tiros eram disparados em minha direção (costumava caminhar de madrugada) nos arredores do apartamento onde habito no bairro da Barra Funda.



Registrar BO em delegacia de polícia não é possível, desde que nela exigem que se forneça o nome do agressor, endereço, e outros dados que não são de meu conhecimento. Quando faço denúncia a policiais em viaturas, estes, após abordar o agressor, dizem que nada podem fazer porque o mesmo, uma vez verificado o nome via rádio patrulha, supostamente não tem entrada em delegacias de polícia. Alegam não ter havido flagrante.



Outro dia saí com meu carro na rua em frente ao edifício e me crivaram de foguetes tipo fogos de artifício. Fui agredido à cotoveladas, de modo covarde e traiçoeiro quando, no Sesc Pompéia analisava uma partida de xadrez. Não faço estilo de fugir de agressões sem o devido revide. Havia uma semana que tinham extraído pedras, retirando-as e à própria vesícula. Preferi não reagir para preservar o período pós operatório. E os seguranças do local me garantiram que têem gravadas as imagens. E que podem testemunhar contra o covarde agressor.



 No Centro Cultural São Paulo, começo de dezembro, dois jogadores de xadrez, um dos quais foi agente da agressão no Sesc, armaram uma farsa de conflito entre eles. Ao chamar a Guarda Municipal um dos agentes do litígio solicitou-me testemunho e me pediu o n° do RG e o nome. Os agressores foram levados numa viatura, mas a queixa não foi registrada em delegacia. No caminho, segundo me informaram, um dos agressores desistiu da queixa.



 Em minha avaliação do evento eles queriam apenas a identidade de meu registro geral, meu nome. Estranhei toda a encenação quando ambos foram detidos, entraram na viatura conduzidos por policiais e, nos finalmente da ocorrência a queixa não foi registrada, nem redigido o BO.



 Posteriormente, no Clube de Xadrez de São Paulo, dia 23/12 por volta das dezessete horas, realizava-se um torneio entre oito participantes. O agressor do Sesc Pompéia, que pessoas dizem esquizofrênico, participava. Dessa vez as ameaças verbais vieram de outros dois participantes, um dos quais de descendência oriental. Anotei o nome dos partícipes do torneio a partir do vídeo de um  micro que estava na sala de jogos.



 Sexta-feira, dia 30/12/11 (14 hs aproximadamente) ao voltar para casa, as provocações vieram de um tipo mal encarado que, conversando com outros dois, próximo a um dos bares na esquina de Vitorino Carmilo com rua Apa, provocaram-me verbalmente. Reagi à provocação e um deles tentou partir para a via de fatos no que foi contido por um dos companheiro de provocação, como quem diz: “Ainda não é o momento”. — Por enquanto deixa quieto.



 Há algum tempo meu carro foi ultrapassado de forma violenta, arranhado na pintura lateral, na esquina da Carvalho de Mendonça próxima à garagem do prédio. O carro parou na esquina e dele saíram dois tipos mal-encarados. O motorista continuou, saindo do local. Ao abrir a porta do prédio olhei em direção à esquina e lá estavam os dois que haviam saído do carro fazendo gestos de puxar os gatilhos de armas, apontando em minha direção.



Havia estacionado meu carro para pegar uma pasta de documentos a pagar no apartamento. Quando voltei o vidro da janela do lado do motorista estava quebrado, o alarme do carro silenciado. A bandidagem, muito confortável, apenas olhava provocativa de um banco no balcão e de uma mesa do bar em frente. Enquanto eu verificava que haviam roubado um navegador GPS, um rádio, uma agenda com notas de praxe e (deram sorte) um envelope com mil e duzentos reais (dentro da agenda) para pagamentos bancários de contas.



 Do celular avisei à PM que ficou de enviar uma viatura ao local. Vinte minutos depois, aproximou-se vindo muito devagar, a dita viatura. Fiz um resumo do evento ao oficial da PM. Apontei um dos marginais que havia saído do carro, disse da ameaça dele apontando a mão como se nela tivesse uma arma atirando, passei a placa do carro do qual haviam saído na frente do bar.



 Depois do barraco, a delegacia para registrar o BO. O delegado foi logo avisando:



 — Vai esperar no mínimo duas horas. Esses aí (apontou para algumas pessoas sentadas num banco) já tá pra mais de três horas que estão esperando para registrar queixa.



 Uma advogada de porta de cadeia foi logo tomando as dores do marginal, dizendo que ele era um cidadão de bem, honesto e trabalhador, porteiro de edifício com carteira assinada, pai de família exemplar, e coisa e tal.



 Resumindo: eu não poderia acusar o dito ladrão de ter quebrado o vidro do carro e roubado os pertences mencionados. Eu não havia visto a ocorrência. Um policial civil logo disse que a coisa não ia dar em nada. E tanto o policial civil como os dois PMs, ao verificarem a placa do carro do qual havia saltado os marginais, saíram logo, enfaticamente, em defesa do proprietário do veículo, dizendo que o mesmo não tinha nada com isso, que não estava no local, que eu não poderia acusá-lo de nada...



 Estranhei a veemência dos policiais, os militares e o civil, na defesa do motorista do carro infrator. Compreendi que o dito proprietário do veículo, após as averiguações de praxe, deveria ser um policial conhecido deles, para merecer tamanha ênfase na defesa verbal do mesmo. O BO da delegacia não foi registrado, mas o registro da ocorrência por um boletim da PM fora efetuado.



 Eu não ia perder mais tempo na Delegacia. E ainda havia a ameaça de, ao invés de vítima, ser acusado pela advogada de porta de cadeia por calúnia, injúria e difamação de um dos marginais que desceram do carro e ameaçaram atirar em mim, simulando com as mãos estar armados. Ao dizer isso a um dos policiais (que não poderia ficar duas horas ou mais esperando chegar a minha vez de registrar a ocorrência) e que ainda corria o risco de ser acusado, ele virou o rosto para mim e afirmou cinicamente:



 — É assim que funciona!



 Fica evidente que, da primeira vez que saí de São Paulo, sob a ameaça dos tiros em minha direção quando de minha caminhada antes do nascer do sol, esses disparos não visavam me acertar. Ou teriam me acertado. Mas eram claramente uma advertência. Ou saía ou morria. Saí. Passei quase uma década fora. Ao voltar, em pouco mais de três anos, a situação parece que se repete.



 Há uns seis meses, outra ocorrência de estranha conclusão. Convidaram-me a participar de uma suposta reunião num sítio de um partido político de apoio da base governista. O sítio estaria localizado na zona da região central da cidade de Pindamonhangaba. Dirigi-me à localidade com o autor do convite. Meu carro, 2010, pequeno, havia saído da região suburbana e entrado numa estrada bastante precária que não havia sido mencionada pelo, digamos, anfitrião.



 No caminho, todos os pedágios iam ficando por minha conta. O cara insistia na argumentação de que, “depois, vamos dividir as despesas”. Perguntava se eu não estaria cansado, que ele sabia dirigir, que poderia pegar na direção.



 Após muito rodar entre buracos, pedregulhos grandes, trechos alagadiços, pontes de madeira muito precárias, o cara sempre dizendo:



  — Está perto.



 — Falta pouco.



 — Estamos quase chegando.



 E nunca chegava. Parei o carrinho e disse que estava manobrando para voltar. Que ele não havia dito nada a propósito desse trecho bastante ermo e hostil. Principalmente para um veículo modelo Celta Spirit. O sujeito ficou muito irritado, alegou duas ou três bobagens, que eu deveria prosseguir, e coisa e tal. Levantei do banco, abri o bagageiro, tirei a mochila dele da mala e perguntei:



 — Vai ou fica? — Estava escurecendo e eu havia dito que precisava estar de volta à cidade de São Paulo por volta das 20 horas. Se eu houvesse continuado o trajeto cada vez mais difícil, talvez nem tivesse voltado vivo. Hoje acredito nessa possibilidade.



 O cara bateu com a bengala que sempre carregava na mão direita, como se fosse um Guru indiano, um Hare Baba, no lado direito do pára-choque dianteiro do carro, pegou a mochila e saiu a caminhar em direção de uma ponte de madeira muito, muito precária, que ele havia insistido que eu fizesse o carro passar por ela.



 Ao voltar pelo caminho até então percorrido, aproximadamente faltando um quilômetro para a pista de asfalto, havia dois carros, também de pequeno porte, parados, cada um de um lado da estrada a uns trinta metros um do outro. Ao ver que me aproximava, um deles ligou o motor e buzinou como que alertando o outro de minha aproximação.



 Felizmente eu estava bem próximo deles, e a manobra que o carro detrás fez no sentido de me impedir a progressão em direção da estrada de asfalto não fora rápida o suficiente para fazer parar meu carro. O outro veículo da frente ainda tentou manobrar no sentido de fazer colidir a frente do automóvel que dirigia de modo a bater forte do lado de meu carro. Por pouco não aconteceu a colisão.



 Após manobrar o carro bruscamente para a direita, acelerei ao máximo. Por milímetros o abalroamento não aconteceu. O cara, algum tempo depois, também jogador de xadrez, apareceu no CCSP, e após algum lero-lero, teve a cara-de-pau de pedir desculpas pelo ocorrido.



 Evidente que ele se referia ao comportamento suspeito de nada ter mencionado sobre o trecho bastante acidentado da estrada vicinal de terra que me conduziria, provavelmente, a momentos de terror. Quem sabe a atentado contra minha vida. É uma hipótese racionalmente razoável. A investigar. Sobre os desdobramentos dos incidentes no roteiro de volta à estrada principal de asfalto, ele nada falou. Como se ignorasse a ocorrência.



 Afinal, eu tenho um pouco de leitura sobre a cultura indiana. Sei, por exemplo, que o termo Hare Baba (Are Baba!) significa, em terminologia popular: PQP! Pôxa vida! Ah meu deus! Que que é isso! Não brinca! Tá de sacanagem! Oh, não!



 Parece história de suspense e horror tipo produção hollywoodiana classe “B”. B de Brasil. E É! História. Real. Que fazer? Não sei ao certo se consegui expressar o terror sugerido pela situação. Na avaliação do leitor, eu tenho condições de permanecer nessa cidade? Nesse país? Contigo a palavra. A avaliação. O comentário.



 É este o tipo de democracia que certos indivíduos estão vivendo neste país. Os indivíduos que desejam exercitar as próprias escolhas individuais. Nas áreas do intelecto, da inteligência emocional, da opinião pessoal, do livre-arbítrio.


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