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Ensaios-->1. 1.o Relato — ROBERTO -- 11/12/2003 - 06:43 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Graças a Deus!

Eis-me aqui para trazer a minha mensagem. Sei que não estou sendo bem recebido, pois os que me antecederam trabalharam com muita facilidade e eu tenho inúmeros problemas. Desde pequeno, em minha derradeira vida, fui submetido a muitos exames físicos, pois era portador da síndrome de Down, vulgarmente conhecida por mongolismo. Meu nome era Roberto, mas eu gostava que me chamassem de Alfredinho, pois era assim que se chamava meu irmão mais velho. Mas eu nunca disse isso a ninguém.

Deixei a vida depois de passar pelos vinte anos de idade, mas nunca tive muita noção do que se passava ao meu derredor. Ao chegar de volta, fiquei furioso quando percebi que tinha sido coagido a sofrer aquela desdita. Amaldiçoei os meus parentes, por me aceitarem como ser tão inútil e, por isso, fui caindo, caindo, sem saber que muita gente havia ao meu redor querendo ajudar-me. O meu coração me traiu e não fui capaz de compreender o quanto de bondade havia no coração de cada pessoa que me aceitara em sua companhia. Agora tenho condições de reconhecer o muito amor de que fui alvo, principalmente da parte de minha mãe, criatura boníssima, que ainda se encontra encarnada. Isto eu suponho, porque nunca a vi por perto de mim.

Agora, pedem-me para contar o porquê fui recebido na Terra mentalmente aleijado. Preferia não dizer, mas, se essa for a chave que me abrirá o mundo das reconciliações, devo dizer que matei várias pessoas em encarnação anterior em que respondia pelo nome de Gonçalo. Nome maldito e amaldiçoado, pelo qual fui perseguido por toda parte por onde andava. Esses crimes foram “passionais”; é que a minha atitude sempre se disfarçou de paixão. O que eu queria mesmo era prejudicar as pessoas para tirar proveito da situação.

O escrevente já intuiu minha personalidade mais profunda e, por isso, não vejo necessidade de prosseguir descrevendo as minhas maldades. Fique agora bem claro que terei muito orgulho se conseguir superar minhas deficiências, como estou conseguindo expressar-me de novo com tanta desenvoltura. Acena-me o escrevente com a possibilidade de melhorar ainda mais meu escrito, mas devo dizer-lhe que, diante das minhas dificuldades na última encarnação, até que estou admirando-me de alcançar tanta fluência e perfeição.

Os guias pedem para me despedir, pois consideram-se satisfeitos com o meu desempenho. Agradeço, então, a boa vontade de todos e proponho-me a seguir todos os seus conselhos. Muito obrigado ao caro escrevente! Fique você também na divina graça, sempre auxiliando a estes sofredores.

Adeus!



Comentário

A “Equipe da Luz”, que não se perca pelo nome, avisa o psicógrafo que não fará extensos comentários a respeito de cada apresentação de espíritos em auxílio, pois não estamos interessados em que haja publicação do resultado do trabalho. Se, mais tarde, algum opúsculo esclarecedor puder extrair-se desses escritos, tanto melhor; se não, permaneceremos bem escondidinhos, no anonimato, de modo que o nome que nos atribuímos não transparecerá, para sossego do irmão, que considerou tal nomenclatura pretensiosa e perigosa. Fique em paz, irmãozinho!

Por hoje, vamos encerrar os trabalhos, mas prepare-se convenientemente para os próximos dias, já que o trabalho com espíritos deste jaez torna o período de preparação bem mais severo e complexo, principalmente por estar o irmão insulado. Haverá, entretanto, sempre quem se disponha a ceder parte de seus fluidos vitais para energizar o ambiente, de sorte que também este aspecto não deverá preocupá-lo.

Aja em consonância com a lei maior do amor universal que conseguirá realizar o que se espera de sua capacidade. Volte agora as tarefas habituais, sabendo que a água foi fluidificada e que sua reserva perispiritual eletromagnética está restabelecida.

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