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Ensaios-->O¨Tiro Pela Culatra -- 10/12/2003 - 09:58 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Desarmamento. O Tiro pela Culatra
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

A mídia, de modo geral, já se posicionou a favor da proibição e posse de armas de fogo, no pressuposto de que a medida irá contribuir, de forma significativa, para reduzir a violência.

Entretanto, penso que a medida, por si só, não resolverá , de forma significativa, o problema da violência. É mais um lance de bravatas das autoridades; uma espécie de satisfação momentânea à sociedade; que, está sozinha na luta contra a violência.

Como sempre, as autoridades e políticos tentam resolver os problemas quebrando os galhos, sem ir às raízes.

A bem da verdade, a maioria dos crimes que são praticados neste país não são realizados pela via do uso de armas de pequeno calibre, mas, sim, utilizando armamento pesado; armas de guerra, exclusivas das forças armadas.

E há outras armas que não foram consideradas, mas que contribuem para o agravamento da violência, as armas brancas: facas, navalhas, punhais... Sem falar nas tentativas – muitas vezes consumadas - de homicídios praticados com pedradas, pauladas e tantas outras formas de que se valem o homem civilizado para tirar a vida de seus semelhantes. Casos de extrema violência, conforme aquele em que executivos portugueses foram enterrados vivos, na conhecida praia, ironicamente, chamada de Praia do Futuro, no litoral cearense.

Alegar, em favor da aprovação da medida, que em sete anos de envolvimento na guerra do Vietnã, os Estados Unidos perderam mais de cinqüenta mil soldados, enquanto no Brasil, nesse mesmo espaço de tempo, foram trucidadas cerca de 280 mil pessoas é, no mínimo, tentar distorcer a questão para angariar simpatizantes à causa.

Retirar, portanto, a arma de um cidadão pacato, cuidadoso com sua guarda e manutenção, e que a possui, muitas das vezes, para espantar animais ou ladrões de galinha, de pouca periculosidade, é contribuir a favor da pena de morte que, apesar de constitucionalmente proibida, já está em pleno vigor em relação aos criminosos. O marginal, atualmente, dá a sentença e decide quem, quando e como, a vítima irá morrer.

Fala-se muito em defesa de direitos humanos; em tese. Na prática, não se vê a defesa agir em favor das vítimas. Sempre a culpa é do soldado, que não devia ter matado o marginal; Ou do Estado, que não soube defender o preso colocado sob sua tutela; Ou do governante local, que foi omisso ou não aplicou, de forma correta, algum dispositivo legal de prevenção ou repressão à violência.

Nós, os pagadores de impostos, é que temos que ficar presos em nossas grades; montar nossas jaulas; inibir o direito de ir e vir; blindar carros e não reagir aos assaltos. E assistir, pela televisão, psicopatas incuráveis, estuprando e matando jovens e adolescentes, sob o manto da impunidade, acobertados, ainda, pela defesa “ferrenha” do grupo dos direitos humanos.

Proibir a venda, e restringir o porte e uso de arma de fogo, salvo melhor juízo, deveria passar, primeiro, por um processo de ordem cultural e educacional. Por ações no contexto econômico e social. Pela via da desconcentração e distribuição de renda. Pela retomada do crescimento econômico. Pela ampliação dos níveis de emprego. Mais escolas públicas de qualidade. Mais justiça social. Mais presença do Estado e mais honestidade de propósitos.

Texto com correções. susbsituti o anterior.

10 de dezembro de 2003
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