INSTRUÇÕES PARA A DATILOGRAFIA
I
Quanto às suas solicitações de esclarecimentos, caro amigo, vá escrevendo seus textos explicativos e elaborando os títulos, conforme lhe ditarem as intuições.
Suprimir ou não mensagens que lhe pareçam de cunho eminentemente pessoal é decisão meramente editorial e não seremos nós quem irá decidir. Se o editor julgar conveniente passar as informações para o público, muito bem, ficará decidido assim. Se, experimentado no ofício, decidir pelo contrário, igualmente nos submeteremos à sua decisão. Não concorda com isso?
Por outro lado, quanto ao título do livro recém-terminado, pode optar por “Mensagens do Grupo de Análise do Comportamento Humano” ou outro qualquer que lhe parecer mais econômico e expressivo, sem, evidentemente, deixar de consignar o nome da série: “Escolinha de Evangelização”.
Quanto à nomeação do autor da última mensagem, diz-nos ele que, pertencendo à equipe de Homero, não deve ficar registrado seu nome. Outro irmão também lhe pede para não lhe mencionar o nome, solicitando a gentileza de alterar o título da mensagem para “Mensagem para se refazerem os laços” ou “Refazendo-se os laços” ou qualquer outro que dê a idéia de refacção da amizade abalada ou do amor estremecido. Não se esquecer de alterar a mensagem seguinte que também lhe cita o nome.
Quanto ao orientador, não há como deixar de nomeá-lo.
No que respeita aos próximos textos, reserve-os para publicações avulsas, se houver possibilidade, abrindo para isto pasta especial.
O novo livro (“Trabalhando com Marcelo e sua Equipe”) deverá iniciar-se pela mensagem de 26.9.89 e seguir passo a passo, como se fez até aqui. O ciclo encerrar-se-á de modo claro, pois sempre existem mensagens iniciais e finais; bastará reconhecê-las.
Como sempre, estaremos atentos, acompanhando os trabalhos de datilografia que seguem em ritmo bem conveniente para nós.
Fique, agora, com suas tarefas habituais e saiba que sempre poderá contar conosco.
Paz e felicidade!
Homero.
II
Amigo, não há como deixar de manifestarmo-nos a respeito de seu trabalho, uma vez que deste estímulo depende muitas vezes do desenvolvimento dele.
Do modo por que está indo, está perfeito. Exigir mais seria injusto com relação à sua boa vontade. Continue a datilografar como vem fazendo, após refletir a respeito do texto, alterando o que evidentemente lhe parecer impróprio para o desenvolvimento do tema. Estamos ao seu lado orientando-o, o que, muitas vezes, retarda um pouco o início da transcrição.
Não se afobe, não pretenda maiores incrementos, mas esteja atento daqui para frente que nem todos os textos estarão em condições de ser divulgados, pobres tarefas escolares que muitos são. Seu discernimento bastará para categorizar as mensagens, elegendo aquelas que possam oferecer ao público algum ganho de ordem moral e espiritual. Se achar o texto muito pobre, deixe-o de lado, pois assim avançará em ritmo mais acelerado; no entanto, vigie bem a decisão, dado que, sob palavras humildes, podem esconder-se pensamentos de poderosa luz.
Sendo assim, com as devidas precauções, após consulta obrigatória aos guias daquele horário, coopere conosco e dê o acabamento necessário, sem deixar passar qualquer idéia ou trecho que possam vir a ser motivo de desprestígio para os cânones doutrinários. Caso o texto exija explicações, forneça-as, anotando os tópicos que não condisserem com a doutrina e remetendo o leitor à causa de ter sido mantido, registrado ou consignado.
Haverá possibilidade de novas revisões, mas não se fie em que mais alguém irá atrever-se a tanto; por isso, realize o serviço como se estivesse pronto para o prelo. Vá devagar, pausadamente, texto a texto, e não se preocupe se, um dia ou outro, o rendimento diminuir: o importante é manter acesa a chama da esperança e alçada a bandeira da fé.
Irmãos de Fé.
III
Resolvemos apoiar-nos nos aspectos narrativos para a escritura desta data (“A Costureirinha”). Sabemos que são poucos os nossos recursos melodramáticos, mas não aspirávamos comover o leitor, tão-só obrigá-lo a refletir a respeito da literatura, “lato sensu”, incluindo até a realidade manipulada pelos meios de comunicação.
Solicitamos ao escrevente que burile o ensaio, dando-lhe cunho mais literário, sem adulterar-lhe a simplicidade e sem imiscuir no contexto verborragia extraída dos compêndios prolixos do maneirismo anacrônico dos seiscentistas . Eis, na frase anterior, o modelo do que não nos serve. Tendo entendido o objetivo, é transportar a solicitação para os demais textos que tão diligentemente você está a preparar e a datilografar.
Estamos à vontade para o elogio, porque estamos percebendo que não há pressa e que há interesse profundo em compreender-se previamente para depois dar acabamento. Por essa dedicação, ficamos-lhe profundamente gratos e reafirmamos a nossa presença durante todo o trabalho.
Não se apoquente se houver titubeios, hesitações e demoras: é natural que assim seja, pois é extremamente complexa a tarefa de recriar o ambiente espiritual em que se deu a manifestação mediúnica. Às vezes, pode parecer que o texto não apresente fluência, que as palavras não se ajustem perfeitamente às idéias que pretendem expressar, que a frase esteja destoante, incompleta, terrivelmente imperfeita. Isto não deve preocupar, pois, se existem problemas, devem ser mantidos para dar ao leitor inteiro conhecimento do estado de adiantamento do espírito comunicante. Essa a preocupação maior dos guias, daqueles a quem está afeta a supervisão dos trabalhos.
Para o revisor pensamos ter trazido maior sossego e bem menor canseira. Prossiga, portanto, como vem fazendo, substituindo, acrescentando ou suprimindo, conforme lhe parecer conveniente para preservar o real sentido e valor da mensagem.
Queira, agora, repousar a pena e regressar ao seu trabalho mais dificultoso, na certeza de que, se apanhar o ditado é a tarefa mais importante, a sua divulgação merece ser considerada extraordinariamente meritória.
Fique com Deus, irmão, e receba abraço fraterno de toda a equipe.
Aquele que guiou sua pena lhe envia recomendações muito especiais.
Lúcio.
IV
Nem precisaria escrever. O que temos para informar é que os trabalhos decorrem na mais harmoniosa ordem e os vários aspectos dele são comentados por via intuitiva, de modo que você tem conhecimento de tudo o que se passa.
Quando ao grupo “Irmãos de Fé”, está elaborando dissertações curtas à vista da obrigatoriedade temática e segundo o encaminhamento metodológico dos preceptores. Fazem-no com o máximo de boa vontade, procurando imprimir aos textos o cunho de suas personalidades. Se, às vezes, lhe parece que estão destoando das mensagens anteriores é porque têm feito o devido rodízio para que todos tenham oportunidade de se apresentar ao trabalho psicográfico.
Como vê, não há novidades. Tudo decorre segundo o programado.
Continue indo com calma, como vem fazendo, e não desperte a curiosidade para mais além da própria visão dos textos a serem datilografados. Assim que se encerrar o ciclo de mensagens que compõem o presente livro, você receberá instruções explícitas a respeito do trabalho seguinte.
Fique com Deus, irmão, e não espere mudanças de plano.
Hermínio.
|
