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Cordel-->Sofrimento de atleticano -- 25/09/2003 - 09:10 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Clic"ali, oh:===>>>Nem gueixa, nem queixa











Se você não acessar
a freqüência consciente
da presença, vai penar,
de maneira bem freqüente,

com seus relacionamentos;
os íntimos, sobretudo,
vão dar desapontamentos,
e você vai ficar mudo.

Por tempos, eles parecem
tranquilos, e que vão bem,
que todos já se merecem,
tudo de bom é que vem.

Mas, invariavelmente,
tal perfeição de fachada
dá, de modo evidente,
numa grande enrascada:

conflitos e discussões,
atos até violentos,
grandes insatisfações,
tempos de ódios sedentos.

Parece ser natural.
As relações de amor,
transformam-se, em geral,
em amor, ódio e dor.

Amor pode se tornar
em agressões furiosas,
num querer hostilizar,
em conseqüências danosas.

A afeição se retrai,
por meses, e até anos,
ficam mais num vem-e-vai
amor, ódio, desenganos.

Prazer e dor se revezam,
como se fosse um vício,
e os casais até rezam,
tudo se mantém fictício.

E esse tipo de drama
nos anima a viver,
mas uma hora derrama,
ou da caixa vai romper

mais ódio que amor belo,
desse pêndulo pesado.
O que era paralelo
fica, então, separado.

Se o ciclo negativo
pudesse ser destruído,
ficava o positivo,
e tudo bem resolvido.

Mas isso não acontece,
pois a balança precisa
de tudo que apetece;
ela equilíbrio visa.

Há a mútua relação
entre as polaridades,
quase que uma fusão
das duas realidades.

Não podemos uma ter,
sem que a outra exista.
Cada uma vai trazer
da outra a sua pista.

Trato, aqui, do amor
romântico, do que doa
e que sofre muita dor
pra ficar bem, numa "boa".

Pois o amor verdadeiro
não vem com polaridade;
d"além da mente, inteiro,
ele traz serenidade,

um estado permanente,
raro de se encontrar,
pra alguém consciente,
que o queira a sobrar.

Mas há os breves lampejos,
ilusórios, do amor,
em milhares de ensejos
na mente, ao seu dispor.

Ocorrendo uma chance,
um espaço que a mente,
fluindo, lhe dá alcance,
para ficar bem presente.

Pena que o negativo
vão do relacionamento
seja mais claro e vivo,
pra seu reconhecimento.

É dado como defeito,
como coisa anormal.
E, na busca do direito,
o Outro é quem faz mal.

A fonte do negativo
é sempre o seu parceiro.
A forma do recidivo
vem do modo mais treteiro.

Treta como possessivo,
outra ora é ciúme,
um controle mais ativo,
outra hora vai ao cume

a raiva, ou a vingança,
o ressentimento bravo,
a emocional cobrança,
um dos dois é o escravo.

E sai até bofetão
ou violência maior.
Um quer ter sempre razão,
o Outro sabe, de cor,

julga, culpa e irrita,
e, inconscientemente,
do passado vem a fita
de quando era "sofrente";

não podendo se vingar
de um dos progenitores,
resta-lhe aproveitar
da hora dos maus humores.

Pelo lado positivo,
um está "apaixonado"
e sentindo-se mais vivo
com o parceiro ao lado.

É muito gratificante
a gente ficar assim.
Sentir-me um ajudante
de quem precisa de mim,

e de quem bem me deseja,
faz-me sentir especial;
e isso até enseja
no Outro sentir igual.

Tão intenso isso fica
que nada mais interessa,
não há nenhuma futrica,
o mundo não nos estressa.

Você deve perceber
que há uma dependência
nesse intenso viver;
peço-lhe maior tenência.

Tornamo-nos viciados,
a outra pessoa faz
sobre nós, pobres coitados,
o que droga é capaz.

Estando bem disponível,
a droga nos faz sentir
bem acima de um nível
que queremos atingir.

Mas a possibilidade,
ainda que bem remota,
numa casualidade,
dela faltar, que má nota...

Você, então, raciocina:
se ela não estiver
mais ali, essa vacina,
nem mais uma vez sequer...

Isso pode nos levar
a vis manipulações,
ao querer hostilizar,
à culpa, acusações,

a um ciúme constante,
chantagem emocional,
ao desgosto irritante,
e ao crime passional.

A ternura amorosa,
em segundos, dá lugar
à agressão rancorosa,
é só o que vai sobrar.

Onde está o amor
agora? Existirá
uma viragem, Senhor,
amor em ódio se dá?

Era amor ou um vício?
Ou seria dependência?
Quê se deu no interstício?
Por quê tanta violência?

O desejo de se ter
a relação amorosa
uma crença faz valer:
pessoa esperançosa

usa a sua paixão,
o "amor", pra se livrar
do medo, da precisão
e do se esvaziar,

que compõem a estrutura
d"uma condição humana
em que peca criatura,
já sem iluminação.

Nunca seremos inteiros,
de corpo somos metade;
ou nós somos cavalheiros
ou mulheres, de verdade.

Desejamos ser completos,
retornar à unidade.
Pra isso, ficamos eretos;
elas, com ansiedade.

Através da atração,
entre homem e mulher,
ocorre a união,
completude que se quer

pela sexualidade,
a maior satisfação
que os corpos, na verdade,
têm, de ocasião.

Abençoado instante,
a união sexual
é por demais relevante,
mas é muito pontual.

Para um inconsciente,
ela é a salvação,
o fim do dual pendente
no nível da formação.

Lampejo do paraíso,
ela não nos permite ficar,
e logo se faz juízo
de separados estar.

Em psicológico nível,
a incompletude vem
a ser sentida horrível,
mais que no do corpo tem.

Quem só se identifica
com a mente, vê somente
o que fora se explica
por seu eu, internamente.

Ou seja, você extrai
o seu sentido de ser
do que você já abstrai,
do que lhe acontecer,

do seu papel social,
da sua propriedade,
seu retoque facial,
sua notoriedade,

seus fracassos e sucessos,
os seus sistemas de crenças,
os variados acessos
garantidos por avenças.

Esse falso eu interno,
ego feito pela mente,
saco sem fundo, eterno,
é fraco, como doente,

sempre busca um remédio,
coisas novas possuir,
que possam sofrer assédio,
que provem o seu existir.

Mas nada é o bastante
pra sua satisfação.
Fica sempre em constante
medo, falta, precisão.



Surge, então, o remédio
que lhe parece curar,
a alguém faz um assédio,
pra novo relacionar.

Parece ser a resposta
pros problemas do seu ego,
preenche tudo que gosta,
é caminho pra um cego.

Tudo o mais vale nada
pra dar completo sentido
ao ego, só a amada
pessoa, o comprimido.

Ela é ponto focal
que substitui os demais,
dá sentido natural
aos picos emocionais.

Mesmo assim, continua
o seu depender de fora,
de alguém, da paixão sua;
mas não importa agora.

Importa mais é saber
que medo, falta, vazio,
insatisfação de ser,
já não dão mais nenhum pio.

Ou será que permanecem?
Será que só hibernaram,
e que só se emudecem,
enquanto algo preparam?

Se das suas relações
ódio e "amor" feriram
sempre, como condições,
é certo que lhe confundiram

apego e dependência,
apego do falso ego,
dependência com amor,
o que sempre arrenego.

Não se pode ter amor
em um momento qualquer,
e, depois, ser agressor
da pessoa que se quer.

O verdadeiro amor
nunca tem opositores,
se há um opositor,
existem outros fatores,

como a necessidade
do ego de um sentido
obter, com profundidade
mais completo, definido,

do seu eu interior,
que sua cara metade,
por uns tempos, faz favor.
É uma modalidade

que o ego encontrou
pra colocar no lugar
de tudo que enfrentou,
e que parece salvar.

Chega, então, o momento
em que o outro detona,
muda de comportamento,
já não lhe dá mais carona,

e deixa de preencher
necessidades do ego.
Volta a aparecer
o que estava no prego,

o medo, o sofrimento,
a falta, as sensações
que o "relacionamento
amoroso", as paixões,

mantinha bem encobertas.
Como ocorre num vício
qualquer, enquanto a droga
mantém o nível fictício,
o romance se prorroga,

mas, se volta a maranha,
nós a sentimos mais forte,
o outro é que apanha,
por ter causado tal sorte.

O outro, por sua vez,
contra-ataca, ao ponto.
O ego, sem lucidez,
espera um desaponto

pra voltar a encobrir
o seu velho sofrimento.
O negócio é fugir,
pelo vício, do nojento...

Todo vício aparece
por falta de consciência,
a pessoa desconhece
sua própria resistência

de não topar, bem de frente,
com seus próprios sofrimentos.
É recusa inconsciente
de encarar maus momentos.

Todo vício inicia
no sofrimento e finda
nele. Quem o policia,
tem consciência bem-vinda.

Seja o vício que for,
drogas legais, ilegais,
bebidas, ou um "amor",
ou comidas, são banais

meios para escondermos
nossos velhos sofrimentos.
Portanto, é bom atermos,
nossos relacionamentos

apenas trazem à tona
o que internalizado
em nós, qual velha "bombona",
estava acobertado,

nossos próprios sofrimentos,
nossa infelicidade,
nossos piores momentos,
na falsa identidade.

Todo vício assim obra,
até que não mais dá conta.
Então, sofrimento sobra,
redobra e em nós monta.

Essa é uma razão
pela qual muitos adiam
sua própria salvação;
é no futuro que fiam.

Quando põem atenção
no momento do Agora,
oh, que grossa decepção,
tem gente que até chora,

pois, os que vêm em primeiro
lugar são os sofrimentos,
do maior ao mais rasteiro,
que pedem enfrentamentos.

E isso traz o temor.
Se soubessem, pelo menos,
que qualquer um sofredor
tem momentos mais amenos,

quando fácil acessa
o Agora, o poder
da presença, que cessa,
dissolve o seu sofrer,

e os males do passado,
veriam que do real
mais próximo ficariam,
da Verdade Fundamental,
então, eles provariam.

Enfrentar os sofrimentos,
com momentos de presença,
dispensa confinamentos
que a solidão incensa.

Ponha presença intensa
em sua vã solidão,
é isso que mais compensa
males do tempo vilão.

Carregue no seu presente
Cruzeiro no coração,
sinta-se convalescente
pra poder ser campeão.

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