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Ensaios-->17. HOJE NÃO HÁ MENSAGEM -- 18/11/2003 - 06:45 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Que diria o amigo médium se, dia após dia, ao tentar receber mensagem do etéreo, somente recebesse a frase que encima o texto: 'Hoje não há mensagem. Hoje não há mensagem.'? Certamente, se fosse espírito voltado para o inconformismo natural dos encarnados, iria revoltar-se contra os amigos da espiritualidade pelo menosprezo à sua atitude de desapego e de atenção. Entretanto, se tiver obtido certo grau de confiabilidade naqueles que costumeiramente o assistem nos momentos de desprendimento espiritual, nada teria para reclamar, esperando serenamente que chegasse a hora de voltar à atividade.

Desconfiou o escrevente que estivéssemos dirigindo-nos diretamente a ele, por ter ficado sem manter contacto mediúnico durante vários anos, após ter-se correspondido com o etéreo, de modo intenso, durante alguns meses. Certamente, o aviso poderá ser ilustrado pelo que lhe aconteceu, tendo em vista que a mediunidade lhe voltou a florir, restabelecendo-se seus vínculos com o plano da espiritualidade, como se nenhuma interrupção houvesse ocorrido.

Mas nossas palavras se estendem para mais além: para todos os médiuns conscientes ou inconscientes, psicofônicos, escreventes, sonambúlicos e videntes, aos que trabalham insuladamente ou em grupos de socorro espiritual, aos que disciplinadamente se organizam pelos princípios kardecistas, como ainda aos que, na umbanda ou na quimbanda, buscam o amparo, o auxílio, a orientação, a recomendação dos irmãos desencarnados. É que é preciso confiar plenamente em que os princípios dos contactos são regidos por leis imutáveis, que tanto afetam os encarnados quanto os espíritos. Se as manifestações cessam, quer o fato significar, por certo, que está o médium passando por prova necessária. É o importante momento em que se vê sozinho diante do “fatum”, das contingências da realidade, devendo aplicar os ensinamentos hauridos, com o fim de fazer jus ao progresso de que necessitava, para galgar algum degrau em falta para atingir o ponto ideal projetado para a encarnação.

Em nosso caso específico, ao escrever “Hoje não há mensagem”, temeu o escrevente que devesse passar por mais um período de abstenção. Imediatamente, refletiu a respeito e, pelo influxo das idéias iniciais do texto, readquiriu o entusiasmo e pôde principiar a escrever seguro de si e prevenido quanto a possível desenvolvimento a partir daquele insólito título. Não imaginou corretamente para onde iriam tender os pensamentos, tendo-se até surpreendido com o fato de mencionarmos o seu caso pessoal, mas, apesar de tudo, dispôs-se a prosseguir na escrita, tendo chegado até este ponto por depositar nos comunicantes total e irrestrita confiança.

Ah! Se todos pudessem demonstrar o mesmo descortino mediúnico! Quanto de bom poderiam usufruir diante dos pensamentos de puro amor e de sublime sabedoria que lhes perpassariam pela mente e se infiltrariam nos corações! Que maravilhosa ventura poder fender de alto a baixo a poderosa muralha das viciações e dos crimes!

O texto adquiriu tonalidade estruturada sobre sensibilidade à flor da pele, pelo tom da voz, pela vibração do coração, pela participação do amigo escrevente, pelo desenvolvimento do tema envolto nas perspectivas mais lúcidas da benignidade de Deus. Mas o roteiro era frio e determinado. O intuito era elaborar mensagem que visasse somente o intelecto.

Por que, então, nos deixamos empolgar, embalando-nos pela fugacidade de enlevos momentâneos não condizentes com o real objetivo da transmissão? É porque assim havíamos previsto. Sabíamos que iríamos escrever frases candentes para demover o leitor da inércia moral, da estagnação espiritual em que possa encontrar-se. Mas estamos revelando o intuito para não sermos acoimados de sorrateiros, de perfeccionistas na atitude de enredamento e de sublimação das reais necessidades que temos de progredir, uma vez que, elaborado o texto e transmitido, nos desvencilharíamos do compromisso, lavando-nos as mãos pelo destino do leitor em apuros.

Nada disso. Da mesma forma que utilizamos o conhecimento de situação anterior em que se viu o medianeiro, assim também estamos cientes de nossos compromissos com a vida, com a existência e, por isso, prontificamo-nos não só a esclarecer através de mensagem friamente preparada, mas também a partilhar da emancipação espiritual de leitor, afirmando-lhe, peremptória e honestamente, o intuito de estarmos presentes sempre que nos forem solicitados ajuda, amparo, apoio, auxílio de caráter moral ou específico da realidade mundana.

Se é bem verdade que estamos impedidos de resolver diretamente os problemas concernentes tão-só aos encarnados (não seria admissível, por exemplo, que, diante de ponte ruída, colocássemos placas de avisos), também é verdadeira nossa participação através da imantação e transmissão intuitiva de idéias, de pensamentos que possam gerar atitudes de prevenção ou propósitos de superação das falhas existentes no campo espiritual (diante da queda da ponte, os transeuntes serão alertados para o fato, através de apreensão a lhes ser despertada por meio mediúnico, de sorte a pô-los de sobreaviso para a possibilidade de acidentes).

Nesse sentido, é preciso não esquecer, os espíritos das trevas agem diuturnamente. Então, por que não admitir a presença dos anjos da guarda, dos guias e protetores?!

Eis que se revela o intuito mais íntimo: hoje não há mensagem porque é dia de decisão, é dia de se firmar a convicção de que a presença espiritual é constante e flui naturalmente dos planos etéreos para os carnais, sem cessar. O que é preciso é sintonizar o receptor nas ondas de freqüência em que são transmitidas as orientações benéficas, para que a vida do encarnado não se desvirtue, e isso depende somente dele. Assim, se você estiver habituado a contatar o plano espiritual e receber o aviso: “Hoje não há mensagem”, esteja certo de que essa é a mensagem e fique atento para o cumprimento de seus objetivos de vida.

Remédio eficaz para suplantar eventuais crises psíquicas diante das incertezas que lhe invadirão a mente, a prece servirá para desanuviar a pressão íntima e abrirá os canais de comunicação para entendimento superior do desiderato do plano espiritual, de modo a facilitar a compreensão do afastamento e a manutenção da fé nos compromissos que diuturnamente são reiterados de assistência e acompanhamento.

Portanto, irmãos, hoje não há mensagem.

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