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Ensaios-->15. “EMPEPINOU” O AMBIENTE -- 16/11/2003 - 06:25 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

À sorrelfa, penetraram na penumbra da mente encarnada e buscaram escafeder-se tão logo perceberam que tinham deixado implantada ali a semente da discórdia, da incompreensão. E só o fizeram porque obtiveram da infeliz criatura permissão para isso. Claro está que a anuência foi dada sem prévio aviso do que iria ocorrer em seguida. Deu-se porque não havia guardiães à porta, de sorte que o fato se fez com extrema naturalidade.

Desde há muito, os encarnados não colocam vigias diante das entradas. Ao contrário, às vezes até que postam ali serviçais atentos, mas para impedirem a entrada de pessoas de boa índole, de evangelizadores persistentes e percucientes, enfim, de quem esteja apto a invectivar os maus hábitos da casa.

“Empepinou” o ambiente. Os acontecimentos precipitaram-se quando houve o encontro e o desencontro das vontades. O marido foi para um lado; a esposa, para outro. Os filhos largaram-se nas mãos de parentes de boa vontade, mas sem ânimo ou recursos para lhes darem saudável assistência. E o lar se desfez definitivamente. Definitivamente? Para os padrões de tempo e de existência dos encarnados, sim; mas para os espíritos envolvidos nos fatos, absolutamente não.

Mais tarde, desvencilhados dos liames carnais, encontrar-se-ão de novo, sem desencontro, e terão de combinar nova aventura na crosta, mais sobrecarregada de deveres e menos facilitada quanto aos prazeres, mais responsável e menos satisfatória no que concerne aos enlevos materiais.

Quantos são os ambientes “empepinados”! (Perdoe-nos a expressão, mas achamos que bem interpreta o fato real do ponto de vista moral e espiritual.) Quantos lares se desfazem e precisam ser reatados em condições bem mais adversas! Quantos amigos se perdem pelo descuido na vigilância e quantas amizades precisam ser refeitas para dar prosseguimento à caminhada rumo à luz!

Sabemos que, “em briga de marido e mulher, não se deve meter a colher”. A expressão é sábia, pois, nem se quiséssemos, não poderíamos fazê-lo, dado que a pacificação e religação dos casais só eles mesmos é que podem realizar. O máximo que podemos é indicar os percalços cármicos que terão pela frente, se desfizerem os compromissos assumidos diante um do outro, diante do ambiente familiar e perante Deus.

Há crimes e há culpas que se resgatam em conjunto, pois praticados foram em conluio. Quanto mais possa parecer inconsistente o equilíbrio familiar, com mais razão se deve desconfiar de causas cármicas para tal efeito.

Cuide, caro amigo, de se reconciliar com seu amigo, com sua amiga, antes que se transformem em verdadeiros inimigos. Jesus, em santa peroração, recomendava-nos essa união fraternal na Terra, antes que partíssemos para a aventura sideral seguinte. Por que o faria tão candentemente? Teria alguma razão especial para tal advertência ou pretendia tão-só manter a paz nos lares em atrito? Certamente, o Mestre não estava preocupado com picuinhas, mas com a configuração da necessidade de se cumprir a maior das leis: a da causa e efeito, bem como o maior mandamento: o amor ao Pai, para o qual concorre o segundo, condição do primeiro, o amor ao próximo; e o próximo é todo filho nascido de mulher.

Eis o princípio evangélico, eis a palavra de Jesus, eis o ensinamento bíblico, eis a advertência missionária do plano espiritual. Não lance contra tudo isso o lamentável desafio de sua livre condição material. Se você é livre para optar, faça-o com sabedoria, com descortino, com visão da verdade e da justiça, atuando positivamente sobre a realidade.

“Empepinou” o ambiente? Analise seriamente a lista de convidados. Veja se não existem penetras indesejáveis. Examine até mesmo aqueles cujo acesso você permitiu. Não exclua ninguém, pois pode estar ocorrendo que haja interesses subalternos seus, para aceitar a participação de determinado tipo de vibrações importunas.

Às vezes, nós mesmos, inadvertidamente, desconsideramos a necessidade de pautar as atitudes, segundo a coerência evangélica que aceitamos como norma essencial de conduta. É um desleixo aqui, uma imprecisão acolá, e a permissividade vai instalando costumes desregrados que, de repente, sem aviso, redundam em “empepinação” do ambiente.

Aceitemos as advertências que recebermos com bom humor, se essa for a forma mais feliz de encará-las, mas não deixemos de efetuar sério exame de consciência diante das desavenças familiares ou de qualquer outra espécie. Façamos por vasculhar as razões ocultas de todas as atitudes. Se preciso for, recorramos ao auxílio especializado de médicos, psicanalistas, psicólogos, gurus e guias espirituais, mas não abramos mão jamais da compreensão evangélica dos fatos, para termos a nos guiar a luz emanada da espiritualidade superior. Desconfiemos, se for o caso, até das intuições, mas não neguemos jamais o devido valor a tudo que se fundamente nas virtudes excelsas dos ensinos de Jesus: o amor, o desprendimento, o espírito de lealdade e de justiça, o favorecimento do próximo, o perdão às ofensas, enfim, a realização superior do ideal maior de só fazer aos outros o que almejamos que nos façam. Eis a regra áurea, divina.

Se, um dia, nos sentirmos cansados, desiludidos, desfavorecidos pela sorte mundana, se nos surpreendemos destituídos de esperança, esquecidos, abatidos, desfigurados, deprimidos, faltos de amor, longe da caridade e do calor dos homens, saibamos orar e reconhecer, na desdita, a prova mais crucial a ser vencida para que se cumpra o destino. Pode parecer que o ambiente se tenha empepinado, mas a fé na Sublime Criatura e o espírito de integral confiança no Senhor devem amparar-nos na angustiosa circunstância.

Vencida essa etapa de dor e sofrimento, ressurgiremos no etéreo aptos a merecer de novo a assistência e a consideração dos amigos que lá deixamos e cultivamos. Despojados dos temores, alijados das faltas, remidos dos crimes, obteremos o galardão do reconhecimento espiritual e estaremos em condições de prosseguir viagem rumo à perfeição.

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