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Ensaios-->7. UM COPO D ÁGUA -- 08/11/2003 - 10:03 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Que pode significar pequeno copo d água, quando temos diante de nós o oceano? Às vezes, tendo vagado por sobre as ondas, náufragos, famintos e sedentos, ao chegar à praia, o que poderá significar para nós pequenino copo d água? A salvação!

Assim devem ser encaradas, caro amigo, as pequeninas mensagens que muitas vezes chegam à sua pena, nos momentos de concentração mediúnica. Muitos se perdem nos emaranhados dos conceitos filosóficos espiríticos mais profundos. Vagam à solta sem porto seguro em que atracar. Desencadeiam lutas imensas nos escaninhos conscienciais. Quase se afogam na sublimidade dos princípios, até que certa palavrinha bem simples, dita à toa, repercute profundamente na alma em conflito, acendendo como estopim insignificante poderosa luminosidade interior. Faz-se a luz.

Nunca despreze, pois, caro amigo, o seu trabalho, por mais modesto possa ser. Quando mais não seja, pode representar o copo d água salvador para o irmãozinho que necessita da comprovação da circunstância em que se debate, de sorte que pode significar para o mensageiro do espaço etéreo a tábua em que se apegar, para manter-se esperançoso de vir a ser salvo.

Não será este, certamente, o nosso caso e, esperamos, nem o seu, pois, se a nós nos faltam os méritos para fornecer as pistas salvadoras, a você não lhe falhará o espírito crítico, para perceber que o trabalho mediúnico deve ser respeitado ao nível de dádiva de Deus que realmente é. Por isso é que nos atrevemos a endereçar estas palavras ao papel, para que sejam mais um lembrete do serviço de divulgação da doutrina espírita. Ousadamente, temos a coragem de sugerir que os esforços dos que detêm a fé no coração se concentrem em lembrar, aos irmãos nas trevas da ignorância dos fatos espiríticos, sua condição de criaturas de Deus. Mas não se faça isso diretamente, como quem percebe o irmão sedento e lhe oferece vários baldes cheios d água. Poderá ele até não perceber o valor do gesto amigo. Ofereça-se-lhe pequeno copo d água, modesta mas significativamente. Se a sede persistir, que lhe seja ofertado um pouco mais, mas quantidade suficiente, para que não tenha a tentação de botar fora o que lhe parecer excessivo.

Se o irmão necessitado tiver tido alguma noção da doutrina, é hora de convidá-lo a ler as obras mais importantes e de sondá-lo para comparecimento a centro de assistência espiritual, sem forçar, contudo, qualquer decisão precípite. A naturalidade do oferecimento deve corresponder à simplicidade da resposta, seja sim, seja não. Devemos estar convictos de que, na hora oportuna, a resposta será positiva.

Quando o irmão, em dor, se separou do rebanho, tendo contribuído muito para o desenvolvimento das atividades do grupo de que participava, é de obrigação ir a sua procura, para tentar recambiá-lo às lides da assistência. A estes não serão suficientes indicações bibliográficas nem convites cavalheirescos, mas talvez aquele pequenino copo d água possa vir a ser a salvação. Palavra amiga, carinhosa, confortadora, somada a interesse leal, fraterno, certamente, abrirão a mente e o coração ao dissidente e trarão de volta ao redil a ovelha desgarrada. Neste caso, o regresso ao trabalho deverá ser festejado na forma pela qual se recebeu o filho pródigo, na parábola de Jesus.

Há, portanto, inúmeros meios de se efetuar a captação dos que passam ao largo da verdadeira vida, daquela que vale a pena ser vivida. Não menosprezemos nenhum deles e façamos por empenhar-nos por conquistar mais e mais pessoas para as lides evangélicas. Se preciso for, oremos para que nosso esmorecimento e nossa indecisão não nos prejudiquem na hora do serviço, mas jamais duvidemos de que seja sagrado o dever de aproximarmo-nos de nosso semelhante, para cativá-lo no sentido de perfilhar conosco os ideais superiores. Saibamos sufocar os ímpetos, os impulsos de rápido sucesso, os quais só evidenciam sofreguidão e desassossego interiores. Acalmemos o desejo de conseguir ganhar para a doutrina a compreensão dos que se dispersaram pelos mares dos vícios, da imoralidade, da sordidez. Aceitemos a tarefa com os sacrifícios que representa, mas não deixemos jamais de investir nela todo o nosso capital de boa vontade, de paciência, de esclarecida benemerência moral e espiritual. Certamente, receberemos esse capital acrescido dos juros da alegria do dever cumprido.

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