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Ensaios-->43. O ADVENTO DO REINO DE DEUS -- 26/10/2003 - 09:22 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Para o homem encarnado, este título deve significar muito pouco, pois espera-se que o Paraíso tenha condições de infinito bem-estar, de total felicidade, de esquecimento completo de todas as vicissitudes, enquanto a perambulação do homem pela crosta significa justamente o oposto, ou seja, além da transitoriedade de todos os bens, ainda existe o peso das dores e sofrimentos a tumultuar os momentos de êxtase e de felicidade.

A só lembrança das condições adversas em que vivem muitos de nossos semelhantes é fator a impedir que se possa reconhecer na Terra qualquer vislumbre de realização, aqui e agora, das promessas da eterna felicidade. Entretanto, sabemos ser possível conseguirem-se estágios de angelitude ainda durante a vida. Basta que os indivíduos se compenetrem dos atributos divinos, quer dizer, de sua misericórdia infinita, de sua justiça integral, de seu amor universal. Só o fato de se criar confiança nesses atributos já deveria estimular a mente humana a considerar que todas as criaturas têm o amparo da Divina Luz, o que deveria encaminhar a meditação para o fato de que, se não agora, um dia, todos estaremos reunidos com o Senhor no Paraíso. Esse ideal de grandeza espiritual deveria fornecer os ingredientes necessários para confirmação de que nós todos estamos a caminho e, portanto, deveria subsidiar a alegria de viver, mesmo com a perspectiva da transitoriedade, da dor e do sofrimento. Estaríamos, assim, antecipando um pouquinho a ascensão ao Mundo Maior, mesmo que por instantes ínfimos de plena lucidez.

Perguntar-se-á:

— Quando estivermos junto ao Senhor, no Paraíso Celeste, não continuará a haver pessoas em sofrimento, não existirá ainda a dor, a angústia, o mal, enfim? Como poderemos ficar alheios a essas desditas que hoje nos assoberbam de preocupações?

A resposta é simples, embora a aplicação dela infinitamente complexa:

— Ao lado do Senhor, não há mal. Os seres perfeitos não se deixam trespassar por momentâneos aspectos assumidos pela energia em suas transmutações passageiras. A perfeição goza da imutabilidade da eternidade. Chegar a ela é que exige tresmalhações constantes na direção de estados de plenitude espiritual cada vez mais sublimados dos princípios que regem a existência, segundo as mais variegadas essências da criação. Criador e criaturas se corporificarão em um só Ser Supremo.

A compreensão das assertivas que se contêm na resposta acima não nos é dada ainda, pobres seres imperfeitos que somos. O conhecimento do fato não significa necessariamente que sejamos capazes de dominá-lo. Se a pessoa é capaz de observar o vôo das abelhas, por exemplo, não quer dizer que seja capaz de igualmente se pôr a voar. Saber que existe “vida” após a morte, não autoriza a ninguém a demonstração através de experimentações empíricas. Assim como obtemos muitos conhecimentos através da leitura de textos elucidativos, do mesmo modo temos de nos conformar com a idéia do reino de Deus, sem que, por isso, devamos aceitá-la dogmaticamente. É preciso aplicar a inteligência no sentido de observar os fatores lógicos desse pensamento sublime. Os dados científicos, tão necessários para a prova material das descobertas humanas, não são possíveis de obter quando se trata de pesquisar a espiritualidade, menos ainda quando filosoficamente considerada. É preciso, pois, contentar-se com o que se conseguir obter da potencialidade mental e espiritual de cada um.

Sendo assim, aplaudimos todo aquele que chegar a momentos de completo êxtase em qualquer fase da existência, corpórea ou não, porque demonstra que possui impressas na consciência as virtudes maiores da fé, da esperança, do amor em Deus e que já trabalhou em benefício do irmão imerso na dor e na ignorância, sacrificialmente, pois só a mais irrestrita confiança na justiça de Deus e a menos irrequieta aflição pelo próximo é que podem demonstrar que o ser humano se aproxima dos círculos da angelitude.

Oremos, irmãos, agora e sempre, em favor da compreensão do humano devir para obter a sabedoria que nos conduzirá à fé maior no Criador, em sua infinita misericórdia, em sua integral justiça, em seu universal amor. Um dia, de repente, adentraremos o reino de Deus.

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