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Poesias-->Noturno -- 27/01/2003 - 17:35 (José Mattos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Folhas outonais alçam derradeiro vôo

embaladas pelo ritmo do último suspiro,

o bafejo de outono acaricia-me ao rosto

em mórbido sobejo.



um súbito desapego invade-me alma

a inércia incita-me devaneios,

meus ouvidos vêem longínquos

agouros soturnos.



o desvario funde-me a alma aos lampejos

o torpor aos poucos me dilacera, pasma!

os sentidos aos poucos me abandonam

pérfidos, vagabundos.



sou agora o que tudo vê,o que tudo sente

sou um todo: nem pés, nem cabeça,

sou único, ouço com os pés e vejo

a tudo com todas as células.



sou em todo vida e sentido:

sou a chuva que viaja ferindo o

ventre sobre a terra.



o raio inflamado que cai,

reluzindo a floresta escura

sou a própria floresta que me

aplaco as chamas em meus braços.



sou aquele boi que berra.;

temendo em mim mesmo meu sacrifício,

escondo-me de min.



sou a noite lasciva que seduz meu caminhar,

e, caminhando em círculos

perco-me em mim mesmo.



desejo com ambição o céu.;

vivo ardentemente à terra!

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