O Millor, conhecido jornalista e ótimo humorista, nos deu uma boa idéia: Que nas eleições tivéssemos dois votos: um a favor e outro contra. Um, escolhendo o candidato de nossa intenção e outro voto, o voto contra, naquele candidato que não queremos de jeito nenhum que seja eleito. Segundo Millor, o “impulso contra o que não queremos de jeito nenhum é mais forte do que o a favor daquilo que queremos. E o número dos que não queremos de jeito nenhum, dos que odiamos – para usar essa expressão doentia - , é menor do que o dos que podemos aceitar.” Assim, determinados candidatos ainda ficariam devendo votos. Mas o melhor mesmo, na minha opinião, não seria somar os votos contra ,com os votos a favor. Bastaria, apenas, adotar o voto contra. O voto rejeição. Os dois menos votados passariam para um novo turno. Aí votaríamos novamente, desta vez a favor de um desses remanescentes. Quem tivesse o maior número de votos, seria eleito o menos ruim de todos. Pelo menos conseguiríamos atrapalhar um pouco as pesquisas eleitorais. Quem sabe não daria certo?
Domingos Oliveira Medeiros 21 de fevereiro de 2002
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