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Ensaios-->32. MINUTO DE PAIXÃO -- 15/10/2003 - 06:16 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Há pessoas que se rebelam contra a “sorte”. Esperam conseguir da vida todos os benefícios disponíveis, mas, por razões adversas, as pretensões são bloqueadas os desejos ficam sem efeito. Lançam-se, então, contra o “destino” e acusam a todos, principalmente as forças ocultas, de estarem em conluio contra si. Muitos chegam até a vociferar contra o Criador por tê-los criado e arremessado na “vala comum” dos mortais. Evidentemente, o que queriam era algo muito especial, de forma que ficassem destacados das demais criaturas, em relevo permanente, usufruindo só, sem terem de pagar pelas regalias almejadas. Mas a verdade é sempre muito outra. Quando as pessoas se encarnam, vêm trazendo consigo compromissos muito sérios, quer nas missões a cumprir, quer no resgate de pregressas dívidas, contraídas, muitas vezes, pelas mesmas razões que agora lhes causam os distúrbios existenciais.

É ilusório pensar-se em que as pessoas, ao vestirem ou desvestirem o envoltório carnal, assumem nova personalidade. Se é bem verdade que, durante o período da infância ou da adaptação ao retorno ao etéreo, os seres humanos têm bloqueada a percepção de si mesmos, também é certo que, após algum tempo, ao agir segundo a própria consciência, se influenciados não foram positivamente para mudarem o procedimento durante as fases acima aludidas, irão realizar todos os atos segundo as normas anteriormente adotadas, pois a nova vida é marcada pelos mesmos estigmas que conformam o caráter das pessoas.

Assim, sempre que os indivíduos reagem contra a “sorte”, na verdade estão insurgindo-se contra si mesmos, contra sua imprevidência, maus hábitos e desejos. Inconscientes da culpabilidade, não vêem no mundo senão o arcabouço mal formado da injustiça universal. São pessoas de difícil controle emocional, que necessitam de profunda compreensão dos demais, pois os que menos amam é que exigem mais amor, os que menos colaboram é que necessitam de mais afeto e carinho.

Veja se você, caro amigo, não se tem revoltado contra o destino. Pode até parecer que haja total conformidade com a atual condição, mas, bem lá no fundo da consciência, na intimidade mais profunda do ser, nos refolhos mais recônditos da alma, pode ocorrer de existir certo desejo de mudar de fortuna. Aceita-se formalmente o que se tem aqui e agora, mas aspira-se a alterar as condições da vida, para fugir-se de algo que preme o coração, que atemoriza a alma.

Claro está que o desejo de evoluir é natural e, se o progresso colimado é espiritual, moral, nada mais justo. O que estamos invectivando é aquele desvio de rota que visa a amenizar os embates, que busca superar os problemas sem resolvê-los, que intenta definir racionalmente o que deve ser conquistado pelo trabalho, pelo estudo, pelo esforço, pelo sacrifício.

Se este for o seu caso, caro amigo, nada de desespero. O reconhecimento da imperfeição e o firme desejo de sanar os defeitos são atitudes muito dignas. Indigno seria camuflar o perigo e desdizer da verdade, ainda que de si para consigo mesmo. Se não enfrentarmos o desajuste agora, no instante em que o pusermos à luz da compreensão, pode acontecer de se agravarem os estados de rebeldia, acentuando-se o reflexo dela no mundo exterior, avolumando-se o mal a resgatar e intensificando-se a dor e o sofrimento.

Vamos, de coração aberto, solicitar o apoio e a influenciação benéfica dos espíritos amigos, guias e mestres, que se voltarão para o nosso lado com muito amor e compaixão. Certamente, terão palavra amiga, informação segura, que nos remeterão, “vis-à-vis com os problemas, às soluções de todos os desajustes.

Para isso, devemos orar e clamar ao Senhor o benefício de sua luz e a misericórdia de sua atenção. Saibamos compreender a nossa pequenez diante da miserabilidade de nossa condição e aceitemos o destino, certos e seguros de que, se estamos colhendo, é porque plantamos. Nada mais justo, portanto, do que nos recolhermos a nós mesmos para examinar detidamente as causas dos desatinos. Façamo-lo determinadamente, no amor e pelo amor de Jesus, que faremos valer o encarne e sublimaremos a jornada rumo ao bem eterno. Dia virá, com toda a certeza, em que nos rejubilaremos com nossa condição e nos lembraremos das insânias de agora com profundo respeito pela sorte, sem a qual o progresso teria sido impossível.

Vamos, alegremente, reconhecer, neste momento de compunção e harmonia, a dádiva maior do Criador, que nos assegura, inequivocamente, a glória do porvir em ventura e felicidade. Que este momento de reflexão nos ajude a aceitar a nossa paixão e que este minutinho de esquecimento da dor e de compenetração do amor universal seja amparo para a redenção!

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