Usina de Letras
Usina de Letras
121 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62164 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22530)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50574)

Humor (20027)

Infantil (5423)

Infanto Juvenil (4753)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->30. O DESPERTAR DO AMOR -- 13/10/2003 - 08:38 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Quando o homem se depara só na vida, é porque não conseguiu ninguém com quem compartilhar as alegrias e os sofrimentos. De resto, são esses os objetivos do “conjugo vobis”, no sacramento do matrimônio, em todas as religiões e até mesmo em cerimônias meramente de caráter social ou jurídico.

Existe, na vida de cada um de nós, momento de êxtase em que percebemos que não podemos ficar sem a companhia de determinada pessoa. É a atração, a imantação que se exercem os seres, sejam quais forem os reinos em que se situem. No homem, entretanto, esse desejo de união se aperfeiçoou no sentido moral, de modo que, da relação nascente, obrigatoriamente constam certos fatores espirituais, cármicos, de que nem sempre se compenetram os nubentes, especialmente por estarem enceguecidos em geral pela paixão, pelo ardor da sensualidade que se expande em vibrações fortemente afetivas e compreensivelmente carnais.

Assim deveria acontecer sempre que os seres se encontram simpaticamente ligados entre si, mesmo quando não há nenhuma possibilidade de relacionamento erótico do ponto de vista material. O encontro marcado pelo destino nunca é aleatório, mas as pessoas passam despercebidas umas às outras, não despertando para a realidade maior da vida. Antes, o mais provável é que o instinto de defesa aja, em detrimento do contacto entre os seres, uma vez que o medo do desconhecido faz que os indivíduos convenientemente se retraiam. Evidentemente, muitos fatores existem que permeabilizam essa couraça de proteção, mas o que mais comumente se vê é a pessoa não aceitar as oportunidades de extensão dos relacionamentos.

Esse intuitivo retraimento gera situações perniciosas para o desenvolvimento espiritual, uma vez que a perda do contacto com os indivíduos mais capacitados inibe a possibilidade de ampliação de conhecimentos, especialmente em áreas de absoluta expressão espiritual. É por isso que as associações, igrejas, sociedades privadas, agremiações, se, por um lado, permitem que as pessoas se familiarizem umas com as outras dentro de determinados padrões sociais oficializados, por outro lado, impedem o alargamento da visão para além das fronteiras, dos limites impostos pelas regras e preceitos internos.

Esse modo de frustrar a universalização do conhecimento tem sérias repercussões até mesmo no campo vibratório do etéreo, pois impõe limites às personalidades das entidades, enquanto espíritos despojados dos liames e compromissos com os demais. Se é bem verdade que o homem é fruto, resultado, produto do meio, seja no orbe terrestre, seja fora dele, é também inequívoco que existe individualidade a ser cultivada e aperfeiçoada. Dessa aparente contradição entre o fechamento para o contacto e o emperramento do desenvolvimento é que brotam as idéias de submissão a preceitos estabelecidos predeterminadamente, para impedir-se que as pessoas fujam do ambiente ou que, o mais comum, tragam para ele inovações de difícil assimilação, dado as mentalidades terem adquirido hábitos tacanhos de manutenção da situação, a qual não pode, segundo seu ponto de vista reacionário e conservador, sofrer qualquer modificação.

Abrindo parêntese, devemos ressaltar que essa mesma atitude se estabelece até mesmo no seio de confrarias absolutamente revolucionárias, onde o nível de intransigência é ainda superior às das que já se estabilizaram, uma vez que aceitas e prestigiadas. É mais fácil abrir brechas em instituições milenares, cujos hábitos e preceitos podem argüir-se de dentro, do que em novéis academias, cuja rigidez programática esteja ainda no verdor de sua aplicação.

Enfim, o homem sempre cuidou para que a vida se estabeleça segundo roteiros práticos em que a configuração social não se modifique grandemente. Esse apego à materialidade das situações se agrava, quando se trata de eleger novos conceitos que viriam perturbar a disciplina reinante no seio das comunidades. É por isso que, muitas vezes, as mensagens dos irmãos de luz que abalam profundamente os alicerces sobre que se fundamentam os princípios sociais são tidas na conta de manifestações estranhas aos encarnados, como se não lhes dissessem respeito.

Se o amor estivesse no fundo das consciências, se tudo que se fizesse fosse orientado por esse sentimento divino, certamente, os homens abrir-se-iam para os ensinamentos superiores, favorecendo o ingresso em suas comunidades das idéias e dos ideais maiores da espiritualidade. Se a humanidade conseguisse relacionar-se entre si — encarnados e desencarnados —, como se união fora de dois seres ligados pelo desejo de viver um ao lado do outro, em verdadeiro “conjugo vobis” espiritual, o progresso que se obteria teria sentido muito mais abrangente e universal. Todos seriam premiados pelos esforços e trabalhos de todos. Não haveria quem se aproveitasse de ninguém, pois a sua contribuição seria de igual dimensão e valor. Que rico seria o mundo!

Hoje, o que mais se vê é o egoísmo grassar. Se o amor sobrepairasse augusto, os indivíduos se converteriam em meros instrumentos do aperfeiçoamento social, cuja roda giraria constante para aprimoramento de cada indivíduo. Hoje, os homens cerceiam o crescimento. Com o amor, a humanidade sobranceira erguer-se-ia diante do Senhor e se alçaria coesa na direção da eterna morada.

Façam, amigos, esforços contínuos para atender ao apelo do amor do Cristo. Não meçam sacrifícios nem se atemorizem diante das verdades evangélicas. Sufoquem a tendência quase inata para o crime e os vícios. Não elejam as paixões vis como o apanágio de suas existências. Mas apertem junto ao peito, efetiva e simbolicamente, todos os companheiros de jornada existencial, para fazer jus um dia — o que certamente ocorrerá — a partilhar do festim do Senhor.

Só o amor constrói!



Comentário

Convidamos os amigos a compartilhar conosco destes momentos de alegre confraternização entre espíritos e encarnados. Sabemos que dia virá em que todos nos reuniremos em torno da mesa do Senhor. Enquanto isso não ocorrer, é óbvio que iremos propor momentos de integração em que nos vejamos lado a lado, no intuito de nos abeberarmos na fonte de sabedoria que emana do evangelho.

Quando os amigos da “Escolinha de Evangelização” vêm à luz dos mortais trazer-lhes a proposta de união entre todos, é evidente que devemos aceitar, principiando por favorecer o enternecido encontro daqueles que se amam mas que foram apartados pela morte. Esse contacto é compreensivelmente emocional e provoca arrepios e lágrimas de muita satisfação — creiam — nos dois lados da realidade.

Como conseguir tal aproximação? Basta que a pessoa se concentre e manifeste sincero desejo de obter a presença da entidade almejada. Pode ocorrer de não se conseguir alcançar fisicamente o ser amado, nem de lhe perceber a aproximação. Não importa. A vibração de amor se alteará no espaço e atingirá a pessoa visada.

A partir desses encontros fugazes e aleatórios, irão formando-se vínculos cada vez mais poderosos, de modo que o encarnado passará a sentir a presença dos amigos e familiares através da influenciação mental, facilmente apreensível, se os encarnados prodigalizarem generosamente suas vibrações com serena expectativa. Se houver possibilidade de se fazerem os contactos através de médiuns experientes, em centros espíritas, aí a confraternização será mais gratificante.

Mas não se espere desses encontros que venham a resolver problemas imediatos da vida de cada um. A simpatia entre os seres resultará em progresso moral, espiritual. O acúmulo do amor será levado à conta da compreensão da vida de que é capaz o ser humano, de modo que o progresso se dará no campo moral, no acrescentamento de méritos que ampliarão fortemente a capacidade de evoluir.

Mais tarde, o relacionamento deverá estender-se entre seres de mesma freqüência espiritual, seres afins, de desenvolvimento semelhante. Essa atitude de receber o influxo vibratório de entidades desconhecidas deve realizar-se sob o amparo e proteção dos entes queridos, cuja atenção deverá estar voltada para o resguardo moral dos amigos encarnados, impedindo que sejam burlados e desencaminhados pelos espíritos que se comprazem em prejudicar os que lhes parecem vencedores.

Aos poucos, as pessoas irão acostumando-se a permanecer na companhia dos espíritos com quem irão estabelecendo contactos telepáticos, na mesma freqüência com que costumam aceitar as influenciações a que denominam de intuições, de idéias salvadoras, de raciocínios intempestivos, de revelações ou de inspirações. Esse intercâmbio selará definitivamente o circuito entre mortais e espíritos, de sorte que, no futuro, será muito mais fácil e seguro agir em consonância com os princípios evangélicos trazidos à humanidade pelo Cristo—Jesus.

Eis, de modo mais prático e próximo do caro leitor, a mensagem que os irmãozinhos tão pressurosa e elevadamente vieram trazer. Quisemos deixar anotadas as nossas observações no campo da mediunidade, para não parecer que os recursos da vinculação entre os planos pudessem ser considerados demasiado remotos. É possível, sim, chegar-se a essa confraternização universal: basta que o amor se faça entre as criaturas.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui