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Ensaios-->17. UMA DORZINHA NO ESTÔMAGO -- 30/09/2003 - 06:40 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Quando nós nos alimentamos mal, costumamos ofender o organismo. A ingestão de álcool, por exemplo, sem se fazer acompanhar de alimentos, ao se derramar no estômago, provoca imediata reação que faz disparar os mecanismos de defesa, através da ejaculação no ambiente de ácidos gástricos com a finalidade de neutralizar os efeitos do corpo estranho. No entanto, o derramamento de ácido clorídrico afeta as paredes estomacais provocando imediata ulceração. Se o hábito de beber aperitivos se instalou há tempos, as úlceras se tornam permanentes, provocando aquela dorzinha inicial própria das gastrites, até que o mal cresça e a dor aumente, assim que a úlcera perfurar os tecidos mucosos e atingir a camada espessa da musculação.

Todo esse processo, no entanto, pode ser causado por provocações emocionais, pois a atitude de defesa desencadeada por algum sofrimento psíquico pode ser mal dirigida e, ao invés de os mecanismos cerebrais resguardarem a mente desarranjada, enviam informações ao estômago para se defender, impondo-lhe condições falsas em que os ácidos vão operar diretamente sobre as mucosas não havendo alimento a digerir. Desse modo, a dorzinha aparece sem provocação local, mas por via de conseqüência de algum desgosto, perda ou malefício de caráter moral.

Esse estreito relacionamento entre o comando cerebral e os demais órgãos do corpo deve ser bem compreendido pelos encarnados, para que se entenda com nitidez quais as causas que estão a agir, provocando, muitas vezes, respostas descoordenadas. Sabemos que a medicina terrena tem investigado nesse sentido e que são muitos os médicos que tratam os pacientes do ponto de vista psicossomático. Entretanto, o que desejamos com estas observações é impedir que os indivíduos cheguem a necessitar de tratamento especializado, impedindo a instalação e o avanço das enfermidades. Somente saber reconhecer a vinculação entre o estado mórbido corporal com depressões, aflições e angústias não basta para se impedirem os males. É preciso mais. É preciso constante análise das expectativas, principalmente no sentido da importância que se atribui a cada fato. Quanto maior o estresse causado por acontecimentos fortuitos ou previsíveis, maior o perigo da aquisição das moléstias.

Fatos inesperados provocam dores agudas e momentâneas. A reação mais saudável, neste caso, será fundamentada em perspectiva de vida apoiada na confiança e na fé de que Deus tudo proverá. Mortes de pessoas queridas em desastres são o exemplo típico do desconforto moral repentino. Saber que tais ocorrências podem estar representando a vontade dos desencarnantes, cuja provação necessitava desse tipo de frustração, pode ajudar em muito a superar o desespero e a tranqüilizar o ânimo. Não ver em tais fatos qualquer resquício de castigo divino nem de infortúnio ocasional é atitude de superior conhecimento dos objetivos maiores da vida. Todavia, mesmo com tais aparatos morais, é preciso vigiar para que os instintos não provoquem reações imperceptíveis, dado o descontrole emocional causado pelo impacto da notícia.

É justo esperar que as pessoas sofram com o pesar da morte, pois dificilmente as estruturas psicológicas formadas culturalmente no ambiente social não estão presentes no ímpeto da reação, no momento do choque emocional. A figuração filosófica não é capaz de inteiramente controlar os sentimentos e ninguém que possua sangue a escorrer-lhe pelas veias pode ufanar-se de ser totalmente infenso à emotividade. Mesmo espíritos situados em esferas superiores nos dão conta de certos destrambelhos afetivos causados pelo impacto de notícias que representam sofrimento alheio.

Por outro lado, a causa do mal-estar físico pode vir de longe, dado o prenúncio de fatos desagradáveis a rondar o ambiente doméstico, profissional ou social dos indivíduos. Exemplos clássicos são a expectativa causada por gravidez inoportuna, socialmente não aceita, ou por condições econômicas adversas, a anunciar a bancarrota da empresa e a conseqüente perda do emprego. Em ambas as situações, os males são bem definidos e as condições psicológicas vão deteriorando-se à medida que se aproxima o momento do desenlace, da revelação, da tomada das decisões que alterarão significativamente o rumo de vida dos envolvidos. Essa tensão crescente e esse clima de angústia vão sedimentando reações inoportunas, sem que as pessoas tenham consciência do fenômeno. De repente, no exato instante em que ocorre o choque fatual, desencadeiam-se os sintomas de diversas moléstias, defesa orgânica impropriamente dirigida, principalmente para as áreas dos sistemas nervoso e linfático, a causar transtornos estomacais, intestinais e até a refletir-se mesmo na coluna cervical.

O remédio para evitar conseqüências tão funestas, quando o mal é conhecido, é gerir providências no sentido de se atenuarem os efeitos sociais e as repercussões psicológicas junto ao grupo de pessoas cuja participação na vida dos interessados seja reputada como valiosa, importante, necessária e significativa. A gestação deve ser declarada de início, correndo-se riscos mas evitando-se graves conseqüências posteriores. É preciso não deixar que a descoberta do fato se dê à revelia da gestante, de molde a provocar o incremento da malícia e da maldade, através de acusações de falta de confiança e de desprestígio familiar. Quanto ao desemprego, conversa franca entre os empregados e os patrões poderá definir atitude a ser tomada em conjunto, de modo que as providências sejam vistas como as mais necessárias para resguardar-se o interesse de todos. Se os prejuízos forem equanimemente divididos, a tensão diminui, podendo inclusive as pessoas surpreenderem-se com o espírito de cooperação que poderá unir o grupo ao derredor de objetivo comum.

Para que tais manifestações da vontade possam surtir efeito no sentido de se sustarem as conseqüências físicas do estado de angústia, é preciso ter presente na mente que a humanidade vem ao mundo com o destino programado, não como roteiro predeterminado, mas como necessidade de se enfrentarem situações adversas a cada momento, cuja presença instiga as reações ponderadas, morais, altruísticas, de forma a alicerçar a personalidade sobre qualidades e virtudes segundo ordenação evangélica. A conquista de tais qualidades e virtudes é o real objetivo do encarne e a compreensão deste fato ajudará a permeabilizar a dor, oferecendo ao espírito capacidade de resistência que obstará o aparecimento das famigeradas moléstias cardiovasculares.

Tudo que se passa no organismo decorre das ordens emanadas do cérebro. Se é bem verdade que existem movimentos espontâneos, como contrações musculares e agitações peristálticas, por outro lado nada funcionará no corpo se rompidas forem as nervuras que conduzem as informações necessárias para o desencadeamento das reações orgânicas. Essas nervuras, em grande parte, são controladas pelo córtex cerebral, o qual está sob domínio da vontade dos indivíduos. Tomar consciência, pois, de que as reações podem ser absolutamente controladas e regradas é fundamental para o bom funcionamento do físico. Tal domínio faz parte do conjunto dos atributos a serem adquiridos durante o encarne. Se as pessoas abandonam o campo denso da Terra sem terem conseguido atingir o ápice dessa dominação, terão de retornar mais vezes até atingir a perfeição do autocontrole.

Esse o objetivo desta longa e, às vezes, técnica mensagem: o de despertar o leitor para a necessidade de valorizar ao extremo a conservação e a preservação do organismo sobre o qual se aplica a vontade espiritual. Tal poder, uma vez adquirido, se instalará definitivamente no perispírito e servirá como alavanca para conquistas superiores a que se destinará o ser após a “decantação material”.

Quão longe estão os pobres e ignorantes mortais, em sua maioria, de atingir esse estágio importante da evolução espiritual! Que nossos amigos, sob o amparo dos guias e protetores, consigam amenizar a caminhada, providenciando para que as expectativas não se transformem em obstáculos para a consecução dos objetivos de vida! Que Jesus lhes sirva de inspiração e que seus ensinamentos, através de sua palavra lúcida e oportuna, lhes sirvam de farol a conduzi-los com segurança ao porto da redenção!

Quanto a nós, podem contar conosco no auxílio que nos cabe, no sentido de informar, de prevenir e de avisar. Que nossas palavras não sirvam apenas para acrescentar angústia à angústia, expectativa à expectativa, desespero ao desespero, mas que sejam o brado de alerta para se evitarem os perigos da incompreensão, da ignorância e da ausência da verdadeira luz. Que as advertências tenham o condão de despertar as consciências, caros amigos, para a importância de se dedicar, com afinco, com desprendimento, com amor, a fazer justiça para com o Pai, na excelsa magnitude de sua sabedoria, ao nos propiciar oportunidade de crescimento cármico, através desse maravilhoso estágio no mundo carnal do planeta Terra! Hosanas elevemos ao Senhor por nos ter agraciado com tanta benignidade! Saibamos respeitar, com humildade e reconhecimento, a vida e peregrinemos seguros rumo ao seio da eterna bem-aventurança!

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