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Ensaios-->15. NA NOITE DOS TEMPOS -- 28/09/2003 - 08:37 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O homem, quando se apercebe realmente mortal, costuma fazer despontar certo desespero existencial. Se nenhuma fé no divino poder lhe argamassa as convicções religiosas, malgrado esteja afiliado a seita, culto ou tendência mística, mesmo assim se desarvora durante certo período, pensando apocalipticamente no fim dos tempos. Não que tema pelo desastre e perecimento do planeta ou mesmo do corpo, mas acontece que seu espírito começa a divagar a respeito da inutilidade existencial e das trevas absolutas que supõe ser o nada.

Teorias existem, é certo, que colocam o Nirvana como a suprema grandiosidade a ser atingida pela alma humana, quando, desprendida dos liames materiais, inconsciente de si mesma, passa a integrar o universo, como átomo de energia a compor-se com os demais para manter o equilíbrio da criação. Embora não se trate propriamente de tese materialista, bem pouco atribui de valor à Divina Presença, como se o Homem, o Cosmo, as Galáxias, o Todo, enfim, compusesse monisticamente o único elemento a se perpetuar eternamente. Para se ater a tal filosofia, há que se eliminar, na verdade, inteiramente, o amor-próprio, o egoísmo e a personalidade. Há certa grandeza nisto. Mas a realidade é outra e, quando tais indivíduos despertam no além-túmulo, geralmente se demonstram profundamente decepcionados, primeiro por não terem suspeitado de que as teses individualistas contrariavam as leis do progresso; segundo porque quase sempre, eivados de preconceitos sociais e descrentes da necessidade de trabalho, deixaram de cumprir os comezinhos deveres de soerguimento físico e moral dos irmãos, na inútil expectativa de que a morte tudo nivelaria.

Outras pessoas, nervos à flor da pele e menos filosóficas, descambam para o materialismo mais desenfreado e, após baterem a cabeça de degradação em degradação, encontram-se diante de si mesmas, após o desencarne, acusando-se de desvario, de negligência e de pequenez intelectual. O resultado de sua vida, de certa forma, equipara-se à inutilidade constatada pelos primeiros.

Pessoas existem que fingem acreditar em Deus e nas leis de justiça e de amor, mas que, com as desculpas mais variadas, insistem em perpetuar os valores materialistas da vida, forçando para que a sociedade cumpra só objetivos de visão horizontal, para que possam usufruir os benefícios que auferiram de um modo ou de outro. São pessoas bem situadas economicamente e que não se interessam muito pela sorte dos semelhantes. Quando muito, fazem pequenas doações e comparecem aos cultos religiosos e demais realizações das sedes eclesiásticas. No entanto, se, por qualquer forma, se virem ameaçadas em seu estágio social, unem-se contra os ideais igualitários, fazendo valer as leis que elaboraram com o intuito de preservar as riquezas. Quando se retiram, são os que mais teimam em não reconhecer que as vidas não foram proveitosas.

Em todos esses casos, o negrume, as trevas do tempo ficam como perspectiva temerária de quem se ilude com pontos de vista falsos ou defeituosos a respeito da condição de vida. Esquecer os padrões sociais vigentes e recebidos de herança, para fortalecimento dos aspectos morais, não é tarefa simples, mas é de profunda necessidade, para que os conceitos de noite, de abismo, de infortúnio eterno e de inferno não se tornem presentes junto aos espíritos desencarnados, quando prevaricaram durante o encarne.

O que podemos, então, recomendar aos amigos leitores? Muita paz interior, muita serenidade, muita consideração pelo irmão infeliz, muito trabalho de recuperação dos valores evangélicos perdidos, muita assistência moral e espiritual para os aflitos, muito socorro alimentar para o que se encontra faminto, muito desprendimento material para cobrir e agasalhar o irmão que perece ao relento, muito carinho e amor pelos pequeninos que não podem permanecer nas trevas da ignorância, a alimentar o eterno círculo vicioso dos que sofrem porque são ignorantes e dos que são ignorantes porque sofrem. É preciso romper com o comodismo do fatalismo existencial. É necessário armar-se de coragem e enfrentar o duro, o penoso labor que se exige de quantos, ao se inteirarem dos princípios doutrinários do Espiritismo, começam a vislumbrar a real tarefa a ser executada, para que se dê cobro, com galhardia, aos roteiros propostos para as encarnações.

Se, além de demonstrar através destas mensagens quais são as reais necessidades da vida, pudermos oferecer maior apoio aos amigos para soerguimento e cumprimento das provações, podem contar conosco, bastando para isso, com fé, com amor, com confiança, concentrar-se no ponto a ser tratado, desde que haja muita honestidade e firmeza de propósito moral. A nossa influenciação far-se-á sentir vigorosa, na forma de pensamentos positivos, que auxiliarão a deslindar os mistérios da vida e solverão inúmeros problemas existenciais. Mas saibam que o mais importante está mais acima dito, ou seja, a verdadeira compreensão da realidade só se dará no exato momento em que as pessoas se empenharem com muita dedicação ao cumprimento das obrigações evangélicas, segundo os ensinamentos de Jesus.



Comentário

A “Equipe Arquimedes” continua elaborando textos de caráter geral para prosseguir os ditados em função da aprendizagem por todos os integrantes do grupo das técnicas de imantação e mediunização. Por isso, não se preocupe, caro escrevente, com o teor dos textos.

Sem dúvida nenhuma, têm as mensagens a pretensão de se constituir em regras para se bem cumprirem as determinações espirituais de antes do encarne, necessárias para o crescimento moral e espiritual dos encarnados. Mas seu aspecto exterior, a estrutura lingüística, os torneios fraseológicos, bem como a retórica empregada através das figuras, das imagens e dos achados silogísticos não têm sido a preocupação imediata. Portanto, não se arreceie de tomar os ditados na forma em que se têm apresentado, pois estão sendo apanhados na justa medida em que são transmitidos; pode crer. Fique tranqüilo e prossiga objetivando auxiliar o grupo que ora se apresenta para o trabalho.

De qualquer modo, são textos possíveis e, se houver público para eles, não se avexe em mostrá-los. O importante é que não haja senão doutrinário que possa desvirtuar o pensamento mais débil, levando o incauto a tomar como verdade o que for mentira, como infantilidade o que for demasiado simplista, como malicioso o que for retórico e assim por diante. É preciso, pois, que a mensagem esteja pura do ponto de vista doutrinal e este é o cuidado que têm tido os orientadores. Uma que outra idéia mais arrojada, que poderia estabelecer controvérsia, nós deixamos passar, com a devida precaução de vir comentada ao final. Um ou outro titubeio conceitual pode também ser encontrado, nunca sem a devida censura do instrutor. Faltas graves, no entanto, ficam intramuros e são objeto de discussões e explanações nas aulas e, quando transparecem nos escritos, são relegadas à conta da imperfeição do espírito comunicador, havendo sempre esclarecimento do fato.

Não há, portanto, temer pelo andamento das sessões psicográficas. Vamos prosseguir todos aprendendo, que não é outro o objetivo. Para isso, clamamos ao Senhor que nos dê seu amparo de luz e que nos envie seus mensageiros de amor, para nos soerguer nas hesitações e para nos estimular quando nos desencorajamos. E se o caro leitor estiver na situação de enfado, de desânimo ou de descrença, que ore com profundo fervor e se sentirá melhor ao receber as vibrações de recomposição perispiritual que serão emitidas pelos guias e protetores.

Fiquemos todos nas mãos de Deus!

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