Usineiras e usineiros,
É com satisfação que faço este discurso para vocês. Por trás de toda retórica existe um interesse pessoal. Por isto é que atos relativamente simples deixam de ser executados dentro da política nacional, servindo de alicerce para a campanha de candidatos arrogantes, que querem manter o "status quo" e não o efetivo progresso em determinadas plagas do nosso país. Um exemplo desse tipo de comportamento, meus amigos, é a eterna promessa de levar água para o semi-árido nordestino, o que nunca acontece e, talvez, nunca acontecerá, por sabermos que este é o álibi de todo politiqueiro que se serve daquela região, ou seja, promessa, promessa, promessa. E o pobre do povo, dentro de sua infeliz ignorância, ignorância esta semeada pelos mesmos politiqueiros que lhe prometem água, acredita que na gestão seguinte as coisas realmente vão melhorar. Aliás, acredita que Deus, este sim, conduzirá as mãos marginais que tripudiaram sobre sua sede a efetivamente levarem para ele a água indispensável à sua subexistência.
Claro que você quererá saber o porquê deste meu discurso, meu caro usineiro, minha cara usineira, já que eu mesmo afirmo nele que por trás de toda retórica existe um interesse pessoal. É óbvio, meus caros escribas e leitores, que também tenho os meus objetivos. Posso afirmar que são objetivos lícitos, que com certeza não prejudicarão ninguém. E digo mais: os meus interesses provavelmente também são os interesses de pelo menos uns sessenta porcento dos que me lêem. Quais são? Ora, meus caros, nada mais do que o óbvio. E, por ser tão óbvio, tenho certeza de que vocês já deduziram a minha intenção, sem a necessidade de que eu a pormenorize para vocês.
Muito obrigado, usineiros e usineiras. E lembrem-se: nunca ofendam o seu semelhante, pois, como já demonstrou a Segunda Lei de Newton "A toda ação corresponde uma reação igual e em sentido contrário".
E tenho dito!
Felipe
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