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Ensaios-->1. A DOR DO VENCEDOR -- 14/09/2003 - 06:42 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Muitas pessoas pensam que tudo na vida se resume em vencer: vencer dificuldades, vencer adversários, vencer nas finanças, vencer nas apostas, nos jogos e nas competições esportivas. Pois bem, temos entrado em contacto com desencarnados que durante a vida se consideravam vencedores absolutos e temos visto o quanto de sofrimento arregimentaram. Ao vencer dificuldades, deixaram para trás rastros de ódios nos rancores dos que se viram postergados em seus direitos; ao vencer adversários, mesmo que na legítima defesa de justos interesses, sempre conseguiram vibrações profundamente negativas brotadas do desgosto dos vencidos; ao vencer nas finanças, carreavam ao espírito profundas defecções morais e se pejavam dos onerosíssimos malefícios da usura, da vaidade, do egoísmo; ao vencer nas apostas, jogos e competições esportivas, manifestavam o mais vivo individualismo a sobrepor-se à necessária concepção do mundo sob o amparo do trabalho cooperativo para engrandecimento das sociedades. E assim amealhavam vícios e se, aparentemente, saíam vitoriosos de todos os empreendimentos, positivamente transportavam consigo as razões mais penosas de se suportar no desvario do sofrimento.

“Ao vencedor, as batatas,” no dizer da famosa personagem machadiana. Tal assertiva é imensamente verdadeira quando em disputa estiverem “batatas”. Mas é realmente necessário “disputar”, “brigar”, “guerrear”? Não seria mais fácil conjugar esforços na tentativa de se produzirem alimentos para todos, da mesma forma que os demais bens utilizáveis durante a vida terrena?!

Que dizer, então, dos aspectos morais, desses aspectos cuja luta deveria ser tenaz, constante e imorredoura para a aquisição das virtudes? Esses os verdadeiros vencedores: os que souberam suplantar todas as suas más tendências, fruto do orgulho, do egoísmo, da exaltação do amor-próprio. Tais vencedores não nos chegam eivados de dor, antes, brincam-lhes nos lábios os sorrisos da mais justa alegria por se sentirem vitoriosos sobre si mesmos e, se souberam vencer todas as resistências à confraternização e ao sacrifício em prol dos deserdados da sorte, tendo desenvolvido a lealdade nas campanhas caritativas e de socorro ao irmão oprimido e desorientado, aí é de se ver o intenso brilho a se lhes expandir da aura, em demonstração inequívoca de terem alcançado progresso em busca da angelitude. São esses os verdadeiros vencedores.

Como gostaríamos, nas andanças pelo etéreo, de encontrar mais e mais recém-desencarnados com os estigmas da felicidade a lhes aureolar o espírito! Mas é difícil esse encontro. O que mais vemos são falsos vencedores, muito compenetrados das conquistas, a aguardar o reconhecimento dos que vêm para recebê-los e encaminhá-los para novo destino. E quão infelizes se tornam ao descobrirem a derrocada da vida, inútil para a consagração no além!

É por isso que ousamos vir à presença dos encarnados, para trazer-lhes algumas palavras de advertência. Quem sabe um dia não toparemos com algum ser luminoso que, ao se encontrar conosco, pergunte:

— Foram vocês, por acaso, que nos enviaram a mensagem dos vencedores? Pois li o texto e comovi-me tanto que logrei vencer todas as tentações inferiores e, a partir de então, só me conduzi pelas superiores normas de Jesus.

Graças a Deus daríamos se tal felicidade pudesse acontecer conosco e nos extasiaríamos diante do irmão sublimado pela própria determinação. E se não viermos jamais a obter semelhante sucesso, nem por isso iremos sentir-nos derrotados, mas tão-somente tristes por termos em vão pelejado para que houvesse real confraternização entre os seres. Agora, se os leitores ao menos se aventurarem a refletir um pouco a respeito das atitudes no campo das competições sociais e psíquicas, já nos darão motivos de júbilo para que nos sintamos vitoriosos.

Oremos para que tal aconteça.



Comentário

A primeira reflexão deste grupo de alunos se deu no campo do trabalho que irão desenvolver. Como estímulo para que não se deixem envolver pela extensão do sacrifício que lhes exigirá o socorrismo, incutida lhes foi na mente a dificuldade de se sentir alguém vitorioso se se ativer a somente administrar bens materiais.

Da mesma forma no etéreo: é preciso desconsiderar as facilidades da persuasão através das idiossincrasias e dos recursos adquiridos por meio do aparato intelectual adequado às lides da Terra. O trabalho aqui deverá o mais possível ser em colaboração, ao mesmo tempo que o estudo exige abnegação e desprendimento de qualquer aspiração de superioridade. A tristeza imaginada diante da inexistência de quem compareça diante do irmãozinho que transmitiu a mensagem aos encarnados jamais se concretizará, se o esforço do grupo se der no sentido do auxílio descomprometido de reconhecimentos. A Deus caberá prover os celeiros de amor e esperança. Basta que se desenvolva a fé no serviço do Senhor.

Que este primeiro tentâmen seja o farol a iluminar o trabalho que se seguirá, que promete farta messe, já que o plantio está sendo feito com tanta generosidade de intenções. Fiquem seguros, caros irmãozinhos, que a caminhada se inicia bem e, apraz-nos dizer, a continuidade do trabalho só fará acrescentar méritos aos méritos demonstrados.



Explicação

Fizemos questão de trazer ao conhecimento do escrevente e de mais possíveis leitores as palavras de incentivo e o comentário que elaboramos diante do magnífico desempenho do grupo de alunos. Não foi outra a intenção senão demonstrar em que termos é que se dá a orientação aos que se iniciam na Escolinha. Sirva-lhes de exemplo, se considerarem judiciosas as observações, principalmente no trato com os elementos que chegam para o trabalho do socorrismo fraterno nas instituições de assistência espiritual e social de que participam.

Como primeiro trabalho, foi realmente muito profícuo. Por isso damos por encerradas as atividades do dia. É preciso não sobrecarregar os novos de serviços: é bom dar-lhes tempo para meditação e avaliação do próprio desempenho. Mais tarde, serão levados a discutir o resultado das reflexões, sempre sob orientação dos instrutores.

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