No túmulo fechado à minha alegria,
Debruçaste teu corpo lavado em pranto.
Relembraste, sentida, o meu alegre canto,
Que tocava as almas e a ti, comovia.
Jubiloso, pensava: - Quanto amor guardado,
Na figura triste dos teus olhos negros,
Camafeus brilhantes, que outrora, secos,
Vira um caminho belo junto ao amado.
E me fiz sentir como um leve fardo,
E a fiz lembrar da minha boca, o gosto,
O néctar doce da saliva, o caldo.
E o seu sentimento refletiu desgosto,
Como uma dor santa advinda do parto.
Despedi-me dela com um beijo no rosto.
Alisson Castro.
*TODOS OS DIREITOS RESERVADOS* |