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Ensaios-->32. A PACIÊNCIA -- 09/09/2003 - 06:46 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Sempre que nos revoltamos contra qualquer fato que parece afrontar-nos, estamos faltos de paciência, esse apanágio de quem quer conquistar o céu. É incrível como, nos momentos de tranqüilidade, sabemos reconhecer com méritos de sobra o valor dessa virtude evangélica, própria dos santos homens. Entretanto, basta que enfrentemos simples desavenças familiares, domésticas ou de trabalho, assalta-nos o desassossego, a sofreguidão e, num relance, esquecemos totalmente os raciocínios dos tempos de paz para nos tornarmos violentos, abruptos, intempestivos. Não é suficiente, portanto, que saibamos com exatidão os reais méritos de pautar pela serenidade o procedimento, é preciso incrustar na maneira de ser o hábito saudável de nos mantermos tranqüilos, cientes de que não há no mundo nada que não possa ser resolvido, quer em questões materiais, quer do ponto de vista moral ou espiritual. Para tudo existe conserto diante da misericórdia divina.

Suponhamos que certo pai de família chegue a casa e a encontre desarrumada. Ao invés de invectivar a mulher, acusando-a de desleixo, não seria melhor que, pacientemente, procurasse saber as causas que a levaram a descuidar dos compromissos?! As respostas talvez exijam até do marido maior compreensão do que seria de se esperar se a desarrumação adviesse de mero espírito de ociosidade. Pode até ocorrer que a consorte esteja com sérios problemas pessoais, provocados por atitudes muito mais comprometedoras do que o fato de deixar de olhar pelas tarefas domésticas. Sendo assim, é necessário demonstrar pelo outro muito mais simpatia e amor do que costumeiramente; chamar a companheira, demonstrando primeiro todo o afeto de que é portador, e manifestar, com toda a sinceridade e franqueza, o seu ponto de vista a respeito do que lhe parece ser o indício de desajustes mais sérios: abrir o coração para ser recebido de coração aberto. É claro que, se esse não for o hábito dos cônjuges, é de se esperar certa reação de desconfiança. Mas se, durante toda a vida em conjunto, a atitude de tranqüilidade for constante, saberá o consorte que será recebido com amor e carinho, facilitando-se o ajuste entre os cônjuges através da mútua compreensão.

Se caso tão simples nos deu azo a comentário tão extenso, que dizer se os problemas se situarem em áreas morais ou espirituais? Certamente, as atitudes atrabiliárias recrudescerão o mau humor e possibilitarão contendas ainda mais perturbadoras do equilíbrio emocional e sentimental que deve haver no recesso familiar. Em casos graves, a falta de serenidade e de paciência pode desatar os laços cármicos que prendem os indivíduos, onerando os compromissos que mantinham entre si, compromissos de mútua ajuda para saneamento das feridas trazidas de outras épocas e para restauração dos vínculos de outras feitas rompidos.

É preciso estar alerta para o momento de desajuste emocional, de modo que sejamos capazes de conter as reações de violência, asserenando o ânimo, refazendo a calma, revigorando o “fair-play”, mesmo que à custa de imensos sacrifícios do amor-próprio. Se não nos sentirmos emocionalmente seguros de nós mesmos, é preferível adiar a discussão, malgrado as reações físicas e psíquicas nos abalarem a saúde e nos ensombrearem a mente. Se conseguirmos rezar, então teremos excelente lenitivo para o furor. Se tivermos conselheiros experientes e honestos, ficaremos ainda mais tranqüilos e seguros.

Após a volta à serenidade, com muita paciência e disposição de perlustrar em dor boa parte da caminhada, enfrentemos corajosamente a situação adversa, crentes de que Jesus nos reservará para o futuro momentos compensadores da atual aflição. É hábito entre as pessoas pacientes refletir sobre o transcorrer do tempo, a respeito da fragilidade das coisas, em torno da mutabilidade dos ambientes e da sorte. É fácil interrogar-nos a respeito de como estarão as coisas dentro de um, dois, cinco ou dez anos, de como procederemos daqui a cem anos. Tal perspectiva temporal sói atenuar o impacto das notícias ruins e é demonstrativa do espírito de compreensão do destino.

Em casos muito especiais, mas comumente encontradiços, teremos até de nos dispor a aguardar notícias do outro plano, como seja quando alguém querido morre ou quando nós mesmos, de repente, nos encontramos desprendidos da carne. Nessas situações, as mais drásticas nos parecem, a pessoa que age com paciência consegue superar as dificuldades emocionais desse drama pungente com muita eficiência, pondo-se em condições bem rapidamente de obter novas provações e missões para prosseguir na rota ascensional rumo à casa do Senhor. Sem dúvida alguma, o refrão popular é extremamente verdadeiro: “Quem não tem paciência, não vai ao céu.”

Lembrem-se sempre disso, irmãos, e fiquem na paz do Senhor!

Homero (pela equipe).



Comentário

Esta mensagem foi especialmente composta para os amigos que se habituaram a meditar a respeito da vida sobre a face da Terra do ponto de vista espírita. No entanto, se se oferecerem oportunidades para que os irmãos explanem a respeito desse tema para pessoas não crentes do espiritualismo kardecista, poderão, com proveito, utilizar desses mesmos argumentos, transvestindo-os de razões próximas à pessoa necessitada, adaptando a expressão de acordo com o nível intelectual, cultural ou social. O que não se pode deixar de fazer é incentivar as atitudes ponderadas, a paciência, a compreensão.

A legitimidade do amor, da benquerença, do espírito socorrista e fraterno se dará sempre que as pessoas se colocarem face a face com os problemas e tratarem deles com argúcia e probidade, estimulando as reações saudáveis e tempestivas. Corajosamente é que se têm de travar as batalhas do amor e da compreensão e a maior coragem é aquela que se demonstra ao se combater as insopitáveis manifestações do egoísmo e do orgulho ferido. Aqui, portanto, irmãos, é que mais se vai exigir de todos. Preparem-se, pois, com muito amor e muita sabedoria para utilizarem-se dessa ferramenta poderosa para superação de todos os males: a paciência, aliada à comiseração e à compreensão mais íntima da verdade.

Sejam virtuosos, irmãos, para fazerem jus às benesses que o Senhor, às mancheias, distribuirá entre os filhos vitoriosos.

Homero.

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