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Ensaios-->POWERSLAVE (1984) - a Obra-Prima do IRON MAIDEN -- 09/09/2003 - 00:47 (Carlos Frederico Pereira da Silva Gama) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não basta ser o melhor, é preciso se superar continuamente para manter a liderança. Esse era o desafio que o Iron Maiden tinha a vencer em 1984, após ter lançado trabalhos magistrais, verdadeiras jóias da coroa do Heavy Metal (Iron Maiden, Killers, Number Of The Beast e Piece Of Mind ). Felizmente, tal tarefa foi mais do que bem cumprida pela magistral Donzela de Ferro. Powerslave é o disco definitivo da banda, e também o seu trabalho mais pesado até o momento. A capa, de inspiração egípcia, dá a impressão de que nos deparamos com um álbum conceitual, porém aqui tal afirmação não corresponde à verdade – o disco trata de mais de um tema e apenas na faixa “Powerslave” temas egípcios são abordados. Entretanto isso não diminui a beleza da capa – um trabalho magistral de Derek Riggs, talvez mesmo sua obra-prima.

O disco abre com um dos hinos da banda, “Aces High”, onde Steve Harris decide homenagear a aviação inglesa que, na Segunda Guerra Mundial, venceu os alemães de Hitler estando em nítida inferioridade numérica. A letra épica está bem dentro do espírito da banda na época, seguindo a linha de Piece Of Mind. Essa versão é tão definitiva que bate até a do disco Live After Death (pesadíssima). Depois temos “2 Minutes To Midnight”, um dos maiores 'clássicos entre os clássicos' da banda, presença garantida nos shows. O solo é um dos meus preferidos de todos os tempos e o riff inicial é antológico. Palmas para Dave e Adrian! Poucas vezes um riff inicial conseguiu fazer o sangue dos ouvintes ferver tanto quanto aqui. Em seguida, “Losfer Words (Big Orra)”, instrumental devastadora, apresentando um Nicko preciso e pesado como hoje já não consegue e mais uma vez as guitarras estão magníficas. Em “Flash Of The Blade” Bruce Dickinson avança um nível no critério 'vocais agudos'. Só isso? Não, ele também está magnífico nos vocais graves. Essa canção é uma pedrada, Steve, Dave e Adrian estavam no limiar entre o peso com técnica e o peso puro. Considero que em “The Duellists” Bruce...está quase divino. Não dá para dizer outra coisa, o cara sem dúvida fez o melhor que podia, e isso nunca foi tanto...Bruce quase ofusca o resto da banda nessa música fantástica! Tanto em “Flash...” quanto em “The Duellists” o tema épico, medieval, dá um ar “mágico”, místico ao disco. Em “Back In The Village” temos mais pauleira, mais Harris levando o seu baixo a novos padrões de peso e precisão, mais Dave e Adrian unidos como unha e carne, mais Nicko descendo a mão com eficiência...e mais Bruce Dickinson se tornando uma lenda. “Powerslave”, faixa-título, é uma canção complexa, bastante técnica, com uma levada de baixo no início de arrepiar a espinha dos mais sensíveis. A letra já mostrava temas místicos que Bruce explorou bem em Chemical Wedding...O solo não é dos mais fáceis do Maiden, e os vocais estão bastante graves e sombrios. Enfim surge a música mais lendária e impressionante da carreira do Iron Maiden. Rime Of The Ancient Mariner. Verdadeiro objeto de culto dos fãs da banda, esse poema de Samuel Coleridge musicado com brilhantismo por Steve Harris já seria clássico só por sua letra. Mas musicalmente a canção é uma obra-prima. O som das guitarras e do baixo imitando o mar em calmaria é nada menos do que fantástico...assim como o trecho seguinte, com a voz e o baixo saindo do silêncio, é magistral. Bruce, Dave, Adrian e Nicko estão num 'estado de graça', mas Steve Harris consegue ir ainda mais longe na sua criação mais genial.

Com Powerslave o Iron fechou um ciclo criativo fabuloso, poucas vezes igualado no rock (e no Heavy Metal). Que o novo disco traga a Donzela “renovada” capaz, senão de superar ou igualar, se aproximar da qualidade dessa jóia de 1984. Já será mais do que suficiente!
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