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Ensaios-->22. O LAR TERRENO -- 30/08/2003 - 07:48 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Reunião de seres que têm o mesmo objetivo de vida: ascender na paz do Senhor, visando à redenção de todo o grupo; eis a melhor definição, se bem que não única, pois a união familiar pode denotar somente agregado de pessoas com objetivos totalmente estranhos uns dos outros.

Serenamente, podem os vários componentes das famílias ir ajustando-se no campo espiritual, de sorte que, em breves reencarnações, consigam integração total de interesses e ideais, favorecendo congraçamento perfeito. Em outros casos, há, desde logo, luta interna a demonstrar revides de atitudes pregressas impregnadas na mente de forma indelével, embora camuflada por esquecimento momentâneo.

Como as pessoas se sentem agredidas pela presença de antigos desafetos, mesmo inconscientemente, tomam posição de desforra, irradiando de si os dardos da malignidade, mesmo sem saber o porquê da atitude. Tal rebeldia é comum encontrar-se nos filhos, principalmente quando em vias de atingir a idade adulta; mas, certamente, tais reações são provenientes de milhares de pequeninas provocações dos pais, quer de um deles, quer dos dois.

Aliás, até entre os progenitores, as uniões muitas vezes são cármicas, embora tivessem tido oportunidade de escolha, uma vez que, se programação houve no etéreo, certamente é bem fácil de desfazer-se diante do livre-arbítrio dos adultos e do prévio conhecimento da personalidade do cônjuge. Entretanto, muitas vezes a paixão esconde (quase sempre a pedido) a capacidade de se discernir o verdadeiro caráter da pessoa amada. Uma vez contraído o matrimônio e passada a fase de troca de promessas e juras de amor, a verdadeira face de cada um se revela e iniciam-se os atritos que se refletirão em todo o ambiente doméstico, especialmente no procedimento dos filhos.

Pode parecer que nossas palavras sejam muito pueris e eivadas de lugares-comuns. Mas o intuito é de alertar para as perlengas domésticas. Se o casal se uniu em matrimônio, deve desconfiar de que algo provavelmente estivesse programado para si. Desse natural resguardo do casamento, inevitavelmente se sobressairão as verdadeiras intenções do matrimônio, quais sejam: de reajustamento, de pagamento de antigos débitos, de assunção de responsabilidades de outra feita postergadas, de anuência de solidariedade e de mútua proteção, de formação de lar em que antigos desafetos venham a agasalhar-se e receber assistência, amparo, amor e orientação, etc.

Sabemos quão difícil, às vezes, se torna aceitar o parceiro ou os filhos, do mesmo modo que a rejeição aos pais brota, no coração de certos filhos, incoercível. Mas a pregação evangélica vem para elucidar o procedimento, do mesmo modo que palavra espírita do kardecismo vem para esclarecer os possíveis objetivos das uniões matrimoniais e familiares. Se as pessoas envolvidas por desencantos junto aos consangüíneos tiverem forças para sufocar os arrebatamentos da angústia, fazendo calar a voz da revolta e da provocação, submetendo a vontade às razões do raciocínio evangélico, provavelmente adquirirão forças para arrostar os ferimentos ao amor-próprio e superar a dura prova a que se submetem por indicação dos guias e, quiçá, por anuência própria.

Quanto mais próximo, na escala do relacionamento carnal, o desafeto, maior o compromisso de ajustamento por via do perdão, da compreensão da realidade, da benquerença pela afinidade afetiva que brota da natural prodigalidade de cuidados de uns para com os outros. Mas os sacrifícios não devem abranger somente os aspectos materiais. Estes são importantes como elementos de demonstração do afeto ou do interesse em que a vinculação afetiva se dê. Mas o que de mais importante existe para se conseguir chegar vitorioso ao final da prova é espiritual e de parte a parte. Se só um dos elementos conseguir superar as emoções inferiores e souber compreender e aceitar o companheiro, certamente terá de recompor todo o serviço (mesmo que sob outro tipo de relacionamento carnal), pois não foi capaz de se fazer devidamente aceito pelo outro.

O que há de mais para nos referirmos, que seja do interesse do leitor, é o fato de que todo desajuste entre encarnados deverá resolver-se durante a vida sobre a face da Terra. Mesmo que haja compreensão dos problemas durante a estadia no plano da espiritualidade, dificilmente os desafetos conseguirão plenamente sanar os débitos mútuos no etéreo. Haverá necessidade de retorno à carne, para que os ingredientes cármicos sejam totalmente regenerados através da união fraternal que se exige dos contendores de antanho.

É por isso que insistentemente repetimos com Jesus: é preciso que, o quanto antes, as pessoas desagravem as ofensas que protagonizaram junto aos inimigos e restabeleçam saudavelmente os laços rompidos, a fim de adquirirem o direito de prosseguir a caminhada ascensional rumo à casa do Senhor.

Otávio (pela equipe).



Comentário

É preciso não onerar demais os vínculos entre os familiares, pensando que, sempre que ocorra qualquer dissensão, é demonstração de que as pessoas sejam inimigos de outras encarnações. Não. Nem sempre os litígios entre os familiares significa algo além de simples prova suplementar que se lhes antepõem os espíritos guardiães para reajustamentos, uma vez que pequenas falhas podem estar ocorrendo no dia-a-dia da longa travessia que constitui a existência humana na carne. Nem poderia ser diferente, uma vez que, se a união fosse perfeita, não precisaria repetir-se. Sempre, portanto, existe a necessidade do conflito para que haja o reajuste restaurador do princípio mais próximo da virtude. Assim é que os laços de amor e amizade se firmam entre os cônjuges e demais elementos da constelação familiar. Os percalços são, pois, naturais e como tal devem ser encarados, para que se possam tomar as atitudes mais consentâneas com a moralidade evangélica.

Mesmo entre pessoas o mais solidárias possível, existem, muitas vezes, querelas e incompreensões, dado que o ser humano está muito longe da perfeição. Por isso é que devemos todos estar atentos para os deslizes dos companheiros, momento em que a melhor providência é a oração e a rogativa de auxílio da parte dos irmãos da espiritualidade. Se tivermos sido nós a proceder incorretamente e se tivermos a capacidade de perceber a extensão do erro, além da necessária prece de solicitação de esclarecimento e socorro, teremos de procurar o irmão ofendido e solicitar dele escusas, por lhe termos proporcionado motivos de rompimento do equilíbrio físico ou espiritual.

Essa a advertência complementar ao texto dos irmãozinhos, no intuito de esclarecer mais alguns pontos que poderiam ficar obscuros na mente dos leitores mais desatentos.

Homero.

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