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Ensaios-->FRAGILE (1971) - o auge do YES -- 29/08/2003 - 00:30 (Carlos Frederico Pereira da Silva Gama) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Em 1971 o YES já era um dos expoentes do chamado Rock Progressivo, ao lado do PINK FLOYD, SOFT MACHINE e KING CRIMSON. Já havia lançado um grande disco (THE YES ALBUM, 1970) e suas longas suítes, superando os 8 minutos com freqüência, já não eram novidades para o cenário musical britânico, cada vez mais sofisticado e criativo. Da mesma forma, ao invés de se acomodar musicalmente e deitar sobre os louros, o YES buscou soluções cada vez menos convencionais e mais ousadas. A entrada do tecladista Rick Wakeman (músico de estúdio, que havia sido por breve período membro do Strawbs) tornou o som da banda ainda mais atmosférico, mas não se resumiu a isso. Wakeman trouxe um componente definitivo para a sonoridade YES – delicadeza. Além disso, seu apelo de palco, com seu aparato imenso de sintetizadores, órgãos e mellotrons tornou-se uma das marcas registradas da banda.

Dito isso, FRAGILE contém, em profusão, técnica primorosa, solos abundantes de todos os instrumentos, músicas longas com vários andamentos, encadeamento temático, fusão do Rock com gêneros como o Jazz e a música clássica...e, evidente, muitas canções de primeira linha. Além disso, cada integrante (Jon Anderson, Steve Howe, Chris Squire, Bill Bruford e Rick Wakeman, já citado) teve a liberdade de incluir uma música solo sua, com cada um tocando/cantando todos os instrumentos utilizados – detalhe este que torna esse disco único e definitivamente indispensável.

Em “Roundabout”, o YES atinge o equilíbrio ideal entre apuro técnico e emoção, tão procurado por bandas de todos os gêneros. O baixo flutuante se mostra sempre magistral, Steve Howe alterna singelos e rebuscados violões com guitarras eficientes e pesadas, Bill Bruford dá consistência e ritmo para que Wakeman viaje com seus teclados atmosféricos...e Jon Anderson cria vocais delicados, bem delineados, nunca chegando ao exagero. Os versos, uma ode á manhã, caem como uma luva para o ritmo da musica. É a coesão instrumental e musical o que torna Roundabout um clássico do rock. “Cans and Brahms” é a música solo de Rick Wakeman, onde o “mago dos teclados” interpreta um trecho de uma canção clássica de Brahms. Interessante...e sofisticado. “We Have Heaven”, solo de Jon Anderson, é um hino hippie. O começo é envolvente e impressiona. Mas às vezes a repetição dos versos (bem primários) incomoda. “South Side Of The Sky” é uma obra mais pesada, de caráter Hard Rock. O tema, místico/naturalista, é uma desculpa para que Howe/Squire/Brufford criem uma base sólida e agradável. No meio da música, Wakeman ocupa todos os espaços de maneira impressionante. Um coro belíssimo confere um lado mais pop à canção. Mas o fim é, como o começo, puro Hard Rock. “Five Per Cent For Nothing”, curto solo de bateria de Bill Bruford, é muito experimental e mostra o que ele anos depois faria no KING CRIMSON. “Long Distance Runaround”, música mais comercial do disco, tem melodias bem agradáveis, delicadas e de fácil aceitação. O final, porém, outra vez destaca o trabalho de Wakeman. “The Fish”, inacreditável solo de Chris Squire, é fluida, atmosférica. Das peças solo, é a que alcança o melhor resultado. “Mood For A Day” é uma bela música acústica de Steve Howe, de fortíssimo acento flamenco. Outro clássico, que mostra Steve por inteiro e no seu melhor, criativo e de estilo único. “Heart Of The Sunrise”, enfim, fecha o disco com chave de ouro, alternando peso e delicadeza. Os riffs dessa canção, magistrais, não devem nada a DEEP PURPLE ou LED ZEPPELIN. Os solos lentos, tranqüilos, contribuem em qualidade para o resultado final. Os versos, entre os melhores e mais comoventes do disco, são puro Jon Anderson...Os vocais passam muita emoção, pois são feitos com empenho quase religioso.

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