Musical...Sensível.
Mente, mas não sabe.
Ama, mas não se inteira.
Deseja, mas não rastreia.
Um homem, desejável...
Amável, virtuoso, inteligente.
Seu meio ambiente: o som.
Seu porto: a família.
Seu destino: Desconhecido.(?)
Talvez o próprio porto.
Ou seria o oceano?
Com passado marcado,
Vive seu presente entre a água e o ar...
Ora flutuando nas nuvens e domínios da sapiência teórica,
Ora navegando em mares e líquidos amnióticos.
Por momentos infindáveis pensei que esse homem
Me tomaria...e estaria com ele flutuando e navegando
Onde quer que fosse...Ele se parece um pouco comigo.
E nesse meu parecer, não poderia fragmentá-lo.
Pois esse seria o resultado de minha presença,
Se esta fosse agasalhada em seu coração.
Mas nesse mesmo parecer, não suportaria ser menor do que sou.
Limitada e preterida...seria algo pequeno...
Incabível no oceano de possibilidades que a sincronia engendrou.
Minha visão desse homem: uma boca emudecida, a mente dividida,
o coração ilhado, cercado de gente por toda a parte.
E o medo...mascarado de som e movimentos constantes
Responsabilidades e risadas...conquistas e refugos...
Pretendendo sustentar a leveza do ser.
Um doce homem cardíaco...sanguineo...criativo.
Prisioneiro das amardilhas que sua mente afã deixou em seu caminho.
Jamais poderia ser tomado...pois está institucionalizado.
E sucumbiria facilmente a liberdade de amar de verdade e sem garantias.
Deixou essas atitudes 'inglórias' aos grandes trovadores do passado histórico.
A insustentabilidade ainda o paraliza.
Que saudade dos trovadores verdadeiramente românticos!
Por ser um desconhecido, posso dizer que o amaria, não fosse somente essa
a nossa diferença. Por estar de longe, posso me despedir sem mágoa, sem luta,
Mas jamais emudecida. Pois foi apenas esse pequeno esbarrão que me deteve aqui
a gotejar essas palavras de adeus....que demarcam um território.
Enfrentando o imponderável, eu falo silenciosamente da intercessão insustentável de nosso ser.