Recentemente considerado por uma comissão internacional de escritores como o melhor livro de todos os tempos, Dom Quixote surge-nos em 2003 traduzido e adaptado por vários autores, que extraíram o melhor possível do conteúdo poético e humanista dos cinco grossos volumes da edição original da obra de Miguel de Cervantes e, numa linguagem moderna e fluída, tornaram-a mais acessível aos leitores de nosso tempo. As novas ilustrações constituírão naturalmente um deleite para os leitores. Enfim, Dom Quixote, sempre...
A história descreve um ingénuo senhor rural cujo passatempo favorito era a leitura de livros de cavalaria. Na sua obsessão, acreditava literalmente nas aventuras escritas e decide tornar-se cavaleiro andante. Suas viagens sucedem-se sob a alucinação de que estava vivendo na era da cavalaria. Pessoas que encontrava nas estradas pareciam-lhe como cavaleiros em armas, damas em apuros, gigantes e monstros e, até moinhos de vento, na sua imaginação eram seres vivos. Combatendo as injustiças do humano, o personagem enfrenta situações penosas e ridículas, mantendo, porém, uma figura nobremente patética. No fim, Dom Quixote volta à razão, renuncia aos romances de cavalaria e morre como piedoso cristão.
A propósito, os leitores-escritores da Usina sabem quem é o mais recente Dom Quixote hodierno? Já aqui me relacionaram com o ridículo cavaleiro o que, em face de Bush e quejandos, me deixou felizardo de lisonjeio.
Torre da Guia
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