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Ensaios-->24. PROBLEMAS E SOLUÇÕES — VI -- 06/08/2003 - 08:09 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
26. Como reconhecer quando o servidor está pronto para o serviço?


Não há como definir condição precípua para o trabalho. Sempre que houver serviço, que se prontifique o interessado. Se estiver em condições, receberá as incumbências. Não é assim que ocorre entre os encarnados? Sempre que se precisa da ajuda de alguém, coloca-se o aprendiz sob a orientação dos mais experimentados, que saberão dosar a carga de trabalho mais adequada para o ajudante. Do mesmo modo, sabem agir os espíritos: de início, a responsabilidade estará ao nível do desempenho do recém-admitido junto às mesas. Gradualmente, diante da “performance” e do interesse do novo companheiro, irá recebendo incumbências cada vez mais significativas e importantes, até que se veja integrado inteiramente ao grupo.

O que não pode ocorrer é a ânsia de conseguir de imediato o mesmo nível de comunicações e de desempenho dos mais antigos. Com certeza, médiuns existem que, num repente, aparentemente ex-abrupto, passam a trabalhar com tal intensidade, como se foram verdadeiros veteranos. Nestes casos, o que geralmente ocorre é que a pessoa vinha sendo adestrada para o mediunato através da intuição, da percepção internada dos comandos espirituais, de sorte que se habituou à magnetização, mesmo inconscientemente, tendo adquirido a capacidade de sintonizar os irmãos da espiritualidade nas mesmas faixas de freqüência de ondas, permitindo que a imantação se desse pela vibração harmoniosa dos orientadores. Eram médiuns educados, só que não sabiam.

Há, ainda mais raramente, médiuns natos, aqueles que se internam na matéria com a missão de desenvolverem trabalhos nessa área. São indivíduos que, além da preparação anterior ao encarne, recebem todo tipo de informação durante o sono, por intermédio de contactos diretamente realizados, ou seja, de espírito para espírito.

Por último, devemos acrescentar que certos trabalhadores, muito desejosos de participar das mesas socorristas e de evangelização, não têm o menor pendão para as tarefas da mediunidade, mas, dado o esforço, a luta denodada e leal, conseguem influenciação mediúnica de bom quilate, amparados que são especialissimamente pelos guias e demais mentores dos centros espíritas. São estes os que apresentam maiores dificuldades iniciais e que, certamente, ensejaram a oportunidade da presente questão.

Tudo que se faz por amor ao Cristo e em seu nome receberá total apoio dos espíritos de luz. É por isso que a nossa conclamação se faz universal, pois sabemos que todos têm condição de receber a divina dádiva de servir ao Senhor.



27. Ao atingir determinada idade provecta, deve o médium afastar-se dos trabalhos junto às mesas, pelo temor da falência física, ou deverá prosseguir indefinidamente a servir até que se dê o desencarne ou que alguma doença impeditiva o aconselhe a não continuar?


Cada caso é um caso. A pessoa saberá definir com exatidão o momento de suspender a participação definitivamente. Os guias, por sua vez, dada a intimidade criada pelos anos a fio de convivência, darão ao amigo todas as indicações de que o momento é chegado de “dependurar as chuteiras”.

No entanto, é bom deixar bem claro que esse momento será retardado o mais possível, pois a missão do mediunismo é das mais expressivas de que pode o ser encarnado estar investido. Se algum dos caríssimos leitores estivesse esperando resposta no sentido de obter aposentadoria compulsória, lamentamos desapontá-lo.

No caso da doença, é preciso esclarecer que não existem moléstias capazes de interromper o fluxo medianímico; o que ocorre é que, por exemplo, médiuns psicofônicos perdem a voz, psicógrafos se vêem impedidos de escrever e assim por diante. Nessas situações, as comunicações mudarão de aspecto e é bem possível ao psicógrafo se tornar psicofônico e vice-versa. Mas não será fácil superar os desgastes psicológicos de que tais doenças se fazem acompanhar, sendo raros os casos em que se consegue vencer a fadiga emocional, principalmente diante da desesperança ao se ver tolhida a principal faculdade de que se estava galardoado. Nessas circunstâncias é que tem de valer todo o aprendizado moral e toda a experiência de vida do enfermo, para que aceite pacificamente a diminuição ou substituição de sua contribuição para o socorrismo fraterno.

O que há de mais belo nas realizações do amor ao semelhante é tornar-se o assistente assistido, em carinhosa compreensão do ato de servir transformado em humildade e respeito pela soberana vontade do Senhor. Se todos formos dotados de tão sublime lucidez, estaremos aptos a trilhar em harmonia os caminhos da ascensão para a eterna ventura.



28. Em que sentido se devem encaminhar os pedidos das pessoas que se socorrem das comunicações para resolver problemas: devem-se evocar os espíritos de parentes ou de conhecidos para que esclareçam dúvidas e ditem diretrizes de comportamento, ou basta recorrer-se aos guias e mentores da casa, que darão orientações de caráter geral?


Nem uma coisa nem outra. Caberá aos espíritos e só a eles nortear o teor das mensagens a serem enviadas aos interessados. É preciso resguardar-se a mesa socorrista das curiosidades, dos pedidos impertinentes de cunho meramente material, da solicitação de respostas que envolvam situações delicadas com relação a terceiros, enfim, de qualquer assalto à benemerência e ao amor verdadeiramente cristão.

A resposta está completa, no entanto, temos que fazer referência ao fato conhecido das notícias pessoais, em que os parentes comparecem para informar da presente situação, bem como dos progressos que estão adquirindo no etéreo. Tais mensagens têm o condão de tranqüilizar os infelizes e ansiados encarnados, mas também objetivam ditar parâmetros de comportamento, quer através de advertências sérias para os que se enovelaram em atitudes de afronta às divinas leis, quer elucidando pontos da doutrina capazes de estabelecer padrões de procedimento emotivo e ético, no intuito de se encaminharem os amigos encarnados à consecução de seus esquecidos objetivos de vida.

Tais comunicações, no entanto, só se permitem após minucioso exame das conseqüências e no intuito mais elevado de se configurar para todos a necessidade de pautarem suas atitudes segundo o proceder moral evangélico. São anotações do campo espiritual reveladoras da realidade, que visam a desencadear naqueles que delas tomarem conhecimento atitude de respeito e de consideração pela doutrina espírita, despertando a suspeição de que devam deitar olhos mais argutos às realizações de suas vidas, por um lado, e, por outro, revelando-lhes de maneira coercitiva, pelo argumento da evidência, que a individualidade do encarnado subsiste integralmente no plano espiritual, onde deverá prosseguir na caminhada rumo à felicidade eterna.

Sabemos que muitos se frustram diante da falência dos pedidos, pois desejariam ver confirmadas as verdades do espiritualismo através de razões endereçadas somente para si. Talvez, em seus casos, os guias tenham achado que o meio da revelação não devesse ser aquele, por razões das mais variadas e de seu conhecimento. Nesse caso, é preciso enfrentar a frustração e confiar em que haverá oportunidade mais tarde, nesta encarnação ou no plano da espiritualidade, para se conhecerem efetivamente as respostas solicitadas, inclusive as causas que lhes impediram o desvelamento.

Para tudo há que se ter fé na misericórdia divina e confiança na justiça universal. Nunca acoimar seu vizinho de privilegiado por ter conseguido resposta pessoal; antes, orar para o que de melhor tenha ocorrido a ele e a si mesmo, quaisquer tenham sido as manifestações e mensagens do além.



29. Quaisquer sejam os objetivos de vida da pessoa, pode ela obter progresso junto ao socorrismo fraterno?


Claro que sim! A voz de Jesus deve ser ouvida sempre: FAZEI AO PRÓXIMO PARA QUE POSSAIS FAZER A MIM; QUEM O FIZER A MIM, ENCONTRARÁ REFÚGIO NUMA DAS MORADAS DO PAI. Evidentemente, as palavras do Cristo não foram exatamente estas mas, reverentemente, as estamos interpretando para fazer sentir o pensamento augusto e nobre.

Serenamente, todo cristão digno desse nome irá ascendendo na escala evolutiva através dos méritos das obras. Isto quer significar que, qualquer seja o objetivo do atual encarne, é pelas obras que será medido. Como a assistência aos enfermos, aos desnutridos, aos ignorantes, aos desafortunados da matéria e do espírito enfim, é o objeto do socorrismo fraterno praticado nos centros espíritas, nada mais justo do que integrar-se a essas equipes de benemerência para prosseguir crescendo rumo ao reino de Deus.

Não queremos, contudo, deixar passar esta oportunidade para ressaltar que nem a só participação nem o trabalho diuturno são portadores de méritos em si. É preciso, no socorrismo, que haja integral colaboração, quer na intenção de ajudar, quer na compreensão da necessidade própria e do próximo, e isenção de qualquer resquício interesseiro do fazer para obter favores ou vantagens. O ato de ajudar ao necessitado deve ser puro, deve ser moralmente elevado, honesto e leal. Não façamos dessa oportunidade de engrandecimento fator de demonstração das debilidades e fraquezas. Saibamos contornar possíveis desajustes morais, construamos a personalidade baseando-nos em contínua e sagaz observação de nós mesmos, que essa atividade da benemerência nos dará de sobra motivos para a percepção de nossa real natureza. Cientes do que somos, saberemos aplicar os corretivos morais que nos conduzirão à perfeição.



30. Não é verdade que, se raciocinarmos muito a respeito de cada ato, acabaremos agindo só através da frigidez do raciocínio lógico, abolindo de vez a emoção e os sentimentos? Por que essa insistência em que todas as atitudes devam sofrer análise percuciente e crítica severa? Não basta agir com o coração e com a intuição?


Certamente, a questão se deixou formular em perspectiva alheia à nossa real recomendação. São os atos humanos todos factíveis de análise, uma vez que, tendo sido realizados e surtido seus efeitos, se tornam passado, sendo facilmente desveláveis pela mente humana quanto às causas, efeitos e circunstâncias. São episódios da história. Como é da razão humana admitir que a história se repete, nada mais justo do que verificar se o que aconteceu se coaduna com os princípios evangélicos. Se sim, servirá para basear as futuras atitudes diante da mesma situação; se não, será banido da esfera do procedimento, rejeitado por conter aspectos que denegririam a pessoa, trazendo remorsos e arrependimentos. No entanto, embora tenhamos feito passar pelo crivo do raciocínio toda e qualquer atitude, nada impede que ajamos, por força da vontade, sob o domínio da mais enternecida emoção. Não é porque estejamos suturando as feridas a algum atropelado, segundo a experiência formada pelo estudo minucioso dos tecidos orgânicos e dos petrechos cirúrgicos, que não nos bata o coração confrangido diante da dor que perpassa o tecido nervoso do paciente, fazendo-o sofrer.

Realizemos o bem com emoção mas conscientes de que tudo se dê segundo o que de melhor se pode oferecer. Dia virá em que a compreensão dos méritos saberá justificar todas as causas que levaram a merecê-los, racionalmente, segundo a lógica mais fria e objetiva; no entanto, não seremos capazes de conter as lágrimas da emoção mais pura ao percebermos que estamos viajando para o além, na companhia suave e doce de Jesus.

Confranja-se o coração sob borbotões de sentimentos e elevem-se os pensamentos na mais perfeita harmonia com a Razão Cósmica que realiza o universo: eis a nossa vitória final sobre os transes deste momento existencial. A partir daí, estaremos ao influxo de outra realidade e de outra essencialidade existencial. Não queiramos, portanto, desfavorecer-nos desestimulando a razão para predominância da emoção, nem esta para o sobrelevar daquela. Que haja equilíbrio interior para conseguirmos ser perfeitos neste capítulo da peregrinação para o Alto.

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