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Ensaios-->Ensaio sobre a história do Brasil civilizado... -- 01/08/2003 - 10:51 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Pelo mar das letras entre verdades e tretas...

Da versão histórica oficial consta que o Brasil foi abordado em 1500 por navegadores portugueses.

A Pedro Álvares Cabral foi atribuído o comando supremo de uma armada de treze navios que se lançaram sobre o Atlântico com destino à Índia, a fim de, a demanda do rei lusitano, lá se implantar pela força a soberania portuguesa.

 Cabral partiu de Lisboa a 9 de Março. Treze dias depois ancorou na ilha cabo-verdiana de São Nicolau para se abastecer de água, dado que se seguiria um longo percurso sem possibilidade de qualquer abastecimento. No entanto, para se afastar das tremendas tempestades no Golfo da Guiné, rumou para Sudoeste, desviando-se assim da rota anteriormente cumprida por Vasco da Gama.

No dia 21 de Abril os portugueses começaram a avistar indícios que lhes sugeria a proximidade de terra, tal como algas compridas e, um pouco mais adiante entre o tombar da noite, bandos de aves marinhas. No dia 22 o gajeiro anunciou o triunfante 'terra-à-vista'.

Por este surpreendente imprevisto chegaram os portugueses nas ondas do mero acaso ao Brasil, após 44 dias em rota cega. Terá sido possível?... Foi deveras assim?...

Como o objectivo da viagem era em princípio estabelecer energicamente o poder na Índia, foi a propósito escolhido para assumir o comando dos treze navios Pedro Álvares Cabral, que não era um experiente e bem conceituado navegador, mas sim um homem dotado de rijas qualidades militares e um subtil diplomata, fidalgo e meritório membro da nobreza portuguesa que à época contava cerca de 32 anos.

Desta armada faziam também parte outros conhecidos e nobres navegadores, como por exemplo Bartolomeu Dias, que lograra passar o Cabo da Boa Esperança, Diogo Dias e Nicolau Coelho, experimentadíssimos marinheiros.

Como diacho pois a bizarra ideia do achamento por parte da opinião brasileira se sobrepõe ao mérito do descobrimento entendido pelos portugueses? Donde raio advirá este diminuítivo conceito que tão só rebaixa e vulgariza uma e outra bandeira?

Não será de admitir que por prevenção estratégica, à saída de Portugal, se tenha feito propositadamente propalar que a esquadra se dirigia e tinha como destino a Índia?

As dúvidas todavia mantêm-se e polemizam a verdade histórica, já que a dita descoberta do Brasil coloca duas questões: foi devras Pedro Álvares Cabral quem descobriu o Brasil pela primeira vez? O afastamento da rota inicialmente prevista terá sido ocasional ou intencional?

A célebre Carta de Pêro Vaz de Caminha a El-Rei D.Manuel I sobre o achamento do Brasil não dá respostas a tais interrogações, uma vez que se limita a relatar e a descrever os povos que então habitavam o Brasil.

Existem ainda várias versões que contestam o facto de terem sido os portugueses os primeiros a descobrir o Brasil. Por outra via há quem defenda que os portugueses já lá tinham estado alguns anos antes em segredo, mas faltam provas documentais dessa hipotética expedição. Esta tese defende que houve uma expressa e sigilosa recomendação de D. Manuel, compreensível devido ao Tratado de Tordesilhas.

Por outro lado, a historiografia portuguesa vem demostrando que a carta de Pêro Vaz de Caminha não é fonte histórica fidedigna e que era desnecessário navegar tanto a sudoeste para seguir para o Cabo da Boa Esperança, num afastamento que as correntes e ventos não justificariam.

Credo... Credo... Credo... Três vezes. Os espanhóis, por contraditório exemplo, com quem os portugueses andaram de dente ferrado alguns séculos, consideram melhor e a ponto bem mais honroso a audácia do mérito português ao longo da história.

Afinal o que é que está mal na propagandeada condição de 'povo-irmão'? Queira-se ou não, esta badalada treta, sim, está de todo e explicitamente errada. Roça o anedótico como é que um pai pode ser irmão do filho... Enfim, adiante se raciocinará mais claro logo que aborde a sequência dos tempos...

Custa bastante engolir
Em cristã civilização
Que um filho possa trair
Sua própria condição !...
 

Custa?!... Oh se custa... Dói pegado, independentemente do óbvio e tão nefasto prejuízo familiar. Ao cabo e ao resto, como única verdade em incontornável latência, sobe o desabafo humano: coitados dos índios!

Torre da Guia

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