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Ensaios-->24. PROBLEMAS E SOLUÇÕES — I -- 01/08/2003 - 06:47 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
1. Todas as pessoas consideradas carentes devem receber a mesma espécie de ajuda?


De certo, todas as pessoas devem ser ajudadas. Mas não se pode tratar igualmente de problemas diferentes. Para cada pessoa devem ser tomadas providências particularizadas, de sorte que se supram suas reais necessidades. A melhor forma de se promover o auxílio é dando a cada um a possibilidade de se educar, de modo que os problemas possam vir a ser resolvidos por esforço próprio. Assim, se a necessidade for de dinheiro para a compra do indispensável, que a primeira ajuda seja em espécie, de forma a se superar a situação de penúria inicial. No entanto, em seguida, devem-se conhecer as habilidades do assistido para propiciar-lhe condições de enfrentar emprego que lhe possa prover do necessário.

Evidentemente, tal circunstância é extremamente simples e qualquer pessoa pode compreender o alcance das palavras. No entanto, o que impedia a essa determinada pessoa de ter enfrentado e superado a sua condição atual é que deve estar na preocupação do socorrista. Essa será a real ajuda que propiciará ao irmão na dor. Deste modo, basicamente, a nossa resposta conterá princípio de ordem geral bastante conhecido: eliminando-se as causas, ter-se-ão sanados os efeitos.



2. Eticamente, é o socorrismo atividade que mereça apoio integral das forças espirituais, diante da lei do livre-arbítrio, tendo em vista que pessoas existem que passam por provações cármicas a pedido? Não estaria, nesse caso, o socorrismo penetrando em seara alheia, prejudicando a realização de vida voltada para o resgate, mediante a privação dos bens materiais?


Certamente, as considerações de caráter filosófico devem ter tomado a atenção dos aluninhos durante os debates de preparação do corpo assistencial.

Diante do livre-arbítrio se desfazem todas as tentativas de interferência na vida privada, mesmo que seja a só interrogação que acima se assinala ou ainda a resposta que está em desenvolvimento. Evidentemente, todos os irmãos em vias de atender ao ministério de amor terão acordado em que se devam respeitar os princípios existenciais declarados por quantos venham a ser objeto de suas preocupações. Assim, se alguém se recusar a aceitar qualquer ajuda material ou espiritual, deve ser atendido, na justa medida em que não esteja, de qualquer forma, praticando suicídio. É de conhecimento corrente o ditado segundo o qual “o pior cego é aquele que não quer ver”. Sendo assim, diante da incomensurabilidade da divina luz contida nos ensinamentos do Mestre, é bem possível que, equivocadamente, esteja o irmão incidindo em erro ao recusar-se o benefício de amor trazido pelos socorristas.

Quem poderá, em sã consciência, afirmar que a presença destes não esteja a significar que a provação terminou? Não é assim que agem os espíritos de luz em relação aos irmãos que jazem nas trevas mais profundas do báratro?! Um belo dia, sem prévia advertência, chegam os amigos da espiritualidade superior e resgatam aquele sofredor das penas, elevando-o para paragens mais seguras e tranqüilas, onde, diminuídos os sofrimentos, podem aspirar a encontrar o verdadeiro caminho na busca da redenção. Usando deste argumento, é justo, pois, socorrer a quantos se vejam diante do precipício voraz das viciações, principalmente se ensejados lhes forem os recursos da clarividência de sua destinação, se recalcitrarem na senda do mal.

Se, por outro lado, as pessoas que nos parecem necessitadas de ajuda estão deveras cumprindo a lei do resgate pelo sacrifício e têm consciência disso, sendo, portanto, pessoas de bem, é fácil perceber-se que, embora assistidas e aliviadas, saberão prosseguir no caminho ascensional, sem que a interferência socorrista possa representar qualquer obstáculo.

Em suma, em hipótese alguma o socorrismo poderá oferecer qualquer tipo de percalço à consecução dos ideais maiores da vida na face da Terra, ou o Cristo ter-se-ia equivocado, o que não nos parece, diante da filosofia do evolucionismo universal, ser coerente. Vamos, pois, trabalhar com honestidade e com afinco, no sentido de concretizar os mandamentos maiores: AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AO PRÓXIMO COMO JESUS NOS AMOU.



3. Que fazer em caso de dissidência de algum participante, contrariado com decisões do grupo?


Deixá-lo ir. Dia virá em que a verdade se aclarará para ele, mesmo que possa ter razão sobre o grupo. Nesse instante, sentir-se-á devedor e regressará mais humilde, diante da falência anterior.

Quanto ao grupo, analisar seriamente e com propriedade o que determinou a saída do companheiro. Talvez possa ter sido alguma palavra mal endereçada, alguma atitude menos feliz. Certamente, contudo, a causa primeira não se vá encontrar senão dentre os problemas que afetavam o companheiro. Se se chegar à conclusão real e objetiva do que causou o cisma, se ficar de todo evidenciada a razão do afastamento, então não haverá por que não voltar a contatar o companheiro ausente, esforçando-se o emissário do grupo, em primeiro lugar, por debelar o efeito através da demonstração da causa e, em segundo lugar, por deixar bem patenteado o desejo da equipe de ver o parceiro reintegrado às tarefas socorristas.

Se tudo se fizer com muito amor, conseguir-se-á suplantar qualquer tipo de ressentimento. Para isso, que se evoquem as lições de Jesus, especialmente a que determina a todos nós o congraçamento em torno dos ideais evangélicos, através do perdão, do amor aos semelhantes e da necessidade imperiosa de se sublimarem as ofensas e os desgostos.



4. Se algum companheiro costuma atrasar-se para os encontros do socorrismo ativo junto às entidades assistidas, que atitude deve o grupo tomar?


O cumprimento do dever exige de cada membro compromissos de que dependem todos os outros. Sendo assim, adquire o grupo certa autoridade sobre cada um dos membros, a qual avulta sobremodo quando se trata de tarefas acordadas, principalmente junto ao departamento de assistência social. Desse modo, em nome do trabalho e da caridade, deve, com todo o respeito e carinho, ser chamada a atenção do companheiro faltoso, no sentido de se ver ele na situação de renovar os compromissos.

Na reincidência, evidentemente, deverá ser afastado do grupo, em relação a tal tipo de tarefas, mas não deverá ser abandonado à própria sorte, talvez até à mercê de condições infelizes, desafortunadas e sob o jugo ainda de espíritos obsessores. Para esse irmão deve ser dedicada atenção mui especial e, se estiver disposto, que se coloquem os seus problemas em reunião privada do grupo, para que sofram a análise dos companheiros, de maneira que lhes sejam oferecidas soluções possíveis.

Não vamos deixar ao desamparo aquele que muito colaborou com a equipe.



5. Quem estará mais apto a coordenar os trabalhos do grupo: o que melhor se expressa verbalmente ou aquele que se dedica com mais afinco ao trabalho?


Tal perquirição, a nosso ver, não cabe. A coordenação do trabalho deve nascer das aptidões que cada qual tem para a liderança. Não há um fator isolado que propicie aos indivíduos qualidades de comando. Por outro lado, pessoas maravilhosamente dotadas para a realização de obras em muitos setores da atividade humana se sentem bem quando participam dos grupos como meros colaboradores.

Assim, não deve o grupo eleger coordenadores ou chefes. Naturalmente, em cada fase ou seção do trabalho, surgirá aquele que está mais propenso à coordenação, ao comando. Esta atitude de não forçar o aparecimento dos líderes será útil para revelar tendências inatas desconhecidas das próprias pessoas.

O que é realmente importante é acatar as determinações daqueles a quem coube a organização dos trabalhos, pois, certamente, será o que mais profundamente conhece os problemas a serem enfrentados.

Se tudo se fizer em harmonia e paz, não importará quem obedece e quem chefia.

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