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Ensaios-->21. DESOBSESSÃO -- 29/07/2003 - 11:10 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
I

Rogar pela participação dos bons espíritos nos trabalhos mediúnicos é sempre necessário. Do mesmo modo, junto aos encarnados também se deve cuidar para que pessoas caridosas compartilhem desses momentos de contacto com nosso plano. Tudo isso visa a equilibrar o ambiente, através da presença das vibrações positivas que tendem a contrabalançar a influência negativa e deletéria de forças tendentes a contrariar que o bem se realize. Assim, é justo, muitas vezes, afastar das sessões de desobsessão certos indivíduos muito contaminados de maldade, para não sobrecarregarem o ambiente de fluidos interferentes na boa realização dos trabalhos.

É certo que tais pessoas carregam consigo muitas entidades perniciosas, prontas a perturbar qualquer intenção de benignidade. Mas não devem ser simplesmente afastadas dos trabalhos; antes, devem merecer sessões especialíssimas em que seja tratado só o seu caso de modo particular e abrangente. Sabemos que tais precauções e cuidados estão sendo atendidos junto às instituições espiritistas, mas, se estamos fazendo referência ao fato, é porque se tem de prevenir quanto às situações de possíveis desassossegos e frustrações.

Ainda há pouco, presenciamos desagradável cena junto a centro socorrista, onde, por descuido do orientador, se encontravam várias pessoas desconhecidas no momento dos trabalhos de desobsessão. Uma dessas pessoas era possuidora de potencial altamente desenvolvido de magnetização e incorporação, embora tal manancial mediúnico estivesse por educar-se. Conseqüência: pôs-se o médium desavisado a freneticamente se debater, impulsionado por fortes jatos magnéticos desencadeados pela fraternidade obsessora, de sorte que impedida foi a sessão, ficando todos com a impressão de fragilidade dos espíritos guardiães e doutrinadores. Na verdade, o que não se pôde circunscrever foi o arbítrio do encarnado, que, inexperiente, não soube controlar as reações ao incentivo espiritual. Por felicidade, estava presente no prédio um dos mais antigos membros do centro, que pôde vir em socorro do magnetizado, tendo de obrar em exorcismo para afastar, sem que se pudesse auxiliar, a legião de intrusos.

Por outro lado, há sessões em que não comparecem senão espíritos medianamente necessitados. Diante da facilidade do contacto e da manifestação, muitos ficam apreensivos de estar sendo burlados. É preciso, quanto a isto, precatar-se para não forçar a mão e ocorrer alguma manifestação animista, tão a gosto de certos médiuns excessivamente calorosos em retransmitir as notícias do etéreo. Não é por serem os espíritos presentes conhecedores até de suas dificuldades, que não tenham necessidade de ajuda e de orientação. É tão válida a reunião com tais espíritos como a em que os espíritos tangenciados estejam no extremo da penúria moral.



Exercícios

Estes pequenos avisos servem para introduzir o tema da desobsessão junto aos aluninhos que teimam em perlustrar os ensinamentos que vamos derramando por estas páginas.

Como encara você o problema da desobsessão? Trata-se de ato de auxílio fraterno necessário, ou deveriam os desencarnados cuidar de seus semelhantes, restando para os encarnados os trabalhos relativos a seus pares? Acha você que a só presença dos médiuns incorporadores seja suficiente para auxiliar na doutrinação dos sofredores pelos espíritos do nosso plano, ou existe total necessidade da participação de orientador encarnado, para encaminhar o sofredor à resolução dos problemas? Tal orientador sofre também a influência dos espíritos guardiães ao conversar com o obsidiado ou com o obsessor, sendo, ele mesmo, um orientado, ou se reservam os orientadores espirituais a manifestar sua presença diretamente junto ao assistido?

Que pensa a respeito de todo este procedimento altamente cuidadoso da parte destes amigos que estão a solicitar-lhe a atenção? Poderia ser bem específico com relação à sua opinião, de molde a proporcionar aos companheiros verdadeira preleção a respeito das sessões de desobsessão? Que experiência tem nesse campo da atividade mediúnica? Poderia, diante dessa experiência, expor alguma solução própria, diferente da que se propõe n O Livro dos Espíritos? Ousaria? Por quê?



II

Em conexão com o tema básico desta aula, vamos referir-nos a problema paralelo muito comum na mente dos doutrinadores: a validade da própria atuação.

É freqüente encontrarmos médiuns que trabalham na desobsessão reclamando de não terem obtido sucesso, ao verificarem que sua atuação não permitiu qualquer avanço moral da parte dos assistidos. Indo mais além, não são poucos os que chegam mesmo a reclamar por carrearem para suas vidas alguns espíritos conturbados, que se utilizam da boa vontade do encarnado para exigirem ainda maior assistência.

É bem verdade que ocorrem muitos casos de nenhum proveito para o socorrido e que médiuns se vejam obsidiados por espíritos agressores e, muitas vezes, malignos. No primeiro caso, a dificuldade poderá estar no ato da invocação, quando o espírito designado para os trabalhos não se sente suficientemente coagido a participar. Este é problema do conjunto dos encarnados que não devem ter satisfeito alguns dos princípios da imantação. Neste caso, é preciso reunir-se o grupo e discutir a situação, expondo cada membro as tribulações por que passou nas últimas horas, para que se possa verificar a real causa dos problemas.

Quanto ao médium transportar consigo sofredores que nenhum laço anterior os prendia, trata-se de alguma deficiência do médium, que não está propiciando aos guias e protetores condições de “desamarrar” o obsessor de sua pessoa. Neste caso, o remédio será afastar-se desse tipo de trabalho por algum tempo, estabelecendo contacto de estudo da situação com os companheiros, ao mesmo tempo que deve aguardar orientação dos guias nas sessões de estudo. Rigoroso exame de consciência e preces contritas devem intermediar as atividades, de sorte que possa o problema ser definitivamente extirpado.

É comum, inadvertidamente, acusar-se o grupo de trabalho ou o centro espírita de incúria diante de tais circunstâncias. Seria, se não se desse atenção aos problemas, quando da informação dos que se sentem prejudicados em seu trabalho socorrista. Mas, uma vez delatado o fato e tomadas todas as medidas de precaução preconizadas nas obras de fundamento da doutrina, certamente terá o grupo feito o possível para auxiliar o irmão em dificuldade a suplantar esse mau instante.

Por outro lado, se a pessoa for capaz de lucidamente compreender as razões que a levaram a tal situação, não terá por que não voltar às lides evangélicas, com renovado vigor e determinação. Poderá mesmo estar em condições de ter de agradecer o transe por que passou, pois, freqüentemente, ocorre que se sai bem mais forte e mais consciente dos méritos da própria atuação e do valor do trabalho.



Como exercício complementar, poderemos sugerir aos amigos que relatem casos próprios ou de seu conhecimento em que centros espíritas ou médiuns tenham passado por dramas dessa espécie e tenham conseguido superá-los.

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