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Ensaios-->19. PREPARANDO A PREGAÇÃO -- 27/07/2003 - 09:00 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Quando uma criança sapateia teimosa, não permitindo que se lhe faça algo que certamente seria de seu proveito, mas cuja utilidade ignora completamente, assemelha-se à atitude inconseqüente de certas pessoas que não se deixam sequer aproximar das idéias do espiritismo redentor da terceira revelação. São, em geral, pessoas ainda muito infantis do ponto de vista intelectual, principalmente naquilo que a inteligência tem ligado ao campo emotivo. São pessoas que não raciocinam logicamente, embora o aparato mental possa ser de primeira categoria. É que se deixam envolver por sentimentos de medo de se ferirem princípios anteriormente admitidos, relativos a alguma fé ou crença religiosa. Sentem verdadeiro pavor de ter de abandonar aquilo que lhes parece inteiramente seguro e sapateiam indefinidamente, negando qualquer possibilidade de virem a atender ao chamamento crístico do espiritismo.

Tais pessoas, se plenamente conscientes das pregações de seus credos religiosos, deverão constituir-se em excelentes prosélitos da fé, de sorte que seu aparato moral deve ser extraordinariamente vigoroso e capaz de soerguê-las aos píncaros da luminosidade possível ao encarnado. Se assim realmente suceder, não vale a pena insistir com ela, uma vez que bastará aguardar o desenlace da vida, para que de toda a verdade se inteire que teimava em não querer ver em vida.

Antes, é preciso que os aluninhos do socorrismo fraterno se dediquem a demonstrar o equilíbrio da doutrina espírita a pessoas não totalmente cientes dos deveres para com o próximo. Estas pessoas têm o mesmo nível de dificuldade, quanto ao convencimento, que as acima mencionadas, sendo que aspectos existem ainda mais penosos de serem superados, dado o apego que têm a valores materiais totalmente contrários ao sistema de vida evangélico propugnado pelos estatutos morais do espiritismo kardecista.

Na ânsia, entretanto, de captar mais elementos para as lides cristãs dos centros, os neófitos da doutrina soem esbarrar com resistências de toda espécie, esquecidos de que as pessoas têm seus cabedais de inteligência, contra os quais se debater pode vir a ser inteiramente improfícuo, quando não contraproducente. Se, de um lado, aguardar a aproximação das pessoas não é conveniente para elas próprias, afoitamente investir-se para sua conversão pode não ser a melhor forma de conseguir-lhe a adesão.

É preciso, pois, organizar modos de atraimento de quantos possam vir a receber os ensinamentos que nos empolgam e que embasam a nossa maneira de encarar a vida e a existência.

São muitos os meios de propiciar a aproximação física das pessoas e são do conhecimento de aluninhos. A nós nos cabe enfatizar que nunca se deve, por exemplo, programar festa, sem que do roteiro não constem os momentos em que se falará a respeito da doutrina, para que os convidados não se sintam traídos em sua boa-fé. Tudo, portanto, deve rigorosamente ser feito às claras, sem qualquer vestígio de hipocrisia ou malícia, pois o interesse deverá ser aquele mesmo que demonstramos nós, no momento da primeira aproximação.

Graças a Deus que os confrades mais experientes têm muito discernimento e agem, no campo do contacto com pessoas não iniciadas, com o máximo de fé em que sejam inspiradas pelos protetores, para darem ouvido às palavras de estímulo ao estudo e à fraternidade caritativa.



Exercícios

Vamos rogar aos alunos que se detenham na apreciação do texto-base. Vamos propor-lhes que indiquem todas as formas que conhecem para se estabelecer o primeiro contacto com as pessoas passíveis de virem a integrar o grupo. Que preparação se espera de cada um no dia desse primeiro encontro? Que reações possíveis podem ser antecipadamente descritas e esperadas? Que fazer para que não haja interferências dos planos não interessados no sucesso da evangelização, quer do ponto de vista dos encarnados, quer dos espíritos guardiães? Que dizer nesse primeiro encontro? Que perguntas esperar em resposta? Quais os pontos da doutrina mais favoráveis para que se obtenha o êxito esperado? Como diversificar a palestra, de sorte a atingir o maior número de pessoas?

Gostaríamos, se fosse possível, que fosse armada toda uma unidade de trabalho como simulacro dessa primeira reunião, onde cada membro do grupo exercesse um papel, de sorte que se pudessem prever as reações negativas ou “de pé atrás”, segundo a rígida contextura psicológica de cada um.

Gostaríamos, também, que os grupos pudessem simular avaliação em que da reunião nenhum proveito tivesse sido tirado, constituindo-se mesmo em completo fracasso. Como enfrentar o insucesso? Que providências deverão ser tomadas para que não se repita? Como abordar de novo as pessoas que não se deixaram convencer da primeira vez? Que outros artifícios santos poderão ser utilizados?



Esta “aula” é extremamente perigosa, no sentido de propiciar elementos conturbativos para quem esteja mal intencionado. Por isso, a preparação para sua aplicação deve ser cuidadosa, com base em leituras de diversos trechos das obras básicas e das orações mais condizentes com a necessidade de muita luz e compreensão dos deveres de todo cristão, ao mesmo tempo que se deve se devem solicitar dos guias inspirações próprias, para que se estimulem as virtudes da humildade, da bondade e da caridade. Por ocasião do enfeixamento da unidade, novamente devem repetir-se os procedimentos da abertura, acrescentando-se, é claro, as preces de agradecimento e de fortalecimento da vontade para quem for participar dos trabalhos efetivos para os quais foram preparados convenientemente.

Ao sair para a realização das tarefas, novamente as preces devem ser compungidas e as rogativas elevadas, para que se afugentem quaisquer resquícios de vaidade, de superioridade ou de despeito. A naturalidade do contacto deve ser tal como se nada tivesse sido preparado, e a lisura do procedimento deve ser o apanágio com que se devem apresentar os irmãos socorristas.

Todas estas recomendações devem ser tidas como se nenhum conhecimento tivessem os amigos no trato de tema tão delicado, para o que lhes solicitamos que façam tábula rasa de toda a experiência que porventura possuam neste campo.



De nossa parte, só nos resta felicitar os irmãos recém-iniciados no campo da pregação da doutrina e desejar-lhes a suprema ventura de verem o trabalho coroado de êxito.

Salve Jesus Cristo, nosso mestre e nosso irmão!

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