Todo dia acordo à s seis e quinze, enrolo até à s seis e vinte e cinco, levanto, tomo café, uma variação de salada de frutas, suco, café com leite, beiju, cuscus e sanduíche. Depois bebo um copo d´água e dou uma cagada lendo alguma revista. Bato uma punheta, faço a barba e tomo um banho. Me visto, uso limão como substituto à loção após barba e ao desodorante, pego minhas coisas, celular, pasta, e, eventualmente, um cd. E saio de casa por volta das sete e trinta da manhã.
Vou sempre pelo mesmo caminho e chego no trabalho à s oito. Tento bater o ponto antes da oito e cinco, para não ter que fazer hora-extra. Dou bom dia a quem está interessado, sento à minha mesa, retiro a agenda e guardo a pasta. Ligo o computador e aguardo carga. Acesso a internet e dou uma geral nas páginas de esporte, ultimamente, como o meu time de futebol está em baixa, tenho me interessado pelo tênis. Dou uma checada nos e-mails e, por volta das oito e cinquenta e cinco estou pronto para o trabalho.
Aí começam os problemas, já que minha rotina acabou e tenho que improvisar. Nunca fui muito bom em improvisos e o tempo demora a passar.
É assim que uma alma vai para o lixo. A rotina tira o ànimo e você vira um robó. Os pensamentos de fracasso rondam a sua cabeça e você passa a acreditar neles. E não é para menos, uma vida dessas é um desperdício de tempo. É jogar fora uma chance única. Ë a morte.
Por isso é preciso ser louco de vez em quando. Guardar uma reserva de energia para jogar em algo que valha a pena. A Escrita? Não sei. Na verdade acho que nunca se sabe ao certo e é bom não perder muito tempo se questionando. Que também é uma forma de rotina, e a mais cruel de todas elas, já que não ajuda nem a pagar as contas do mês e só leva a confusão mental
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