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Ensaios-->11. TRILOGIA -- 19/07/2003 - 08:03 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

I — PROLEGÔMENOS

Ansiava eu pelo momento da imantação. Não tinha bem certeza de que seria aceito para participar desta mesa tão útil quão necessária. Não fazia idéia sequer dos méritos precisos para tomar parte da programação da equipe, mas aprestei-me, mesmo assim, da melhor forma, fazendo o possível por apresentar-me depurado de certas infâmias que me calejaram o espírito e que me afastaram, durante muito tempo, dos trabalhos ativos de evangelização, obrigando-me a permanecer na área de estudos, até que pudesse ser admitido para trabalhos de pequena monta, mas importantes para meu levantamento moral. Eis-me aqui agora apto para oferecer o fruto de minha experiência de dor e sofrimento.

Quase sempre os encarnados rejeitam as oportunidades de soerguimento na presunção de que agem de conformidade com os atributos pessoais, quanto à inteligência, ao caráter, à moralidade. Essa afeição ao amor-próprio, ao egoísmo exacerbado, tem afastado do trabalho de benemerência muitas criaturas aptas a fazê-lo e até mesmo programadas para ele. No entanto, os naturais embates da vida mundana soem atrair as atenções para si muito além do que seria plausível e até mesmo necessário.

Sinto que esteja aflorando tema de profunda significação para quantos se atreveram a ler estas linhas, porquanto o grosso da população, a quem esta leitura poderia ser mais proveitosa, se jacta de sua ignorância, na pressuposição de que seu alheamento ao serviço do Senhor seja tido na conta de se ter mais necessidade de receber do que de dar. Esse mal é muito generalizado e se arraiga de modo inabalável na mente das criaturas que vicejam à sombra das poderosas injunções religiosas dos pastores.

Na crença de que a Deus se dará o poder do julgamento final sob o arbítrio de justiça fundamentada tão-só nos aspectos humanos das leis divinas, os homens se distanciam das verdadeiras tarefas que lhes foram designadas, iludindo-se e vilipendiando os reais destinos da humanidade. É preciso buscar os elementos constitutivos da verdadeira causa do aparecimento do ser humano sobre a face da Terra para justificarem-se as mudanças que ora estamos preconizando para o procedimento moral das criaturas. De que serviria viver, se a vida fosse contínuo acumular de bens materiais? Que objetivo teria o Criador, se estipulasse para as criaturas tão-só benefícios passageiros dos gozos mundanos? Será que o homem não tem outra destinação além, daquela meramente orgânica dentro do arcabouço de carne que o sustenta de pé sobre o orbe? Se se apegassem as criaturas às idéias acima expostas, poderiam verificar que suas atitudes, com certeza, não são mais condignas para elevarem-nos em direção da meta final, que é a integração no amor divino.

Sabemos que nosso discurso está eivado de lugares-comuns e que nossa exortação é a mais simples e a mais divulgada entre os mortais. Que fazer para impedir-nos de repetir sempre as mesmas falas? Se você duvidar das verdades nelas contidas, estará dentro dos limites que cercam os necessitados de ajuda. Se sabe que tais palavras contêm os princípios da salvação mas não cumpre os seus deveres cristãos, estará do mesmo modo fatalmente cingido pela mesma linha divisória. Se reconhece os termos e cumpre as obrigações, certamente se sentirá enfastiado com a peroração.

Vamos conduzir o pensamento para outro setor da operosidade humana. Vamos cotejar as realizações dos bons com as dos que se isolaram do poder de influenciação dos espíritos de luz. Enquanto os primeiros se especializaram em atender aos reclamos das necessidades dos irmãos sofredores, exaltando o princípio da humildade bem como o do humanitarismo, os últimos produzem apenas apetrechos materiais com que se enriquecem e atulham os celeiros de bugigangas e de mecanismos sem utilidade no campo da espiritualidade.

Sente-se você atingido pelas nossas palavras? Não deveria, pois que se atreveu a acompanhar-nos até aqui. Ninguém é tão ingênuo que acredite em que a simples leitura deste texto possa significar expressivamente procedimento de superior realização no campo da espiritualidade e das virtudes. Não se iluda que ninguém conseguirá enganar os juízes encarregados de vistoriar as consciências para deliberar a respeito de sua situação em face da verdade. Se você pensou, se vislumbrou a possibilidade de configurar-se como criatura de excelsas propriedades morais por ter chegado a este ponto da mensagem, surpreenda-se agora com a argumentação. Mas se está ainda em busca de lição de vida, de ensinamento que possa constituir-se em farol para seu futuro proceder, saiba que reconheceremos o aviso e que lhe indicaremos o caminho mais seguro para concretização do ideal de superação dos males que o atormentam: é a prece compungida aliada à firme determinação de mudar de conduta diante das tentações e das crises existenciais.

Vamos suspender o escrito, prometendo voltar à carga dentro em breve. Se nossas palavras se tornarem suspeitosas, não se esqueça de examinar bem atentamente o título que demos à dissertação: Prolegômenos. Examine o seu significado com muita atenção e busque, em cada parágrafo do texto, o fundamento desse princípio, de modo a coordenar as conclusões a respeito de nossas intenções.



Comentário

Esta “lição” merece explicação. Evidentemente, trata-se de mais um texto produzido pelos alunos da “Escolinha de Evangelização”. Gostam eles de realizar redações em que o jogo de palavras e de pensamentos tenha como objetivo o de desarmar o espírito prevenido do leitor, desarticulando possíveis manifestações de repúdio à mensagem, por meio de ilustrações baseadas nas obras de apoio do kardecismo. Assim, pensam eles, é possível ultrapassar as barreiras psicológicas pondo a nu a consciência, numa tentativa de fazer com que o leitor se inteire dos problemas que ficam, muitas vezes, imersos em aluvião de ações e reações meramente mecânicas que servem para camuflar a realidade moral.

Esses atrevimentos dos alunos têm-se tornado em teste para eles mesmos, de sorte que os exercícios propostos passam a servir para a revelação de seus problemas. Estão tão conscientes dos efeitos benéficos desse jogo conceitual que se entusiasmam com a perspectiva de poder passá-los aos encarnados através das mensagens. Pedimos, pois, aos leitores mais avisados, que continuem relevando o que lhes parecer elementar ou óbvio, desde que, é claro, tenham conseguido superar tal fase do desenvolvimento intelectual.

Caso ainda se sintam pequenos diante da possibilidade de devassar o mundo interior, recomendamos que procurem fortalecer a sua perquirição íntima através do método utilizado no texto-base, qual seja, o de induzir-se ao trabalho através da pura e simples argumentação de que benefícios possam ser auferidos se as intenções de proteção vierem a ser desarticuladas. Não se trata de processo intelectual simples, apesar de, no texto, se dar essa impressão; mas é possível de ser conseguido após algum tempo de treinamento.

Felicidades, irmãos! Fiquem na paz do Senhor!



II — MEDIUNIDADE

Continuando a mensagem, vamos prosseguir insistindo nos aspectos da redenção humana que podem ser objeto da meditação e da preocupação dos encarnados.

Sabemos que, para a maioria das pessoas, a mediunidade é fenômeno espiritual de que todos estão dotados. Mas são relativamente poucos os que confessam tal convicção. A maior parte dos viventes prefere conformar-se com a opinião vigente oficial emanada das autoridades religiosas que ainda detêm enorme influência político-governamental.

Sem ofender o digno leitor, são pouquíssimos os que aceitam este texto como inteiramente proveniente das forças espirituais que atuam sobre a organização perispiritual e sobre os centros nervosos da mente do mediador. Como as palavras são de uso comum, é bastante mais fácil imaginar que tenha havido interferência anímica, de sorte a refletirem-se na mensagem tão-somente idéias e sentimentos do ser humano encarnado. Sabe ele que não é bem assim, pois compreende, por experiência própria, que a feitura de texto deste quilate demanda muitas horas de recolhimento, enquanto o escrito corre célere e solto por sobre o papel, sem hesitações de ordem conceitual, embora uma que outra vez haja algum titubeio referentemente à propriedade da terminologia, titubeio totalmente involuntário da parte do escrevente, já que, imantado pelo nosso magnetismo, não tem possibilidade de refletir devidamente a respeito do valor expressivo que cada palavra deve conter. Agora mesmo, sem que tivesse qualquer participação no caso, provocamos pequena interrupção no fluxo do ditado, para comprovar-lhe pelo fato o que estávamos afirmando.

Se os leitores pudessem estar presentes durante este sagrado momento de contacto entre os planos, poderiam observar a forma pela qual agimos. A simples verificação do ato de escrever seria suficientemente forte para comprovar a veracidade do ato mediúnico, sua autenticidade, principalmente através da força motriz que impele os nervos que sustentam a caneta a correr por sobre a folha de papel, deixando marcas decifráveis, por serem do domínio comum entre os mortais.

Entretanto, pode-se argumentar, pessoas existem capazes de se estenderem a respeito de qualquer assunto de seu conhecimento com maior eficácia e propriedade, de sorte a bater até em velocidade o trabalho executado por este médium. Isto é evidente também para nós, que sabemos do poder da mente humana, mas não contradita a argumentação, pois o que dissemos fazia referência à capacidade atual deste auxiliar, tão devotado como confiante, pois se doa integralmente à escrita, oferecendo-se, por seu livre-arbítrio, a apanhar todas as mensagens, independentemente do teor, na crença de que os guias e orientadores velam pela lisura dos procedimentos relativos ao ato mediúnico correspondente.

Deste ponto de vista, pensamos que se espantaria, portanto, o incrédulo leitor, ao presenciar a reprodução do texto. Qual seria, entretanto, sua reação, se pudesse medianimicamente transportar-se para junto da equipe que trabalha, no plano espiritual, para produzir tal efeito?! Ficaria, no mínimo, deslumbrado, maravilhado, com as providências de toda ordem que somos obrigados a tomar, desde o início da confecção do texto até sua aprovação pelos guias e orientadores, até o alvará definitivo que deve ser conseguido do anjo guardião do escrevente, ao qual só se permite psicografar se nenhum risco pessoal venha a correr, dada a natureza de sua condição humana.

Nesta altura, permitam-nos discorrer a respeito do nosso escrevente, do ponto de vista meramente espiritual, sem entrar em minúcias relativamente a seu nível de aperfeiçoamento moral. É evidente que não é por acaso que escolhemos sua pessoa para receber os nossos recados. Foi ele devidamente instruído e preparado no plano espiritual, antes mesmo de vir a encarnar-se, de sorte que sua capacidade mediúnica nada mais é do que missão que deve cumprir para satisfazer a um dos princípios de suas necessidades cármicas. Por outro lado, foram-lhe proporcionadas condições especiais de desenvolvimento intelectual para conseguir repertório de termos e de idéias, com o fim de nos facilitar as transmissões, segundo o roteiro que se havia estabelecido. Trata-se, portanto, de elemento intimamente ligado ao grupo de trabalho que se utiliza dele para o contacto e para a transmissão destas mensagens, com a finalidade maior de se cumprirem os objetivos desta instituição do socorrismo ligada à preparação de socorristas. É claro que seu treinamento poderá ensejar-lhe os recursos para apresentar seus préstimos a outros institutos ou organizações espirituais necessitados de contatarem com os mortais. Por ora, entretanto, sua valiosa colaboração está sendo açambarcada pelos amigos mais diretos, de sorte que permanece preso aos compromissos iniciais. Futuramente, sua clarividência indicar-lhe-á os caminhos que deverá seguir para dar cumprimento aos deveres junto aos semelhantes.

Se os amigos, portanto, pudessem comprovar “in loco” o trabalho que dá fazer chegar-lhes às mãos este nosso texto, certamente se curvariam à evidência e buscariam esforçar-se mais por compenetrar-se dos rigorosos esquemas da solidariedade que justificam amplamente a nossa tarefa.

Caberia aqui a clássica citação da passagem bíblica que envolve Tomé e seu descrédito diante da figura de Jesus, ao qual solicitava a graça de tocar nas feridas produzidas pelos cravos, para que se lhe evidenciasse a realidade em que os olhos se recusavam a acreditar. Mas não vamos incentivar a credibilidade gratuita: vamos, inclusive, afirmar que Tomé estava absolutamente correto em seu raciocínio, dada a temeridade que seria vir a ser enganado em assunto tão sério. Do mesmo modo, incentivamos no leitor a idéia da desconfiança e o sentimento da verdade. Por isso é que lhe espicaçamos a curiosidade a respeito do tema do mediunismo. Que se consagre ao estudo das obras kardecistas, que busque conhecer as obras de André Luís e de Emmanuel, que freqüente as aulas que de tão boa mente são ministradas pelos irmãos nos centros espíritas, que insista em ser aceito às sessões de contacto com o nosso plano e que, finalmente, se predisponha ao trabalho para, depois, formular definitivamente julgamento a respeito da mediunidade. Quem sabe se esse duvidar de agora não se erija em convicção e não esteja em você mais um trabalhador a serviço do amor do Cristo/Jesus?!



Exercícios

O trabalho relativo ao texto-base é extraordinariamente fácil de determinar. Existem dois tipos de leitor: o que acredita e trabalha e o que duvida e pesquisa. Ao primeiro cumprirá relatar a maneira como entrou em contacto com o espiritismo e quais os argumentos ou necessidades que lhe deram a certeza de que o caminho era aquele. Ao segundo se reserva a tarefa de aceitar a argumentação do texto, forcejando por cumprir os diversos passos do roteiro final. Poderíamos acrescentar a estes últimos entrevista a ser realizada junto a médium experiente, o que uniria os dois trabalhos em um só. Evidentemente, o roteiro de tal entrevista deverá ser solidariamente organizado pelos interlocutores.

Devemos esclarecer que estas tarefas estão sendo acrescidas por sugestão do mediador, para dar seqüência à série de aulas preparadas pelos alunos da “Escolinha de Evangelização”.

Estamos profundamente agradecidos pela dedicação do escrevente, especialmente por ter permitido que lhe fizéssemos referência no corpo do texto de estudo. Fique tranqüilo, caro amigo, que novas tarefas estão sendo programadas para preenchimento de seus longos dias. Até mais ver. Fique com o Cristo, na luminosidade de sua sabedoria!



III — PRECE

Prosseguindo com os temas anteriores, vamos abordar assunto de extremo interesse para os espiritistas e espiritualistas em geral: o da prece compungida, contrita, fervorosa, ardente, submissa à fé e ao poder da vontade imperante da consciência absolutamente dominada pelos recursos das vibrações emanadas das mais santas virtudes.

É de se esperar que todo cristão, trabalhado e trabalhando sob as luzes dos ensinamentos bíblicos, especialmente daqueles disseminados por Jesus em seu evangelho, tenha aprendido a orar, pelo menos, em nome dele, a oração dominical, assim chamada desde épocas remotas, o pai-nosso. A partir dessa petição de socorro e de assistência, devem os humanos elaborar preces, se não com a mesma contextura superior que resume todas as idéias bíblicas a respeito do dever do homem, da criatura diante de Deus, pelo menos com a força do sentimento virtuoso e nobre do arrependimento, com a alegria provinda da graça do saber, do conhecer, do possuir espiritualmente algum bem maior, com o reconhecimento dos favores alcançados, com a contrição do sofrimento considerado justo e acertado para cumprimento das diretrizes emanadas, desde a concepção, pelos espíritos de luz a quem cabe guiar as experiências carnais necessárias para a elevação do espírito rumo à perfeição.

Tais preces, evidentemente, não podem conter desejos espúrios, quais seriam os que semeiam apenas dentro do materialismo perecível da contingência humana, enquanto habitante errático do planeta. São estas preces muito centradas no egoísmo e na loucura nada transcendental do poder e da glória da efemeridade, do passageiro e do volúvel. Se bem compararmos, poderemos dizer que os pedidos dessa espécie se parecem com o choro infantil que clama pela sobrevivência através dos nutrientes da alimentação materna, sem mesmo ter consciência de suas reais necessidades. Assim, o homem costuma pedir, conjeturando que o faz do modo mais honesto, pelo socorro mais importante, sem perceber que o alimento solicitado hoje, se lhe for proporcionado, satisfará tão-só a necessidade atual, criando corrente interminável de pedidos, pois a precisão desses bens marcescíveis se renova a cada instante e, se o homem não for capaz de prover a própria deficiência, não conseguirá do Alto mais do que já obteve.

Dar graças aos céus, portanto, deve ser atitude de supremo equilíbrio entre o ato volitivo e o ato de humildade. Dessa necessidade imanente à prece é que devem fluir as palavras eivadas de bons sentimentos, de promessas verdadeiras de superação das deficiências, de sadios arrependimentos, de profundo respeito pela dignidade do ato criador de Deus, o ser supremo, todo misericordioso, que ouvirá a prece e saberá distinguir o quanto de sublimidade apresenta, não deixando jamais de atender na justa medida das reais necessidades do suplicante.



Exercícios

Eis que o trabalho será de enaltecimento da bondade de Deus, de fé na omnisciência divina que tudo provê em benefício do sábio, do profeta, do operário das divinas virtudes, daquele ser que, esquecido de si mesmo, ama, com todas as forças de sua integridade espiritual, antes e acima de tudo, ao Pai e ao próximo.

São conhecidas as preces espíritas coletadas por Kardec e colocadas ao final de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, sendo que se destina cada qual para uma circunstância especial da vida humana. Esquecidos de buscar nessa sagrada fonte, devem os alunos reunir palavras e sentimentos para expressarem pedidos e agradecimentos em variadas situações, quer de profunda depressão moral e psíquica, quer da mais elevada alegria, quais sejam a da perda de entes queridos, a da iminência de graves acontecimentos sociais, a do sofrimento provocado por incompreensões e injustiças, a do soerguimento de pecadores, quer do âmbito da família, quer da parentela ou da amizade em geral, a do recebimento no seio da família de mais algum componente, seja por nascimento, seja por união conjugal etc. No todo, que sejam redigidas dez orações, sem que sejam seguidos quaisquer modelos conhecidos.

Após esse trabalho inicial, reúnam-se os elementos do grupo para leitura e catalogação das preces. Caso os temas sejam comuns, que se esforcem por formular uma única prece com os vários ingredientes constantes das diferentes realizações particulares.

Em seguida, que se abram os livros de preces à mão e que se encontrem as orações ali registradas que visem a atender aos mesmos objetivos das suas preces. Estabeleçam-se as comparações e ressaltem-se as semelhanças e diferenças, principalmente no que respeita aos sentimentos envolvidos. Procure-se nesse confronto configurar o que de mais emotivo ou comovente existe. Suprima-se o que parecer simplesmente chantagista, piegas e de mau gosto. Eliminem-se sentimentos egoístas, maliciosos, desonestos, fazendo permanecer intacta toda noção superior da doutrina.

Claro está que não estamos pedindo perfeição ou que a obra obtenha méritos superiores de sorte a poder figurar em antologias. Não é esse o objetivo. Se algo desse teor for conseguido, tanto melhor, mas o que nos interessa é a pesquisa nesse campo tão importante da doutrina, que é o seu aspecto de religiosidade, aquele que oferece ao ser humano a real condição de superioridade frente às demais criaturas deste orbe. Aliás, o homem só poderá assumir a posição de rei dos animais se souber pairar espiritualmente por sobre eles, os quais, por sua vez, no aspecto material, têm muitos atributos totalmente inexistentes no aparato físico do homem. Desculpem-nos esta digressão tão superficial e simplificada. Que sirva tão-só de estímulo para que se alcem vôos mais coerentes com o desejo de voar.


“Senhor Jesus, nós vos agradecemos com profunda emoção e respeito esta oportunidade de transmitir aos irmãos na carne os conhecimentos que, com tanta benevolência, vós espargis por sobre estes vossos servos. Se de tudo o que fizermos, Senhor, algo não corresponder à vossa sacratíssima expectativa, que sejamos advertidos, pois não é desejo nosso realizar outra obra que não seja aquela determinada por vossa misericordiosa sabedoria. Dai-nos, pois, a firme convicção de que nosso trabalho seja digno e fazei com que obtenham os encarnados as orientações e os ensinamentos necessários e suficientes para perlustrarem em paz os seus caminhos, sob o amparo e proteção de vossa divina luz. Graças a Deus!”


Solicitamos aos queridos discípulos, se nos permitirem os irmãos assim designá-los, que analisem a nossa prece e que a censurem no que lhes parecer débil, propondo as modificações que julgarem convenientes, sempre justificando-as sob o ponto de vista doutrinal. Estaremos, por nosso lado, atentos para as observações e prometemos, caso as circunstâncias permitam, comparecer e entrar em contacto mediúnico, para outras informações e acrescentamentos.

Fiquem na paz do Senhor!

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