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Ensaios-->10. PERSCRUTANDO O CORAÇÃO -- 18/07/2003 - 07:53 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Rapidamente, o homem consegue sublevar os acontecimentos mais corriqueiros, no sentido de se permitir usufruir vantagens em todos os campos, principalmente se se trata de explorar a boa-fé e o trabalho alheios. No entanto, esse mesmo indivíduo burlado, se se lhe for dada igual oportunidade, irá consagrar-se aos mesmos misteres que o levaram a ser vítima.

São estas palavras de extrema virulência mas de profunda realidade. Não que sejamos pessimistas quanto ao desenvolvimento moral das criaturas. O que nos pesa neste momento da conjuntura humana é a facilidade com que agem os indivíduos no intuito de prejudicar os semelhantes para engrandecimento próprio, sem freios que os contenham, na justa medida do direito, dos deveres e das obrigações.

Não somos demasiado exigentes: bastaria que os homens trabalhassem para prover o seu sustento, que nos satisfaríamos com seu aparato moral. No entanto, se se lhes oferecem ensejos de falcatruar, caem nas armadilhas sem se aperceberem de que, embora fiquem impunes diante dos homens, adquirem culpa aos olhos de Deus. E esse “modus operandi” se generaliza, sendo muito poucos os que primam por contentarem-se com o que lhes é devido e raríssimos os que, de coração na mão, doam espontaneamente do que melhor lhes pertence para constituir o pequeno patrimônio do necessitado.



Exercícios

Inevitavelmente, a aula buscará revelar o quanto de malícia se infiltrou no coração dos alunos. Sabemos, por experiência própria no contacto com os encarnados, que muitas atitudes totalmente imorais são aceitas pacificamente pela sociedade e estão, inclusive, consagradas nos códigos das leis.

Valha-nos, como exemplo, a usura, largamente programada pelas instituições governamentais de cunho financeiro, que, insensivelmente, insuflam, na mente dos cidadãos, a voraz necessidade intelectual de se apropriarem de bens de capital, sem que para isso se contribua com a necessária participação no trabalho coletivo da sociedade organizada.

Como você, caro amigo, vê esses ganhos? Participa também da chamada “ciranda financeira”? Tem os lucros devidamente acrescidos ao montante das economias, aceitando-os pacificamente sob a denominação de “seguro contra a inflação”? Está pondo o pé atrás, aventando a hipótese de mera criação do escrevente, ante o espanto causado pelo nosso conhecimento dos termos técnicos em voga dentro do jargão do “economês” reinante? Sente-se acuado ou descarta “in totum” a possibilidade de termos razão nas assertivas?

Uma vez consultado o coração e amainado o “santo furor”, generalize as observações. Veja, por exemplo, como reage diante dos crimes perpetrados pela barbárie sanguinária dos chamados “justiceiros”. Acha que, sendo inócua a justiça humana constituída pelos tribunais legalmente instalados, fazem bem as pessoas de contratarem assassinos profissionais para a execução dos malfeitores que rondam o patrimônio particular dos cidadãos que vivem pacificamente sob o amparo da legislação vigente? Sente alívio ao presenciar as cenas de violação do direito à vida divulgadas pelos noticiários ou sofre a dor da miseranda condição dos encarnados que programam e executam as chacinas? Sente algum tipo de segurança pessoal ao saber que existem “esquadrões da morte” exterminando bandidos comuns? E quando policiais abatem marginais em fuga, diante do flagrante dos delitos consumados, julga direito social de “vendetta” ou preferiria aquietar-se em seu mundo particular, confiando em que a divina justiça seguirá os seus caminhos até que a cada qual se dê segundo as obras?

Procuramos exemplificar com procedimentos comuns, a que o homem cônscio de seus deveres de cidadão atribui valores morais, segundo princípios universalmente aceitos, embora firam diretamente as pregações evangélicas. Saberia acrescentar outros exemplos, aos quais a mediania da população não atribui senão pouquíssima importância mas nos quais se desacatem de frente as leis do amor, da justiça e do trabalho? Esforce-se para isso, principalmente no sentido de sondar as próprias reações diante de tais eventos, de tais situações. Após ter considerado o seu juízo e de ter, se for o caso, configurado a sua participação nesse sentimento coletivo, busque analisar os recursos disponíveis para superar essas deficiências morais provenientes de falsa interpretação da realidade social. Não se acanhe em fornecer os elementos levantados pela sua pesquisa para o grupo de amigos. Obtenha deles outros apanhados com as respectivas considerações morais pertinentes a cada nova circunstância. Após as inevitáveis discussões e apreciações, estabeleçam em conjunto série de regras, de normas de conduta, como se fossem novas tábuas da lei, verdadeiros mandamentos do moderno proceder diante da iniqüidade social. Se possível, deixá-las em quadro afixado à vista de todos, como se fosse verdadeiro calendário a ser consultado diariamente, o que, de resto, não é novidade nenhuma, pois várias instituições religiosas têm os seus princípios registrados da mesma forma.

Ganharão todos com essa insistência na meditação desses pontos, pois a força de penetração da sociedade na mente dos indivíduos se realiza através de aparatos científicos dos mais avançados na compreensão dos mecanismos da psique humana. É preciso, pois, enfrentar o fogo cerrado dessa influenciação perniciosa, com a pacata, com a serena harmonia do equilíbrio espiritual advindo da confiança, da fé na força do divino amor.



Explicação

Esta unidade de ensino foi, de novo, preparada por um dos alunos. Seguiremos reproduzindo as aulas por eles organizadas, evitando nomeá-los, dada a participação conjunta de toda a classe. Por isso, vamos pedir que, nesses casos, se escreva como autor “Otávio (pela equipe)”, que foi assim que se deliberou.

Cabe comentário pertinente aos méritos do trabalho prescrito para os encarnados. Obviamente, a seriedade do tema poderá até desestimular pessoas não totalmente imbuídas de espírito crítico, a respeito das próprias deficiências. Se este for o seu caso, lembre-se de que o Cristo morreu na cruz para nos salvar, segundo o popular conceito da redenção cristã, mas esse seu extremo sacrifício não se deu diante da fragilidade humana, nem o Cristo se deixaria imolar por essa razão. O que o levou ao encarne foi a possibilidade que o encarnado tem de superar os defeitos, por mais graves possam ser; foi aquela centelha divina que cada qual possui no fundo da alma que fez Jesus considerar possível ao cidadão comum conhecer-se a si mesmo com perfeição, o que o levará fatalmente, inexoravelmente, a livrar-se dos males da má formação, suplantando todos os vícios e indecências subjacentes no caráter.

Acredite, pois, que não se lhe está sendo pedido o mesmo nível de despojamento de Jesus, embora lhe deva ficar indelevelmente inscrito na consciência que, sem trabalhar afincadamente, ninguém conseguirá adentrar o reino de Deus.

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