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Ensaios-->46. A ROGATIVA -- 07/07/2003 - 06:59 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A hora do recolhimento espiritual é chegada. Devem todos os mortais buscar lenitivo para as dores nas preces comovidas ao Senhor. Muitos, é verdade, solicitam a intervenção ou a intercessão de mediadores santificados, espíritos mais evoluídos transformados em ídolos queridos, a quem são destinados até altares nas igrejas, do mesmo modo que na antiga Roma se costumava (em muitas outras regiões persiste o hábito) reservar locais sagrados dentro das casas para a afixação de retratos das pessoas que, pela atuação em vida, serviam de modelo de conduta para os pósteros. Religiões existem em que o costume de se erigir a figura humana para o culto exterior desapareceu. Mas a presença de entidades deificadas no espírito dos contritos religiosos é constante e sedutoramente atraente.

Intermediar a solicitação dos encarnados é, de fato, um dos mais sublimes deveres dos socorristas, mesmo que não possuam mais que pequenino facho de luz. Certamente, todo apelo, por menos sincero que seja, é ouvido e devidamente registrado. Se nem todos são atendidos é porque causas existem inúmeras que não recomendam o atendimento, desde pedido anterior ao encarne da pessoa agora com a mente obscurecida, como pelo prejuízo maior que o socorro causaria, se realizado nos estreitos termos da solicitação. Mas sempre haverá repercussão do pedido junto às entidades orientadoras de cada ser encarnado. Bastaria que o pedinte erguesse prece em nome do Senhor para receber todo o auxílio de que necessita. Dissemos “bastaria” e não “basta”, porque a realidade do atendimento não satisfaz aos que se dirigem a seus interlocutores de luz. Caso concreto, muito evidente, ocorre quando as pessoas sofrem perdas materiais com alguma calamidade atmosférica. Quando ventos, furacões, chuvas torrenciais destroem residências, o primeiro movimento da alma em transe emocional é de exprobar os céus pelo cataclismo. Em seguida, roga-se a refacção dos bens destruídos através de ganhos fáceis, em jogos lotéricos, por exemplo. Poucos estão dispostos, nessas circunstâncias, a rogar por compreensão dos males e pela superação moral deles, através do auxílio da restauração da vontade de trabalhar para reconstruir.

Felizmente, muitas pessoas estão compenetrando-se dos desvarios que representam os pedidos anormais de restauração de situações de privilégio e evidente desarmonia social ou moral. A inteligência humana está capacitada a perceber os descalabros da insatisfação e muitos conseguem vislumbrar com muita clareza a impropriedade dos pedidos. Sendo assim, o auxílio rogado tem tomado o rumo da real necessidade interior, no sentido de satisfazer as deficiências conscienciais mais profundas, não buscando de graça o benefício, mas solicitando ocasiões propícias para o desenvolvimento das virtudes em falta. Essa gente que faz da honestidade intelectual o apanágio da vida é atendida no justo limite da necessidade. São pessoas que não só pedem com desembaraço mas que também agradecem com emoção, pois reconhecem nos intermediários a boa vontade que elas mesmas teriam em situações equivalentes, no auxílio de irmãos em sofrimento.

Realizar tarefas de socorrismo, portanto, prevê dos socorristas conhecimento dos fundamentos da justiça divina, que se impregnaram na criação do universo junto a cada orbe, segundo sua essência existencial. Não que a justiça se diferencie de um local para outro, mas, certamente, o modo de administrá-la é bem diferenciado. E essa diferenciação é que precisa ser bem compreendida pelos encarnados, para que não esperem dos céus socorro indevido.

Vamos, portanto, orar ao Senhor com muita devoção e apego aos intermediários, mas não vamos responsabilizá-los pelas nossas falhas e desacertos.



Exercícios

O amigo Ovídio, conhecido velho destas mensagens de muito amor que chegam a este escrevente, é quem se ofereceu para a apresentação do texto de leitura. Muito gratos lhe ficamos por nos ter trazido tema de importância ímpar para a compreensão do relacionamento mais comum entre os planos imediatos dos encarnados e dos círculos do etéreo. Vamos esforçar-nos por apresentar questões condignas para não desmerecer do trabalho do querido amigo.


Em primeiro lugar, vamos solicitar a cada irmãozinho que elabore prece em que solicite o que de mais precisão julgue para o momento atual da existência. Não se deve temer solicitar absolutamente nada, pois se trata de exercício meramente “escolar”.

Após a redação da prece, procure aplicar os ensinamentos de texto e veja se seria exeqüível o atendimento, no duplo aspecto da possibilidade espiritual e da real necessidade do pedinte. Busque analisar a prece do ponto de vista do intermediário cujo concurso foi solicitado e imagine-se na situação dele diante de Deus, retransmitindo o pedido. Que lhe diria o Senhor e quais seriam as palavras que endereçaria a você?

Reunido o grupo, cada qual deve apresentar tão-somente a prece, sendo que o restante do trabalho deve ser feito em conjunto, de modo a atender a todos os itens da primeira questão, após o que (e somente depois — insistimos) cada qual deve levar ao conhecimento dos demais o restante das anotações. Evidentemente, haverá sempre o cotejo das respostas individuais com as conseguidas pelo grupo, podendo a discussão se estender à vista das possíveis divergências. Caso o resultado não indicar a necessidade de grandes discussões, pode-se passar imediatamente para a fase seguinte.

Após detido exame do texto de Ovídio, responda todo o grupo, em forma de pingue-pongue, ou seja, respostas rápidas, sem tempo para reflexões:

— Quem você acha que fez a melhor solicitação?

— Quem buscou mais ganhos materiais que morais?

— Quem seria atendido imediatamente, no exato pedido que fez?

— Quem receberia apenas consolo em forma de vibração positiva?

— Quem se sentiria o mais frustrado por não ter recebido o que pediu?

— Quem teria pedido sem perspectiva de ser atendido, conformando-se com o fato?

— Quem procuraria modificar a própria prece após o trabalho do grupo?

— Quem se veria na situação de ter de devolver o benefício, caso recebesse?

— Quem se absteria de implorar qualquer regalia, após as críticas do grupo?

— Quem se compenetraria ainda mais da justiça divina, após ter trabalhado na consecução de todas as tarefas?

Após o vergastar das perguntas e das respostas conseqüentes, cada elemento atingido pela indicação dos companheiros deverá expor minuciosamente razões em favor das opiniões gerais, de modo a justificar amplamente a resposta. Caso se julgue injustiçado pelo grupo, mesmo assim apresente a argumentação favorável a ele, mas, em casa, sozinho, elabore texto em que se evidencie a falta de razão dos colegas. Tal redação deverá ser motivo de apreciação na próxima sessão de estudos.

Ao final de todo o trabalho, como você já deve estar esperando, deve o grupo realizar prece conjunta de agradecimento pelo aprendizado a ser conseguido e de solicitação da participação de espíritos guardiães para insuflação de intuições boas e para dissipação das más tendências individuais. Essa oração deverá ser cuidadosamente redigida e emotivamente rezada e servirá para a abertura dos trabalhos futuros.

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