Usina de Letras
Usina de Letras
281 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62174 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22531)

Discursos (3238)

Ensaios - (10349)

Erótico (13567)

Frases (50577)

Humor (20028)

Infantil (5424)

Infanto Juvenil (4756)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140791)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6182)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Ensaios-->45. NA HORA DA MORTE -- 06/07/2003 - 07:48 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Quando o Sol desaparece no horizonte, é sinal de que mais um dia se esvaiu. Que sinal deveremos nós enviar aos mortais para que saibam que é chegada a hora de partir? Seria muito esperar da própria inteligência que perceba que o momento é aquele? Por mais absurdo que possa parecer, até animais irracionais selvagens têm como certa a hora da morte e muitos buscam a solidão para resguardo dos últimos instantes. Aos homens, portanto, a nossa mais comovida advertência: ao notarem que o sol de sua vida vai encerrar definitivamente o percurso no arco celestial, que procurem resguardar-se do bulício, da contaminação social, facilitando o passamento, para que se dê cheio de paz e em harmonia com as forças espirituais que o aguardam. Sem dúvida nenhuma, estarão atentos os amigos da espiritualidade, qualquer seja a circunstância do trespasse, mas receber o espírito compenetrado do ato do desenlace é mais fácil e promissor.

Que medidas devem os mortais tomar nesse supremo instante da vida? Em primeiro lugar, proceder a severa reconstituição dos principais acontecimentos, procurando valorizar-lhes a importância em função dos eventos posteriores, situando-os em relação ao processo de causa e efeito. Em seguida, verificar quais os que engrandeceriam sua atuação, segundo as normas evangélicas, e quais os que teriam influência deletéria no cômputo final das benemerências praticadas. Feito isso, proceder como diante de confessor, ou seja, através de ato da mais profunda contrição, estabelecer seriamente a própria culpabilidade, esforçando-se por conhecer exatamente o grau de participação nos acontecimentos, de modo a configurar a necessidade de arrependimento e de refazimento de oportunidades para redimir as falhas detectadas. Diante da proximidade do evento final, fatalmente não se terão condições de se superarem falhas graves cometidas contra os semelhantes. No entanto, é sempre útil caracterizar com eficácia as necessidades de redenção, para que se fixem indelevelmente na memória, de sorte a facilitar a compreensão das contingências adversas que porventura vierem a ser enfrentadas no plano espiritual.

Ao longo de todo o processo, proceder com muita fé na misericórdia divina, de modo que toda solicitação de perdão, por meio das preces mais comovidas, tem de, obrigatoriamente, fazer-se acompanhar da mais íntima e profunda decisão de perdoar a todos os possíveis desafetos.

Na hora mesma do trespasse, elevar em prece agradecimento à Divindade por ter tido a oportunidade do encarne, o que, necessariamente, deve significar regresso ao mundo espiritual em melhores condições de prosseguir na caminhada rumo ao reino do Senhor.

Quando, finalmente, se sentir desprendendo-se dos liames carnais, concentrar-se profundamente no ato, buscando esquecer alguma dor ou sofrimento, mesmo que esteja deixando na carne pessoas muito queridas. É bom depositar nas mãos de Deus o destino delas, pois nenhuma atitude seria capaz de demonstrar fé maior nos desígnios superiores do Pai. Ao adentrar no círculo dos amigos da espiritualidade, dependendo do grau de lucidez do indivíduo, tentar estabelecer, desde logo, contacto com os que estão encarregados de recebê-lo, envidando todos os esforços no sentido de compreender exatamente a situação em que se encontra.

Evidentemente, estas recomendações exigem do mortal que seja, no mínimo, esclarecido quanto às verdades espiríticas mais corriqueiras, bem como à prática das virtudes evangélicas mais insistentemente pregadas por Jesus em sua peregrinação de amor. De nada valerá ao pecador impenitente, tendo lido estas recomendações, implantar na mente as várias atitudes aqui preconizadas, pois, no máximo, conseguiria juntar ao passivo de malefícios mais aquele da hipocrisia e da mistificação.



Exercícios

Com base no texto de irmão Egberto, a quem agradecemos a benevolência da participação, vamos registrar alguns tópicos concernentes à preparação dos queridos alunos encarnados, relativamente ao momento crucial de suas vidas: a hora do desencarne.

Antes de mais nada, vamos solicitar-lhes o relato da experiência que tenham nesse campo, ou seja, se presenciaram algum desenlace e quais os aspectos dele que mais profundamente os tocaram. Em seguida, cotejar essa experiência com o texto-base para ressaltar semelhanças e diferenças. Que resultados se obteriam se o trespasse tivesse tido a preocupação de se assemelhar às recomendações ali contidas?

Após o relato de cada caso, devem os membros do grupo responder, durante o encontro de estudos, às seguintes questões, procurando fazê-lo espontaneamente, oralmente, sem preocupações de anotações e registros:


l. Você se considera preparado(a) para enfrentar a morte? Por quê?

2. Que mais teme: a dor física ou a dor da separação dos entes queridos? Por quê?

3. Se lhe dissessem que iria para o Paraíso, como reagiria? Justifique amplamente a resposta.

4. Se adquirisse a convicção de que iria para o Umbral, que atitudes tomaria a partir de agora?

5. Quem você considera estar melhor preparado para a morte: os católicos romanos, os crentes evangélicos ou os espiritistas convictos? Por quê? Descreva o ponto de vista de cada um. Se estivesse do lado de cá, a quem você daria preferência para receber, sabendo que todos os três cumpriram com todas as obrigações de suas crenças? Por quê?



Realizado o questionário, deve todo o grupo dirigir-se a alguma entidade hospitalar que mantenha em seus leitos doentes terminais, para conversar e dar-lhes conforto moral e espiritual. Para a realização deste ato de benemerência e de profundo amor fraternal, deve o grupo todo preparar-se convenientemente. Como seria tal preparação? Incluiria a leitura de alguma obra básica do espiritismo? Limitar-se-ia a preces, solicitando o amparo das entidades espirituais encarregadas de acompanhar as sessões de estudo, bem como dos guias dos enfermos? Seria ouvido algum instrutor experiente nesse tipo de socorrismo fraterno? A assistência incluiria os familiares dos internados? Com que objetivos? Aceitar-se-iam defecções daqueles que não se sentiriam em condições de acompanhar o grupo? Evitar-se-iam os doentes cujas enfermidades poderiam representar risco de contágio ou provocar simplesmente repugnância?

Para encerrar, relacionem as doenças que vocês consideram cármicas, ou seja, aquelas que ajudam os indivíduos a passar por dolorosas expiações redentoras e digam por que as consideram assim. Não se esqueçam de que a dor tem vários objetivos. Pesquisem e descubram quais são esses objetivos. Por sugestão do médium, remetemos os leitores para a obra “Ação e Reação”, de nosso estimado André Luís.



Esta “aula” visa especialmente a despertar nos leitores senso crítico relativo à sua “performance” atual. Se algum deles tiver tido conhecimento de fatos relacionados a alguma vida sua pregressa, por regressão induzida hipnoticamente, e se tal fenômeno tiver merecido total credibilidade, deve passar aos companheiros a experiência. Por outro lado, se algum espírito amigo quiser manifestar-se, relatando suas experiências nesse campo, poderá ser de muita utilidade para a consecução dos trabalhos de aprendizagem a que estamos submetendo os aluninhos.

Graças a Deus, bom amigo, desvencilhamo-nos de tema de suma importância, mas que muitas vezes causa temores, tendo em vista a exposição ao grupo de ocorrências muito pessoais. Evidentemente, existe a possibilidade para cada membro de não relatar as deficiências, pois há que se respeitar a intimidade das pessoas. No entanto, devem todos ficar bem cientes de que um dia, certamente, terão de enfrentar essa exposição, que é dolorosa, embora atenuada pela carinhosa compreensão dos que participam desses eventos, mesmo porque todos têm de passar pela mesma provação.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui