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Ensaios-->34. A PERCEPÇÃO EXTRA-SENSORIAL -- 25/06/2003 - 07:40 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

De que valem os prazeres corpóreos, se ficarão para trás? Será que, no mundo dos espíritos, existem prazeres substitutivos do paladar, do olfato, do tato, da audição e da visão? Quais os recursos do etéreo para propiciar aos desencarnados momentos de doce alegria e de harmoniosa “convivência” com a natureza exterior? Que prazer poderá ocupar a vez da visão da paisagem, no bucolismo de um dia quente de verão? Teremos a possibilidade de conhecer desde agora a verdadeira natureza sobrenatural ou, imersos na carne, vagamos inúteis para a percepção extra-sensorial?

Tais questões soem ocorrer para inúmeros mortais durante seus momentos de espairecimento e de conforto material. Muitos mesmo, hedonisticamente, criam paraísos à imagem dos momentos de total felicidade, buscando refletir na vida maior os bens que possuem sobre a face da Terra. O mesmo se pode dizer dos que sofrem: transpõem todos os horrores que lhes perpassam pelos sentidos e pela imaginação para o abismo, criando inferno de dores atrozes, em que arremessam a todos quantos lhes ameacem a segurança material ou moral. Até mesmo pessoas de sacrossantos ministérios incentivam a criação de tais monstruosidades, esperando obter pelo temor o que não conseguem pela persuasão do amor e da verdade, talvez porque elas mesmas estejam toldadas pela ignorância.

O que é mais fácil de imaginar: o paraíso ou o inferno? Zonas purificatórias são o meio termo mais compreensível, pois é a maldade pela metade. Zonas celestiais habitadas por anjos e arcanjos também se configuram com facilidade nas mentes, dada a faculdade que o homem tem de se compenetrar dos momentos de ventura e de paz de que já gozaram ao lado de carinhosos pais ou tutores, em sua infância mais tenra, em virtude da alienação desse gozo, que não perpassa pelos meandros obscuros da consciência. Imaginar, contudo, a suprema felicidade ou a desgraça infinita vai além de qualquer possibilidade humana. Seria o mesmo que se pedir que se concebesse Deus na plenitude de sua excelsa existência.

Que fazer, então, para inteirar os encarnados de que o homem é íntegro em sua criação e de que, se Deus colocou ao alcance dos encarnados meios de desintoxicação dos males, oferecendo inúmeros lenitivos à sua dor, não lhes deixaria as almas inertemente entregues ao obscurantismo do túmulo, abandonando-as ao nada que representaria uma existência sem sensações ou percepções do exterior?

Há um princípio básico que deve ser colocado como fundamento racionalmente lógico para os silogismos que se seguirão: é que nenhum homem foi criado isoladamente e sim que a humanidade representa um todo, um conjunto. Como, então, se obter a união dos elementos, se não se derem a cada um deles os recursos necessários de se contatarem entre si? Essa possibilidade de contacto é eminentemente percepção, no sentido amplo de se obterem impressões externas, através de sensações passíveis de descodificação mental. É fácil, portanto, de se imaginar que os espíritos têm recursos próprios de imprimirem sensações no campo externo, ao mesmo tempo que recebem essas mesmas vibrações, decompondo-as em informações analisáveis segundo o grau de desenvolvimento de cada um.

Não vamos adjetivar esse desenvolvimento, dando características como “moral”, “espiritual”, “psíquico”, “motor”, “sensorial”, “emocional” etc., para não estabelecer conexões com o campo material que poderiam iludir o leitor com aproximações indevidas ao seu âmbito de conhecimentos. Os espíritos têm um grau qualquer de desenvolvimento, de adiantamento, que conseguem a partir das virtudes que acrescentaram ao seu acervo de beatitudes, dos vícios de que não se abasteceram e dos trabalhos que realizaram em prol da harmonia entre os seres que compõem o seu núcleo de atuação. Sendo assim, é possível imaginar que desses contactos possam advir impressões agradáveis ou desagradáveis, as primeiras relacionando-se aos aspectos da felicidade terrena, as últimas aproximando-se dos momentos de sofrimento dos que pelejam sobre o orbe. Essas impressões têm diversos aspectos que se assemelhariam aos diferentes sentidos do homem encarnado. Sabendo-se, portanto, que toda uma gama de sensações se pode obter segundo o nível de adiantamento do espírito, já se têm como respondidas as questões iniciais, uma vez que os espíritos podem sofrer desde impressões de extremo desagrado e dor até a sublimidade mais intensa propiciada pela vibração mais harmoniosa com a Divindade.



Exercícios

A partir dos pressupostos aludidos no texto-base, elabore pequena descrição do que você entende como Paraíso terrestre. Em seguida, descreva a sua concepção de Paraíso celeste.

Risque definitivamente do vocabulário a palavra Inferno, onde as dores são eternais, mas não deixe de descrever o que imagina constituir-se no Umbral, ou seja, as regiões abissais, o Hades antigo, o lugar em que submergem os que não respeitaram as leis do divino amor.

Que esperaria você encontrar nos círculos espirituais ao seu alcance, se fosse arrebatado à vida neste preciso instante? Veja que não se trata de simples exame de consciência, como os católicos realizam diante do confessionário, mas de judiciosa perspectiva do atual estado de adiantamento, segundo crítico e pessoal ponto de vista.

Se você tiver coragem, enfrente as ponderações dos confrades de grupo, expondo-lhes os resultados de seus trabalhos.

Se todos optarem por não responder às questões particularmente, não tem importância; o grupo poderá ler o texto inicial e conversar a respeito dos pareceres de cada um, frutos de sua visão atual das esferas transcendentais. Ao orientador caberá conduzir os trabalhos, no sentido de se valorizarem os aspectos do crescimento moral e espiritual, através da aquisição das virtudes etc., conforme se inseriu na mensagem de estudo.



Esta unidade buscou, no campo das sensações, o seu fundamento para projeção de conceitos absolutamente voltados para a perquirição da natureza existencial do ser humano. Este princípio pode ser estendido para todo tipo de pesquisa, pois, do ponto de vista estritamente material, podem-se induzir conclusões objetivas no campo do conhecimento espiritual, bastando, para isso, que os estudantes não deixem escapar do seu campo cognitivo o principal elemento de suas preocupações: o conhecimento de si mesmo. Dessa reflexão inicial, surgirão os interesses maiores da moralidade e do bem e despertarão as mentes para aprofundamentos nos terrenos da bem-aventurança e da felicidade eternas que, em última análise, nada mais são que os propulsores do centro de atenção dos encarnados, para obtenção dos recursos necessários para sua redenção, objetivo último de cada encarnação.



Comentário

Graças a Deus, irmãozinho! Parece-nos que esta aula teve endereço certo: o seu próprio conhecimento, dada a curiosidade demonstrada em torno do tema da felicidade terrena, diante das perspectivas do desaparecimento dela após a morte do corpo denso. Nós ouvimos as suas observações do outro dia e julgamos que o tema mereceria informação específica. Que fiquem estas anotações registradas para sua aplicação intelectual e que sirvam de base para pesquisas sérias no campo de seu interesse.

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