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Ensaios-->32. CONSOLADORES E CONSOLADOS -- 23/06/2003 - 05:27 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

“Se o vosso coração estiver forjado nas lides da benemerência, então podeis crer em que estareis vós sendo aquinhoado com os galardões da glória sempiterna do Senhor.”

Se tal frase lhe vier ao bico da pena, aceite-a incondicionalmente, mas pergunte ao órgão do sentimento e do amor o que mais poderá fazer para dar continuidade aos apanhados do amor divino, para progresso não só seu como também do companheiro, do amigo, do parente, do irmão. Veja se consegue superar a fase dos ganhos pessoais para adentrar no merecimento das quotas coletivas da divina misericórdia, pois a ninguém é dado ascender sozinho aos páramos celestiais, já que a humanidade toda está indissoluvelmente associada, sendo todos solidários na responsabilidade da salvação. Veja como procedeu Jesus, nosso divino mestre e protetor maior do planeta: colaborou com toda a humanidade, oferecendo seus despojos mais sublimes para soerguimento de cada um de nós.

O que mais você pode dar como contribuição especial para poder partilhar do bem coletivo? Terá pejo de executar algum “sacrifício” material? Teria vergonha de se manifestar na defesa dos pobres vilipendiados pelas injustiças sociais? Teria medo de enfrentar os “grandes” do mundo, correndo o risco de se ver tripudiado e lançado às “feras” da opinião pública? Sentiria remorso por oferecer a inteligência aos achaques dos ignaros, que pairam inermes na penumbra dos vícios e dos crimes? Sentir-se-ia enojado por ter de percorrer as filas dos leitos hospitalares, em que deformados pelas moléstias aguardam por palavras de conforto e consolação? Sofreria abalos de susceptibilidades por enfrentar pessoas em desespero por perdas de entes queridos ou bens valiosíssimos, ao acarinhá-los de encontro ao peito, sob o efeito do calor humano mais necessitado de amparo e comiseração?

Se, a cada uma destas perquirições, for capaz de opor grande e sonoroso NÃO, inicie já sua obra de benemerência junto aos irmãos necessitados. Percorra as casas das famílias enlutadas, levando o verbo do Senhor e a esperança do reconforto eterno junto à luz divina. Vá aos hospitais, aos presídios, às casas de prostituição. Soerga o mendigo que tirita de frio e se consome de fome. Ajude ao embriagado em sua demência. Ampare o que sofre. Alivie a angústia ao infortunado aprendiz da maldade criminosa dos vícios. Dê o seu apoio ao que vilipendiou os bens recebidos de Deus, buscando, na oração conjunta, o devido arrependimento e, na arregimentação para o serviço, o lenitivo da dor e os meios de reparação necessários para seu soerguimento moral e espiritual. Se a pessoa for susceptível de entendimento dos ensinamentos evangélicos, conduza-a ao centro de socorro espiritual mais próximo, para que possa ouvir as pregações dos irmãos, em busca da consolidação intelectual da necessidade do proceder virtuoso.

A assistência a certos tipos de necessitados deve ser precatada por aparatos técnicos que assegurem ao socorrista o devido resguardo físico e moral. Não se pede a ninguém sacrifício pessoal, tendo em vista, principalmente, os conhecimentos científicos da modernidade, que embasam os procedimentos do socorrismo fraterno das entidades cujo poder de envolvimento ofereça perigo aos socorristas, onerando ainda mais os assistidos. Não se pede ingenuidade; pede-se trabalho.

Não se desespere, você mesmo, se, ao perlustrar os caminhos indicados, encontrar a desconsideração, a incompreensão, a incredulidade. É natural que tais percalços sejam postos à estrada do socorrista, pois a obra do Senhor não se dá sobre a pedra em edificações suntuosas, mas perecíveis; a obra do Senhor se solidificará no coração dos homens, quando calafetada pela argamassa do amor, da benevolência, da benignidade. “Fora da caridade não existe salvação”, eis o lema divino que encima a obra kardecista. Todo aquele que tem parte no ministério do amor cristão deve trazer impressa tal expressão, em letras de ouro, no frontispício de seu compêndio de virtudes. FORA DA CARIDADE NÃO EXISTE SALVAÇÃO.

Todo aquele que se sentir inseguro, fraco diante da responsabilidade de combater e debelar os vícios, para transformar os “pecadores em seres iluminados pela graça divina, deve erguer seu pensamento ao Senhor e orar muito em nome do Cristo, para obter dos espíritos guardiães responsáveis pelo socorrismo fraterno o amparo necessário para soerguimento e fortalecimento espiritual, pois, se a cada um dos encarnados se pede o desbravamento das florestas do mal, o que não se deve esperar daqueles que se situam nos páramos mais elevados da administração moral do planeta?! É preciso, pois, rogar com muita emoção para lograr que sejam vibrados os acordes maviosos dessa melodia transcendental do divino amparo e consolação. Oremos, pois, irmãos, que seremos agraciados pelas bênçãos de Deus.



Esta mensagem se deve ao fato de termos recebido inúmeras solicitações de corações puros que se acham na angustiosa situação de serem esclarecidos pela verdade sem terem oportunidade de trabalho, impedidos que estão por circunstâncias sociais as mais diversas. São professores que trabalham dia e noite para conseguir o ganho para proporcionar aos filhos as mesmas condições de subsistência física e intelectual que tiveram. São médicos e dentistas, cuja profissão se encontra vinculada a sistemas precários do poder público, que não vêem condições de manter os filhos em situação de seguir-lhes os passos. São pessoas do comércio humilde que necessitam preencher os conhecimentos com a freqüência a cursos noturnos extenuantes. São donas de casa assoberbadas com as tarefas domésticas, quase sempre quadruplicadas pela dificuldade de se verem às voltas com a necessidade de complementarem o salário de seus maridos, trabalhando em fábricas e oficinas. Enfim, são pessoas que não têm tempo disponível para a pregação da verdade evangélica e para o socorrismo atuante, mas que gostariam de participar, também elas, do bem comum.

Que nossas palavras tenham o condão de oferecer-lhes lenitivo para sua expectativa e afogueamento. Não devem tais pessoas ficar constrangidas diante de tantas outras que conseguiram meios para o trabalho efetivo junto aos carentes. Que se valham da prece e que se ofereçam para o transporte mediúnico durante o sono e estarão colaborando eficazmente para o bem coletivo.

Não se avexem de seu trabalho, pois pode parecer-lhes que trabalham só para si e para o limitado círculo familiar. Nada disso. Transformem o seu ofício em apostolado: o professor, ensinando seus alunos com o coração purificado nas águas lustrais do amor; o médico, salvando as almas dos que se vejam em condições de desespero, profissionalmente embora, mas com o espírito cheio da vontade de demonstrar amor e compreensão; o dentista, sempre pronto a oferecer seus préstimos de esclarecimento e de educação dentária, dando o exemplo de atendimentos solícitos e sem honorários financeiros para os que não têm recursos; os alunos dos cursos noturnos, dedicando-se ao máximo na aprendizagem da matéria e buscando auxiliar o companheiro menos lúcido e mais renitente nos descaminhos da ociosidade; as donas de casa, oferecendo aos filhos palavras de muito afeto e acarinhando-os sempre que possível, dando, no emprego, exemplo de dedicação, sem acusar a sociedade e sem ofender aos circunstantes com palavras de amargor pela dificultosa situação por que passa. Que cada qual observe os pontos de contacto que mantém com as pessoas de seu círculo e que tenha para elas só palavras de estímulo e encorajamento, em nome de Deus, para honra e glória de Jesus.



Comentário

Graças a Deus, irmãozinho, trouxemos mensagem endereçada a quantos, tendo tomado conhecimento de nossas aulas, não têm disponibilidade atualmente de oferecer-se como alunos das escolas de evangelização. Dia virá em que todos terão oportunidade de inscrever-se nos cursos de aperfeiçoamento de comportamento através do conhecimento dos mecanismos morais e psicológicos, à luz do evangelho. Sendo assim, é dar tempo ao tempo e, enquanto o momento não surge, aproveitar para praticar as virtudes essenciais no âmbito de sua possibilidade de atuação.



Exercícios

A propósito da mensagem, os aluninhos da “Escolinha” podem elaborar roteiro de perguntas, objetivando verificar se houve integral cobertura dos meios disponíveis para o socorrismo fraterno. Espantar-se-ão os caros discípulos com a quantidade de possibilidades de auxílio que está ao seu alcance e que não lhes ocorre. Por que não lhes ocorre? Perscrutar a causa desse “falecimento” de memória será muito útil para a investigação mental e moral a que se propõem os integrantes dos grupos de estudo.

Agora é arregaçar as mangas e partir para o trabalho. Felicidades!

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