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Ensaios-->19. ATRIBUIÇÕES, CONTRIBUIÇÕES, DISTRIBUIÇÕES E RETRIBUIÇÕES -- 10/06/2003 - 06:36 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Cheio de sutilezas é o pensamento humano. Quando nós sugerimos a aquisição das virtudes evangélicas, quase sempre o encarnado pensa em realizar alguma doação ou em participar de alguns trabalhos socorristas. Isto é bom e será sempre levado em consideração, mas não basta para assimilação íntima de qualquer virtude. Não basta dar da matéria, nesse caso; é preciso mais, é preciso dar do espírito, ou seja, o homem sábio e virtuoso progride inexoravelmente sempre que contribui de si para todo e qualquer evento. Adquirir virtudes, portanto, é, antes e acima de tudo, doação integral, é entrega da própria pessoa, como se não fora sacrifício algum, mas tão-só exercício comum, como o caminhar, o suspirar, o alimentar-se ou o sorver líqüidos. O homem verdadeiramente sábio é de si mesmo virtuoso, pois procura inteirar-se dos conhecimentos, em constante busca dos fatos pelos fatos, sabendo de antemão que o valor é inerente ao ato e que a santificação é conseqüência inelutável, irremovível. Ascender na escala da vida espiritual torna-se, assim, simples arranque para a conquista definitiva dos bens inalienáveis do Senhor.

Jesus Cristo não veio ao mundo para nos salvar. Ele aqui esteve para nos trazer orientação, apoio, discernimento. A nós é que cabe a tarefa de realizar todos os prodígios que nos enaltecerão diante da Divindade e que nos guiarão para a redenção. Não basta, pois, ficar orando preces de sangue, em sofrimento atroz. É necessário compreender os cordames que nos ligam ao etéreo, quais bonecos de massa que somos, e exercer o poder de manipular os fios do destino. Para isso é que se faz necessário ser virtuoso de todas as virtudes e ter a sagacidade da sabedoria verdadeira.

Se nós nos enganamos, oferecendo préstimos materiais, conseguidos até, muitas vezes, com desforço muito grande, através da penalidade de sério trabalho, não queiramos que se dêem por enganados aqueles a quem cabe vigiar para a distribuição da divina justiça.

Vamos supor que, por desatenção, algum espírito encarregado da distribuição das tarefas espirituais (coisa impossível de suceder) faça de espírito sofredor encarregado de ministrar orientações preciosas aos governantes responsáveis pelo destino material de uma população qualquer. Que poderá esse estranho fazer em benefício daquela gente? Terá algum mérito só por estar situado em posto elevado? Conseguiria superar as deficiências da ignorância apenas por preencher posto elevado de trabalho? Não seria imediatamente despojado da investidura, assim que fosse constatada a falha?

Pois é justamente isto que muitos dos encarnados esperam que lhes aconteça: que sejam guindados a situações de privilégio, sem que para elas tenham contribuído através da aquisição das virtudes necessárias. Sendo assim, vamos estabelecer, desde logo, sábio princípio de vida, forcejando por que se conquistem os elementos básicos em consonância com os reclamos da espiritualidade superior.



Exercícios

A aula de hoje estava preparada quando fomos surpreendidos com pedido de que apresentássemos dissertação em que se evidenciassem as necessidades de reformas interiores, para que o homem comum se dê conta dos deveres para com a realidade da vida. Não esperávamos por tal solicitação, dado que é costume da “Escolinha de Evangelização” propiciar inteira liberdade de organização para os cursos. Até parece que havia precisão muito grande de se configurar a honestidade das palavras dos instrutores. Este discurso, portanto, visa a cumprir um dos compromissos básicos do relacionamento com os círculos superiores: o da obediência. Como o que nos foi pedido não desdizia dos princípios que norteiam o nosso destino e a nossa função de pedagogos, acatamos com satisfação o pedido, principalmente porque poderíamos oferecer aos alunos ensinamento de real importância no campo do serviço a que nos entregamos.



Vamos reatar os vínculos, estabelecendo os trabalhos concernentes ao texto de leitura. Como sempre, temos de elaborar questionário relativo ao que de mais importante se tentou passar, através do modelo redigido. No entanto, fugindo ao padrão habitual, vamos solicitar dos queridos discípulos (se assim podemos designar os leitores, que possuem aparatos de conhecimentos muitas vezes superiores ao nosso) que elaborem o questionário, seguindo como modelos as lições anteriores. Cada um deve preparar tão-somente uma pergunta, sem dar a respectiva resposta. Responderá sim à pergunta de um dos companheiros. Ao final da sessão, teremos tantas perguntas respondidas quantos forem os partícipes do grupo.

Na próxima reunião, discutem-se a pertinência das perguntas e a precisão das respostas, de sorte que a aula transcorrerá movimentada sob o ponto de vista da participação de cada um dos elementos. Deve-se criar clima de defesa de tese: haverá um defensor das idéias, um que levantará questões paralelas que possam oferecer subsídios para o que estiver sendo debatido e um que estabelecerá os comentários pertinentes quanto à fidelidade aos princípios espiritistas. Haverá, também, um árbitro das contendas, coordenador dos trabalhos, que se manifestará ao final, atribuindo aos participantes conceitos como “bom”, “ótimo”, “razoável”, sempre justificadamente, em função da necessidade de se obterem as virtudes sagradas, que levarão os encarnados a marcarem pontos nas atividades redentoras.

Quanto ao mérito do trabalho, transcorrerá em função do que cada qual puder assimilar em benefício próprio, de sorte que este trabalho, eminentemente intelectual, possa frutificar em atos de benemerência e da ajuda ao próximo necessitado do amparo consciente de pessoas lúcidas e sábias.



Era o que tínhamos para hoje. Retiramo-nos agora agradecidos e orando para que, no bojo de nossas lições, sejam encontrados os elementos básicos que levarão os amigos estudantes a ascenderem espiritualmente.



Exercícios complementares

Acredita você em que foi a obediência às diretrizes do socorrismo que levou o querido mestre Otávio a realizar a dissertação e a organizar os trabalhos de captação da realidade espiritual, no sentido de apoiar atitudes sérias de remodelação consciencial, em busca da redenção? Se não acreditar, responda por que teria ele elaborado toda essa tarefa. Seria por “justo” orgulho intelectual? Para obter alguns pontos e somá-los ao seu “ativo”? Teria sido para influenciar degradantemente o espírito dos leitores? Teria tido momento de fraqueza e, por isso, foi-lhe chamada a atenção, através de automensagem? Quem teria tamanha força para pedir que Otávio redigisse texto novo em substituição à aula preparada e pronta para ser entregue aos alunos?

Responda a essas perguntas e você ganhará o reino dos céus. Acreditou nesta frase? Que espíritos estranhos são estes que buscam conturbar a mente dos leitores? Terão algum mérito? Deixariam algum rastro de dor fácil de caracterizá-los como sofredores? São espíritos atrasados ou buscam tão-só se regozijar com os desacertos do escrevente? Quem agiria de má-fé em circunstâncias que tais?

Todas estas questões se põem freqüentemente no espírito do leitor prevenido. E têm razão de ser, uma vez que é preferível rejeitar mil acertos sob o risco de deixar passar por bom um único desvio de maldade. Por isso, estamos, de antemão, fornecendo algumas perguntas, as primeiras endereçadas diretamente a uma situação concreta, qual seja a mensagem do irmão Otávio; as últimas de caráter geral, aplicáveis a quaisquer circunstâncias.

É óbvio que a nossa colaboração é muito frágil, diante da arguta manifestação dos espiritistas dedicados, como sói acontecer nos círculos capazes de reuniões de aprendizagem das virtudes. No entanto, estamos insistindo, pois que fazemos parte do grupo que está aprendendo a manipular o aparelho, de sorte que, para nós, é importante trazer algum conhecimento através da psicografia.

Dando por encerrado este exercício, vamos ater-nos a ouvir as preleções habituais dos orientadores, para o que elevamos a Deus prece de agradecimento e pedido de luz.



Comentário

Estamos voltando a dar oportunidade de manifestação aos aluninhos. Não fique, portanto, amigo, temeroso de estar sendo iludido. Se quiser, aplique, você mesmo, o questionário ao texto anterior. Você configurará os reais méritos dele, ou seja, quais as qualidades e quais as imprecisões, de modo que será capaz de avaliar o estágio do transmissor.

Quanto ao trabalho do amiguinho Carvalho (ele gosta de ser chamado pelo apelido familiar), tem as qualidades inerentes a um bom aluno. Prestou atenção aos dizeres de Otávio, desejou encaminhar algumas respostas ao leitor prevenido quanto aos reais méritos do transmissor e elaborou mensagem condizente com o momento por que passava o escrevente, que duvidava da autenticidade e da lealdade da mensagem do amiguinho. Esta abertura lhe foi dada por consentimento especial, de sorte que ficou mais difícil a transmissão, já que precisou estabelecer vínculo duplo: com os amigos da espiritualidade superior, para aprovação dos dizeres, e com o escrevente, para apanhar o ditado quase simultaneamente. Como teve algumas idéias frustradas, obediente que é dos princípios da mediunidade exemplificativa, conseguiu texto tão-só razoável. Mais tarde, terá de voltar ao exercício com trabalho pronto e previamente submetido à aprovação dos nossos maiores. De qualquer forma, conseguiu o intento de dupla ligação, o que o tornou intensamente feliz. Parabéns, pois, amigão!



De tudo o que se tratou, deve um roteiro ficar profundamente impresso na mente do querido leitor: a necessidade de se doar inteiramente para a conquista das virtudes evangélicas. Se você, bom amigo, conseguir estabelecer quais são as reais necessidades de seu espírito, evidentemente através de muita prece e de muita submissão às orientações dos espíritos mais sábios, então, terá sucesso integral na percepção dos defeitos. Aliando a tudo isso férrea vontade de “vencer na vida”, conseguirá iniludivelmente obter as virtudes que o guindarão ao reino do Senhor. Faça isso, caro amigo, para seu benefício e você ficará surpreso ao ver como tanta gente mais receberá também grande influxo de benemerências, pois a ninguém é dado ascender sozinho.

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