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Poesias-->Busca Interior -- 23/01/2003 - 15:51 (Soeli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não busque alguém que te complete, porque você não nasceu meio ser humano.

Você é um ser inteiro, com suas próprias vontades, necessidades, seus gostos, suas preferências.

Quando buscar alguém, que seja aquela pessoa que possa viver momentos de felicidade e dividi-los com você, não queira saber quanto tempo que a felicidade poderá durar, só vai saber depois que vivê-la.

Alma gêmea é ilusão. Assim como água quente logo fica morno... e com o passar do tempo esfria.

Assim é a vida a dois.

A busca pela ilusão do calor eterno, de compartilhar tudo e esperar que o outro complete sua metade..

Mas que metade ?

Precisamos sim de alguém que possa sorrir conosco, sem medir o tempo... sem cobrar respostas para o que ainda não vivemos, sem a busca pelo eterno.

O amor prende quando nos encontramos naufragando e nos agarramos um ao outro.

Mas nascemos para sermos livres.. nunca aceitaremos ficar totalmente preso. Ainda assim aceitamos a idéia infantil de seguirmos presos porque isso nos dá idéia de proteção. A proteção sim é a nossa maior necessidade.

Chega um dia em que descobrimos que não somos um ser “metade” , mas sim um ser inteiro, aí é que as coisas começam a mudar. Tentamos voltar no tempo para desligar esse mito, sentimos como se só assim vamos conseguir prosseguir... tentamos nos desconectar dessa metade para apenas tê-la ao nosso lado...

Buscamos nossa proteção dentro daquilo que já construímos e mais uma vez pensamos que acertamos.

Até que descobrimos que isso já não é mais possível. Não da maneira que desejamos.

É nessa fase que tudo começa a ficar morno.. quando descobrimos que não podemos voltar, o tempo já fez marcas que não podem ser retiradas... temos sim é que continuar de qualquer jeito.

Mesmo sem aceitar ser metade.

Como dois náufragos que nos encontramos, construímos nossa ilha e não vemos como sair dela . Nos vemos rodando sempre no mesmo sentido e a única esperança é nos jogarmos novamente ao mar e esperar o vento soprar. Sabemos que não seremos levados para o mesmo lugar, talvez para lugar nenhum, mas temos esperanças .

Voltar ao mar e recomeçar a nadar seria uma luta que nos exige muito esforço, então ficamos acomodados. Até que uma onda inesperada quebra a base de tudo.

Lutamos contra nossas forças, contra nossa necessidade da busca pelo novo... pela liberdade talvez... lutamos contra nós mesmos... até que percebemos que já não adianta mais. Agora já não há contra o que lutar...

Agora tudo já esfriou.

Não sei para onde o vento irá me levar...





Soeli

Jan/03
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