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Ensaios-->O Contraditório Surrealista -- 02/06/2003 - 22:03 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

O Contraditório Surrealista
(por domingos Oliveira Medeiros)


Talvez, aos menos avisados, não faça sentido falar de Nietzche e de Machado de Assis, ao mesmo tempo e no mesmo contexto. Ou de Brás Cubas, personagem bem brasileiro, muito provavelmente crente ardoroso, de fé inabalável, em contraponto às idéias filosóficas e anticristãs do sobredito alemão. Mas, como veremos, tudo não passa de uma questão de boa vontade. O hexacampeonato mundial será decidido entre o Brasil e a Alemanha. Dois países com semelhanças inimagináveis. A começar pelo brilho e conquistas das suas seleções de futebol. Depois tem a questão da língua.

Sim, porque ambas, português e alemão, têm bases gramaticais assentadas nas declinações. No caso brasileiro, a partir da língua morta, o Latim, com as seguintes estruturas gramaticais: nominativo, genitivo, dativo, acusativo, vocativo e ablativo. Ou seja: sujeito, objeto direto, objeto indireto, vocativo, e assim por diante.

E, desse modo, o amigo Lindolpho vai construindo seu imaginário. Seus contos. Poderíamos até defini-los como o paradoxo transparente e lúcido. O paradoxo do paradoxo. O prolixo e o paradoxo. Tal como na canção de Roberto: o côncavo e o convexo. Diferenças que acabam se juntando, com perfeição.

Assim fizemos a leitura da patologia social da família conservadora, residente em Brasília, a capital futurista, proposta por Lindolpho. Situação patológica que envolve sua filha Rafaela, que não deveria envolver-se com estranhos, residente no Estado de Goiás, principalmente. Como se Brasília não fosse, como de fato o é, subconjunto do conjunto Goiás.

E Rafaela, personagem da história, vai mais além. Desfaz o mito de que o homem é produto do meio. Com Rafaela, pelo menos, tal não acontece. Enquanto seus pais se alinham às concepções políticas do governador Joaquim Roriz, Rafaela prefere falar de Lou Salomé. E, nas entrelinhas do conto, sem querer abusar da hexegese, da hermenêutica e da propedêutica, não se pode imputar-lhe (ao governador Roriz), total falta de visão política.

Até porque, como é sabido, Joaquim Roriz é originário da cidade de Luziânia-GO. Luziânia vem de Santa Luzia, a Santa protetora dos olhos e da visão. E a história de Roriz vem de longe. Embora continue a privilegiar o seu passado. Não serve, portanto, às considerações e ao relativismo de Hegel. Não será, por certo, este outro filósofo que irá mudar suas crenças e seus valores arraigados no tempo em que Brasília era um sonho. Apenas uma fazenda encravada no meio do cerrado. E Hegel tem conceitos discutíveis sobre questões de ordem ética e moral. Ele é mais um contraditório surrealista, que serve de modelo para os que insistem em acreditar que um pensador obeso possa pensar com clareza. O Lindolpho Cademartori pensa que sim. Eu já não me atreveria a tanto. A história não se leva para canto nenhum. A menos que se queira deturpá-la.

Domingos Oliveira Medeiros
29 de outubro de 2002




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